Fonte: Inbus Transport
Adaptação: JC Barboza
Constituída em 1965 e tendo como um de seus acionistas a Mercedes-Benz do Brasil que possui 20% das suas ações preferenciais, a Incabasa teve seu projeto aprovado pela SUDEMA no ano seguinte, mas somente em 1972 começa as suas operações, incialmente recuperando carrocerias de monobloco. Em 1974, no centro industrial de Aratu, município de Simões Filho na Bahia, a Incabasa montava as carrocerias 362-S (apresentada em 25 de maio de 1974) e 355-S e tinha a geração dos monoblocos da Mercedes-Benz a fiel réplica dos conceitos do ônibus integral, fabricados em São Bernardo do Campo, SP. Leiam mais!
A indústria de carrocerias da Bahia apresentava os modelos rodoviários e suburbano com motor e plataforma “mercediana” (ou seja, eram construídos igualmente aos lendários O-355 e O-362). A proposta baiana, contudo permitia a inovação e a implementação de conduzir mais passageiros (quando comparados as versões de 36 assentos no 362 e de 40 poltronas no turbinado 355): o 362-S/355-S com mais quatro ofertas de assentos cada, totalizando assim 40 e 44 lugares, respectivamente.
Outras vantagens também eram registradas nos bagageiros passantes (com aproximadamente 2 m³ a mais dos tradicionais monoblocos do sudeste) e o detalhe que apresentava a diferença das integrais da “estrela alemã”: os monoblocos baianos possuíam maior área envidraçada no pára-brisa dianteiro, uma grade traseira frisada acima da tampa do motor e em ambas as laterais a marca Incabasa (inserida abaixo da primeira janela inclinada do ônibus). Sem esses pequenos referenciais (apropriados aos conhecedores de ônibus e suas carrocerias) aos olhos cotidianos e os leigos no assunto, era verdadeiramente o monobloco da Mercedes-Benz.
Outra importante citação estava na versão urbana do ônibus fabricado pela Incabasa em Simões Filho. No 362-SU tinha a porta traseira larga (do tipo de duas folhas) aplicada no entre-eixos do veículo de passageiros (fato inédito e um dos pioneiros para sua época).
Seus principais clientes foram as empresas Santana, Catuense e São Paulo (baianas) e Expresso de Prata (paulista). A Incabasa durou pouco. Encerraria suas atividades industriais no final da década de 1970, desativando a fábrica local.