Montadoras aceleram lançamentos de ônibus híbridos

Fonte: Terra Foto: JC Barboza A diminuição da poluição e a economia são os principais atrativos de um tipo de veículo que pode estar cada vez mais presente nas ruas brasileiras a partir do próximo ...

Fonte: Terra
Foto: JC Barboza

DSC01410A diminuição da poluição e a economia são os
principais atrativos de um tipo de veículo que pode estar cada vez mais
presente nas ruas brasileiras a partir do próximo ano: os ônibus híbridos.
Equipados com motores elétrico e a diesel, esses coletivos podem garantir uma
redução estimada em, pelo menos, 20% no consumo de combustível. A novidade é uma das apostas para o mercado
brasileiro da Mercedes-Benz, que planeja oferecer a partir do primeiro semestre
de 2013 um modelo com motorização desenvolvida em parceria com a empresa
brasileira Eletra, especializada em tecnologias de tração elétrica. A companhia
já comercializa coletivos híbridos na Europa, mas decidiu desenvolver uma
tecnologia específica para as características do mercado brasileiro.




Curt Axthelm, gerente sênior de Marketing de Produto
– Ônibus Sistemas de Transporte – BRT da Mercedes-Benz, explica que o
HíbridoBR, como foi batizado o novo modelo, usa o motor diesel para carregar
uma bateria de chumbo ácido que alimenta o motor elétrico responsável pela
movimentação do veículo. O projeto pretende aplicar a tecnologia em chassis com
capacidade para transportar 77 passageiros. O motor a diesel fica isolado
acusticamente na parte de trás, diminuindo também o ruído gerado pelo mecanismo.



Apesar de usar o mesmo combustível dos modelos
tradicionais, o sistema híbrido permite uma redução no gasto, porque o motor
diesel funciona o tempo inteiro no ponto ideal de rotação, o que combina a
maior geração de energia com o menor uso de combustível. Nos ônibus
convencionais, isso não ocorre porque a constante aceleração e desaceleração do
transporte urbano leva a grandes oscilações na rotação, permanecendo a maior
parte do tempo distante do ponto ideal, como explica Iêda Maria Oliveira,
gerente-comercial da Eletra.



A executiva acrescenta que sistema elétrico também
é abastecido por um mecanismo de frenagem regenerativa, que recarrega as
baterias com a reutilização de energia perdida quando o veículo para para
permitir a entrada ou saída de passageiros. Como precisa das paradas nas
estações para recarregar as baterias e trabalha com reaproveitamento de energia
nas frenagens, os ônibus híbridos, por enquanto, são direcionados para o
transporte nas cidades, como é o caso do chassi híbrido da Volvo, que iniciou,
neste ano, a fabricação do conjunto no Brasil, em sua fábrica em Curitiba.



A empresa já tem 60 unidades circulando na capital
paranaense e negocia com outras cidades para 2013, quando inicia a produção em
série. O chassi da multinacional sueca conta com bateria de lítio e usa um
sistema chamado de híbrido em paralelo. O motor elétrico, carregado pelo reaproveitamento
da energia gerada nas frenagens, é utilizado para arrancar o ônibus e
acelerá-lo até 20 km/h. A partir daí, entra em funcionamento o motor a diesel,
que fica desligado enquanto o veículo está parado em um semáforo ou ponto de
ônibus. A empresa garante que a tecnologia possibilita uma economia de 35% no
uso de combustível e redução do ruído. “O caminho para a eletromobilidade é
irreversível”, diz Euclides Castro, gerente de ônibus urbanos da Volvo Bus
Latin America.



A empresa também trabalha no desenvolvimento de
ônibus com sistema totalmente elétrico, que pode ser apresentado até 2016.
Outro projeto prevê o desenvolvimento de motores para caminhões, que devem ser
voltados para serviços de entregas urbanas e não para longas distâncias. Os
caminhões também estão no alvo da Eletra, que pretende apresentar um modelo,
desenvolvido em conjunto com uma montadora não revelada, no segundo semestre de
2013. Outra montadora que também coloca o Brasil na rota os ônibus híbridos é a
MAN, que já vende modelos desse tipo na Europa e planeja testes da tecnologia
no País, com o uso de motor elétrico carregado pela recuperação da energia das
frenagens.


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