João Pessoa e Recife: cidades tão próximas, sistemas tão distantes…

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria/Texto: Paulo Rafael Viana As regiões metropolitanas de João Pessoa (Paraíba) e Recife (Pernambuco) são próximas, separadas por praticamente 120 quilômetros de ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos

Matéria/Texto: Paulo Rafael Viana

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As
regiões metropolitanas de João Pessoa (Paraíba) e Recife (Pernambuco) são
próximas, separadas por praticamente 120 quilômetros de distância.
Geograficamente são bem próximas, e numa viagem de aproximadamente duas horas é
possível ir de uma dessas para a outra. Aqui nessa matéria será descrito e
mostrado como duas cidades tão próximas geograficamente são tão distantes em
relação à qualidade de seu transporte coletivo urbano. Na foto ao lado, um
Comil Doppio com chassi Volkswagen da empresa Cidade Alta, em um Terminal
Integrado do grande Recife. Vejam aqui nessa matéria completa mais informações
e conheçam o sistema da região metropolitana do Recife, sempre comparando o
ultrapassado sistema de transporte de João Pessoa!

– Introdução
– Empresas e suas frotas
– Órgãos gestores do transporte público
– Tarifas e eficiência na integração do sistema
– Conhecendo rapidamente o SEI / Recife
– Bilhetagem eletrônica
– Conclusão
Introdução –
A região metropolitana de João Pessoa que é conurbada (que é a unificação das
malhas urbanas de várias cidades) é composta por cinco cidades, sendo elas as
cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux, além de uma parte do
Conde. Já a RMR (região metropolitana do Recife) é composta por oito cidades,
sendo elas Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Camaragibe,
Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. O transporte público na
grande João Pessoa é decadente e ultrapassado, com pouquíssima mobilidade e
integrações, totalmente diferente e separado de acordo com a cidade, ao
contrário do transporte no Recife que é totalmente integrado entre si, gerido
pelo mesmo órgão gestor e um exemplo de como pode e deve ser feita as
integrações entre cidades e linhas de uma região metropolitana.


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Empresa CRT, CAIO Apache S22
Empresas e suas frotas – Em Recife existem atualmente 18
empresas operadoras (são elas: Cidade Alta, Rodotur, Caxangá, Empresa
Metropolitana, Rodolinda, São Paulo, Mirim, Santa Cruz, Pedrosa, São Judas
Tadeu, CRT, Rodoviária Metropolitana, Itamaracá, Globo, Borborema, Vera Cruz,
Transcol e Cruzeiro)
no sistema de toda a região metropolitana,
responsáveis por operar bem mais que 300 linhas, distribuídas entre linhas
convencionais e linhas do SEI (Sistema Estrutural Integrado), considerados por
muitos o melhor sistema do nordeste. O ônibus ao lado é da empresa CRT (Cidade
do Recife Transportes), é um modelo Apache S22 da CAIO, inexistente na frota
urbana de João Pessoa.

A
frota de Recife é bem variada e possui modelos de todas as encarroçadoras
existentes. Marcopolo é uma forte presença, mas a encarroçadora Comil possui
uma boa fatia do mercado de carrocerias no Recife, juntamente com CAIO e a
recém-finada Busscar. Mascarello e Neobus, além de algumas unidades
remanescentes da Ciferal, também estão presentes numa quantidade menor. Em
relação aos chassis dos ônibus de Recife também são variados: Volkswagen com
17.210, 17.230 e 15.190 e Mercedes-Benz com OF-1721, OF-1722 e OF-1418 são em
maiores quantidades, além dos recentes 17.260 e do 17.230 Euro V da VW e
OF-1721 Euro V da MBB, mas também existe uma boa quantidade da Scania com seu
chassi F230 e os recém-chegados Volvo B270F.
Articulado O-500MA Mercedes-Benz

Chassis de motorização traseira e
central também começam a ficar mais presentes por Recife, com o Volvo B12M,
B10M, Scania K310 e Mercedes-Benz O-500MA, todos eles encarroçados em ônibus
articulados, além de uma boa quantidade de ônibus com câmbio automatizado,
proporcionando mais conforto para condutores e usuários. Ao lado um Gran Viale
Marcopolo com chassi Mercedes-Benz O-500MA, motorização traseira, da empresa
Borborema Imperial.

Ônibus articulados existem em vasta
quantidade em toda RMR, porém atualmente a maioria é de motorização dianteira,
como o Comil Doppio com chassi Volkswagen 17.230 EOD na foto abaixo da empresa
Cidade Alta Transporte e Turismo, na linha 909 – TI Paulista / Joana Bezerra,
que pertence ao SEI Perimetral e é operada compartilhadamente com a empresa
Itamaracá Transportes.
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em João Pessoa existem 6 empresas (são elas: Santa Maria, São Jorge,
Transnacional, Reunidas, Mandacaruense e Marcos da Silva)
, mas na verdade
podemos dizer que a única coisa que existe de “6” no transporte
público de João Pessoa é o nome de seis empresas, já que quatro desses nomes de
empresas são do mesmo grupo, um império que comanda praticamente 80% das linhas
só em João Pessoa e 100% em Cabedelo e no Conde. As outras duas empresas operam
solitariamente poucas linhas. Pelas cidades de Santa Rita e Bayeux existem
algumas empresas pequenas, que se distribuem em linhas internas e linhas que
vão para João Pessoa.
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Unitrans, a empresa que domina sozinha, desde 1996, a maior fatia do sistema pessoensse

Por
aqui a frota é bem básica, composta em sua maioria por Marcopolo e chassis
Mercedes-Benz. Não se ouve falar nada da encarroçadora Mascarello, alguns
Busscar perdidos, pouquíssimo de Neobus e há muito tempo atrás se ouviu falar
de Comil, restando apenas duas unidades dessa encarroçadora em João Pessoa e
alguns em Bayeux. Chassis Volkswagen são pouquíssimos, Scania e Volvo
apareceram e sumiram há muitos anos atrás e não existe nenhum ônibus com câmbio
automático em toda João Pessoa. Vale lembrar que os dois únicos ônibus com
chassi Scania encontram-se operando linhas entre Bayeux e João Pessoa,
inclusive pra o Aeroporto Castro Pinto (isso mesmo, AEROPORTO) e já possuem
seus mais de 21 anos de circulação.
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Geralmente o nome “Scania” traz um impacto de ônibus moderno… por aqui?! Que nada… Essa é uma das Scanias que rodam pra o Aeroporto da grande JP

Órgãos gestores do transporte público – Em toda a região metropolitana
do Recife existe apenas um órgão gestor para todas as cidades e empresas
operadoras, responsável por estudos viários, mudanças nos itinerários, criação
de novas linhas, administração dos TIs, dentre outros assuntos, e desde 2008
chama-se Grande Recife Consórcio de Transporte, ou simplesmente Grande
Recife ou GRCT.
grande+recife+logomarca+sei
Logomarcas do SEI e do GRCT

Antes
seu nome era EMTU/Recife (Empresa Metropolitana de Transportes Urbano) e
era uma empresa pública estadual, mas depois da mudança para Consórcio
tornou-se uma empresa pública multifederativa.
emtu marca
aetc
Em
João Pessoa existe uma tarifa única, e custa nada menos ou algo mais que R$
2,20, independente se a sua linha anda muito ou pouco. Se, por exemplo, a
cidadã Larissa mora no Colinas do Sul (um dos bairros mais distantes do centro
da cidade), ela paga R$ 2,20; porém se Ronaldo, amigo dela, mora no bairro do
Róger, ao lado do centro, ele paga o mesmo alto preço. Nisso em Recife também é
diferente (e pra melhor), pois existem várias tarifas, chamadas de anéis, de
acordo com a proporção da distância que determinada linha percorre.
Antes
de qualquer coisa vale esclarecer de uma vez por todas que a tarifa em
Recife NÃO é R$ 3,25
, como já afirmaram em comerciais e recortes de jornais
numa tentativa de justificar os aumentos tarifários de João Pessoa, dizendo que
a tarifa em JP continua barata. R$ 3,25 é uma das tarifas do grande Recife, mas
na verdade a tarifa predominante por lá é R$ 2,15, que ainda consegue ser cinco
centavos mais barata do que a de João Pessoa, mesmo Recife sendo bem maior que
JP. Vejam na tabela abaixo as tarifas em Recife:
tarifas+recife+2012

Nessa tabela dois pontos merecem ser
ressaltados: primeiro que, nos domingos todos tem direito à meia passagem à
vista, o que acaba movimentando mais a cidade e incentivando as pessoas a se
divertirem e terem mais lazer nos domingos. Reza a lenda que alguns políticos
pretendem implantar a meia tarifa aos domingos na capital paraibana, mas
infelizmente não sabemos se isso será ou não do agrado dos empresários de João
Pessoa. E segundo que se, por exemplo, o cidadão Dilson entrou no metrô e pagou
apenas R$ 1,60, ele tem direito pleno à integração com um ônibus dentro do TI,
seja esse ônibus anel A 2,15 ou B 3,25. Sim, passageiros, empresários e
gestores de transportes de João Pessoa, é verdade e é possível, ele não vai ter
que inteirar a diferença pra pegar o ônibus que é mais caro que o metrô. Esse
exemplo de “completar a diferença” deixa no chinelo a tal “integração” que
inventaram entre Jacumã e Mangabeira, quando alguém (sabe-se lá quem) decidiu
abolir a linha 5305, que levava passageiros de Jacumã direto para a Lagoa, sem
ter que fazer baldeação.

passagem+jpa

Um fato curioso é que no site
do “Passe Legal”
da AETC-JP tem uma tabelinha mostrando o valor
da tarifa de algumas cidades do nordeste (em destaque na reprodução ao lado).
Engraçado que o único valor mais baixo que a de João Pessoa que eles exibem lá
é a de São Luis/MA, que custa R$ 2,10. Esqueceram-se de citar justamente Recife
com seus R$ 2,15 ou até menos que isso, e mais ainda, esqueceram de
Fortaleza/CE, onde a passagem é exatamente R$ 2,00 (a mais barata do nordeste)
e possui benefícios como a tarifa social de R$ 1,40 (0,70 meia) aos domingos,
dia de aniversário da cidade, Réveillon e 1º de Janeiro e hora social de R$
1,80 (segunda a sábado, 9 às 10 e 15 às 16). As informações tarifárias de
Fortaleza foram retiradas do site da Etufor.

A farsante “integração
metropolitana” que mal citamos no começo desse tópico e que citam
loucamente como boa e a solução para o transporte metropolitano de João Pessoa
em propagandas políticas e em propagandas maquiadas na televisão é uma pura ilusão
para as pessoas, pois o que acontece é apenas um abatimento em parte da tarifa
de quem paga uma passagem inteira com o cartão eletrônico, já que quem paga em
dinheiro não tem direito a essa tal integração, além de estudantes que já pagam
meia passagem, e ao “integrar” em outro ônibus metropolitano é
descontado mais meia passagem, que é o mesmo que nada.
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Integração metropolitana?!?! Nããão, hehehe!

E nem falem de integração com meios de
transporte diferentes, já que a integração de ônibus com o ultrapassado e
barulhento trem diesel metropolitano que vem de Bayeux passando por João Pessoa
até Cabedelo é um sonho, e seria uma grande dor de cabeça para muitos magnatas
do transporte dessa pacata metrópole. Dizemos que a integração entre meios de
transporte diferentes é uma dor de cabeça para muitos magnatas, pois até
pequenos empresários conseguem fazer uma integração intermodal de qualidade,
como fizeram as empresas Expresso Litoral (ônibus de Lucena) e a empresa
responsável pela balsa/ferry-boat (entre Cabedelo e Costinha), que entre si
integraram seus sistemas para facilitar a vida dos usuários desse trecho.
Falaremos melhor sobre esse caso numa matéria separada em breve, mas já vale
citar aqui essa atitude plausível.

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Hoje em dia, e tudo indica que por um
bom tempo pro futuro (esperamos estar enganados), é impossível que, por
exemplo, o cidadão Aldo, que mora no Geisel, ir visitar sua tia Rita que mora
perto do Aeroporto Castro Pinto em Bayeux pagando apenas uma passagem. Ele vai
ter que pagar R$ 2,20 para ir até o “Mercado Modelo” e de lá pagar
mais R$ 1,85 para ir para Bayeux. Já o cidadão pernambucano Alfredo, que mora
na cidade de Camaragibe, pode ir visitar sua mãe Vera em Maranguape I, na
cidade do Paulista com apenas R$ 1,60, pegando um metrô e mais dois ônibus,
isso mesmo, menos de R$ 2, e atravessando quatro grandes cidades.

Um
exemplo de integração é a que existe em Recife, o SEI. Para quem não conhece e
será explicado mais abaixo, o SEI (Sistema Estrutural Integrado) é uma
rede de transporte público de massa que integra linhas de ônibus e metrô (trem
elétrico). A melhor parte disso tudo é a possibilidade de se integrar de
verdade, podendo pegar o metrô, descer numa estação “X” e pegar um
ônibus sem ter que pagar nada mais por isso, nem mesmo uma meia passagem como
se faz em João Pessoa. Com o SEI e com a existência de vários terminais
integrados na cidade não se faz como em João Pessoa, onde estando em qualquer
canto e querendo ir pra qualquer outro canto (por mais perto que seja) é
obrigatório fazer uma passadinha no belíssimo TIV (Terminal de Integração do
Varadouro).
Querem
um exemplo simples de como a mobilidade em JP é um fracasso?! Se o cidadão
Mário está dando um passeio num determinado shopping em Manaíra e quer se encontrar
com seu grande amigo Alberto que está no Cabo Branco, como ele faz? Ele tem que
atravessar toda a Epitácio, Lagoa, descer no TIV e voltar tudo de novo até
chegar no Cabo Branco? Não seria tão mais simples se na Epitácio Pessoa ou
pelos arredores do Bessa tivesse um terminal integrado com linhas por toda a
orla, que não é lá essa imensidão… o jeito é arriscar a “integração
temporal”, e implorar pra não pegar um engarrafamento que perca e acabe o
tempo no cartão, isto é, se esses rapazes tiverem o tal cartão. E se a falta de
mobilidade é assim entre o shopping e a praia (área nobre da cidade), imaginem
como é pelos bairros. A salvação em alguns casos são as linhas circulares, mas
quem não as tem sofre, e muito…
Conhecendo rapidamente o SEI / Recife – Como define o próprio site
do Grande Recife Consórcio deTransporte
, o Sistema Estrutural Integrado é
uma rede de transporte público composta por linhas de ônibus e metrô, e todas
essas linhas são integradas através de TIs (Terminais Integrados).
E como funciona o SEI? O SEI é dividido em cinco cores, e cada cor
representa um serviço diferente que cada linha faz dentro do sistema. A título
de curiosidade, as cores do SEI representam as cores presentes na bandeira do
estado de Pernambuco.
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Amarelo, uma das cores do SEI
SEI Alimentadora (ônibus amarelos) – Trazem os usuários dos
bairros / subúrbios até o Terminal Integrado, alimentando os TIs com
passageiros;
SEI Radial (ônibus azuis) – Levam os passageiros do Terminal
Integrado até o centro do Recife;
SEI Perimetral (ônibus vermelhos) – Levam os passageiros do
Terminal Integrado cruzando grandes perímetros urbanos, sem passar pelo centro;
SEI Interterminal (ônibus verdes) – Fazem o trajeto de
dentro de um TI até outro TI, de forma expressa ou não;
SEI Circular (ônibus brancos) – Levam os passageiros à
locais nos arredores do TI.
Um dos poucos brancos do SEI, já que linhas circulares não são várias. Apache S22 da empresa Transcol, no TI Macaxeira, da linha 520 – Macaxeira / Parnamirim

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Além
dos ônibus, existe também o metrô, que atualmente conta com três linhas
(Camaragibe, Jaboatão e Cajueiro Seco), todas elas partindo da Estação Central
do Recife. Locais como o Aeroporto, Rodoviária, Cavaleiro, Barro, Joana
Bezerra, Shopping Recife e Imbiribeira são atendidos pelas linhas de metrô. O
metrô (100% climatizado com ar-condicionado) é operado pela CBTU / Metrorec
(Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Na foto ao lado um dos trens elétricos
climatizados do STU / REC numa estação do sistema.

Atualmente o SEI conta com treze
Terminais Integrados, e outros três já estão praticamente concluídos,
aguardando alguns detalhes para entrarem em funcionamento e continuar o plano
de integrar mais ainda a região metropolitana do Recife. Na foto abaixo o
Terminal Integrado Pelópidas Silveira, conhecido também como TI Paulista ou TI
PE-22, localizado em Paulista. Dos Tis já em funcionamento, esse é o maior de
todos.
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Bilhetagem eletrônica – Poxa vida, João Pessoa tinha que ter
pelo menos um ponto positivo nesse sisteminha da década de 70 em pleno Século
XXI, eis que chegamos nele: a bilhetagem eletrônica. Implantada oficialmente no
final de dezembro de 2006, com tecnologia da Empresa1, a bilhetagem eletrônica
em João Pessoa sempre se mostrou eficiente, rápida e útil na capital, e a
população se adaptou muito bem. Desde seu lançamento tem o nome de “Passe
Legal”
, e possui os cartões Estudante, Vale Transporte e Cidadão.

– Passe Legal Estudante: cartão azul-claro com foto, destinado
aos estudantes de ensino fundamental, médio e superior, esse cartão pode ser
recarregado por estudantes cadastrados na AETC-JP. É descontado sempre metade
da tarifa (atualmente R$ 1,10), e possui direito pleno à integração temporal;
– Passe Legal Vale
Transporte:
cartão
laranja, destinado aos trabalhadores, esse cartão é solicitado pelo setor de RH
de empresas para seus funcionários obterem o direito ao benefício de vale
transporte, e também possui integração temporal plena, e meia tarifa na
integração metropolitana;
– Passe Legal Cidadão: cartão azul, destinado para qualquer
pessoa que desejar ter um para não pagar passagem em dinheiro, é recarregável e
usável por qualquer pessoa. Dá direito à integração temporal plena e meia
tarifa na integração metropolitana.

A
AETC-JP procura veementemente incentivar os passageiros a usarem esses cartões,
seja para causar mais conforto para os usuários, segurança em caso de assalto
por não ter dinheiro vivo em caixa, agilidade no sistema e, em conseqüência
disso, a retirada dos cobradores dos ônibus em João Pessoa, como já foi feito
em algumas linhas municipais e como já foi feito também em todas as linhas de
Cabedelo, Conde e quase todas de Bayeux, onde apenas as empresas Das Graças e
Almeida (justamente as menores, vejam só…) mantém os cobradores em seus
ônibus.

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No início de junho desse ano, sabe-se
lá por qual motivo ou licitação, decidiram trocar a bilhetagem eletrônica de
João Pessoa, que “coincidentemente” se deu pouco tempo depois que em
Campina Grande também mudou para a mesma. A mudança foi da Empresa1 para a
empresa Transdata Smart, sediada em Campinas/SP. O que já era rápido e
eficiente ficou mais ainda, pois mesmo com um aparente “processo
longo” (leitura do cartão > débito da passagem > escrita da
integração temporal > escrita do novo saldo) ao encostar o cartão, a
bilhetagem em João Pessoa sempre se mostra bem rápida.

Outro
ponto positivo é a vasta quantidade de postos de recarga espalhados pela
cidade. Em João Pessoa existem atualmente dez locais, espalhados pelo centro
(só lá são quatro), universidades e alguns bairros como Mangabeira, Valentina e
Bessa.

no Grande Recife o sistema de bilhetagem eletrônica atual é o chamado VEM –
Vale Eletrônico Metropolitano
, que começou a mudar desde 2009 e atualmente
está em pleno funcionamento, com tecnologia da empresa Montreal APB Prodata. O sistema começou a melhorar quando foi implantado
o VEM, pois o sistema anterior era péssimo e muito burocrático. Enquanto
em João Pessoa existem apenas três tipos de cartões no sistema Passe Legal, o
VEM disponibiliza sete tipos de cartões, sendo eles:
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Os cartões VEM, abaixo a descrição de cada um

– VEM Trabalhador (cartão
verde):
destinado a
funcionários de empresas, é solicitado pelo setor de RH para beneficiar seus
funcionários com o vale transporte;
– VEM Comum (cartão verde): destinado a quem quiser pagar a
passagem com o cartão e não ter que pagar em dinheiro vivo;
– VEM Rodoviário (cartão
branco):
destinado
aos funcionários do STPP/RMR (Sistema de Transporte Público de Passageiros da
Região Metropolitana do Recife), sendo cobradores, motoristas, despachantes,
dentre outros. Serve para operar o validador durante o trabalho, ou passar pela
catraca de forma gratuita;
– VEM Estudante (cartão
amarelo):
destinado
aos estudantes, como diz o nome. Com esse cartão se tem o beneficio da meia
passagem;
– VEM Infantil (cartão
colorido ilustrado):

destinado para crianças menores de seis anos, proporciona aos pequenos
passageiros girarem a catraca normalmente e não ter que passar por baixo delas;
– VEM Idoso (cartão
laranja):
estará
disponível em breve e possibilitará aos maiores de 65 anos passarem pela
catraca;
– VEM Especial (cartão azul): estará disponível em breve e
substituirá a CLA (Carteira de Livre Acesso), possibilitando deficientes
físicos, mentais e sensoriais passarem pela catraca.
A
bilhetagem eletrônica no Recife começou em 1999, com tecnologia da empresa
Tacom, e ficou conhecida como “Passe Fácil”, e que de
“fácil” só tinha o nome, pois a leitura dos cartões não era feita por
contato, e sim por leitura de inserção (semelhante a leitura de cartões de
banco com chip). Todo o processo de leitura demorava muito, mais tempo do que o
pagamento em dinheiro, e só estava disponível para rodoviários do sistema
(cobradores, motoristas e fiscais), estudantes e trabalhadores.
Enquanto
em Recife tem apenas dois postos, sendo um próxima ao centro e outro na Avenida
Caxangá (uma das principais avenidas da cidade), a distribuição pelos bairros
de postos de recarga é inexistente. O que existe são alguns pontos que
recarregam os cartões como recarga de celular.
Conclusão – Concluímos agora de forma bem
resumida que o sistema de João Pessoa já está bem ultrapassado. Com uma cidade
como Recife tendo um sistema que se mostra eficiente, tão perto de João Pessoa,
bem que podia ser copiado, claro que em tamanho reduzido. A única coisa que vai
muito bem na nossa capital paraibana é a bilhetagem eletrônica.
Poderíamos
citar também a idade da frota, que também vai bem… mas para encerrar essa
matéria com perguntas e dúvidas sobre esse assunto, poderíamos perguntar: por
que os ônibus em João Pessoa são novos? Aliás, por que os ônibus do Grupo A Candido são novos? Assim perguntamos porque as últimas renovações de ônibus
zero quilômetro de outras empresas já fazem um bom tempo, e de lá pra cá só
trouxeram usados, inclusive o próprio grande Grupo. E por que o Grupo investe
tanto em ônibus novos? É porque são preocupados com isso? A propósito, onde vão
parar os ônibus que rodavam por aqui? Vão pro lixo, prejuízo? Que nada… algum
destino útil eles tem. A renovação se dá claramente porque é vantagem para a
empresa, ter ônibus novo na cidade é só uma consequência de tudo. Por isso não
citamos isso como um ponto positivo do sistema de João Pessoa, pois se assim
fosse um ponto positivo para benefício da população mesmo, todas as outras
empresas de João Pessoa e região metropolitana seguiriam no mesmo ritmo.
Para
encerrar, mais três fotos da frota urbana da região metropolitana do Recife:
fotos+recife+onibus+paraibanos+materia+sei+grande+recife+emtu+%25281%2529
Neobus Mega IV Mercedes-Benz OF-1722, empresa Borborema Imperial Transportes
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Busscar Urbanuss Pluss Volkswagen 17.210 com três eixos, empresa Itamaracá Transportes 
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Marcopolo Torino Volkswagen 15.190 EOD, empresa Transcol