FPT vende 1,5 mil motores GNV a peruana Modasa

Fonte: Automotive Business Matéria/Texto: Giovana Rato Foto: Divulgação A FPT Industrial fechou contrato de mais de US$ 30 milhões para o fornecimento de 1,5 mil motores para a ...

Fonte: Automotive Business
Matéria/Texto: Giovana Rato
Foto: Divulgação

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A FPT
Industrial fechou
contrato de mais de US$ 30 milhões para o fornecimento de 1,5 mil motores para
a peruana Modasa. Os propulsores a
gás natural veicular (GNV) equiparão ônibus produzidos pela empresa andina que
atenderão o mercado do país e poderão ainda ser exportados para o Chile,
Colômbia, Costa Rica, e Equador. As entregas serão feitas ao ritmo de cerca de
400 unidades anuais, com conclusão em 2016. Os motores NEF 6
CNG serão importados da Itália, já que as fábricas da FPT Industrial na América
Latina ainda não têm escala para produzir o propulsor a gás. “Isso seria
perfeitamente possível com pequenas adaptações nas linhas”, explica Olivier
Michard, diretor de vendas e marketing da companhia para a região.


Ele
garante que espaço nas plantas não falta. A organização tem capacidade
produtiva para 120 mil unidades por ano na região, somando o potencial da
planta brasileira de Sete Lagoas, Minas Gerais, com o da argentina de Córdoba.
Apesar disso, a produção esperada para a América Latina este ano é de 70 mil
unidades. Segundo a empresa, a diferença é fruto de investimentos recentes em
ampliação das estruturas locais. Com os aportes, a companhia garante estar
pronta para a evolução prevista para o mercado nos próximos anos.


APOSTA NO GNV 


Apesar de ainda não
haver demanda para veículos comerciais a GNV no Brasil, a FPT Industrial
investe em pesquisas na tecnologia. “Lideramos globalmente as vendas de motores
a gás natural, com mais de 13 mil unidades desde 1997”, calcula Michard. 


A aposta é que esse
tipo de propulsor comece a ganhar espaço no Brasil. A empresa calcula que a
participação do GNV na matriz energética dos veículos no País subiu de 3,7% em
2008 para 4,1% atualmente. Segundo a empresa, esse número deve crescer nos
próximos anos. “Depende muito de vontade política, mas é perfeitamente viável
principalmente para veículos de serviço, que operam em determinado horário e
abastecem sempre no mesmo ponto. Se tivermos estrutura, a demanda crescerá
naturalmente”, observa. 


A empresa deve
homologar até o fim deste ano um motor a gás Euro 5 que está em testes na Iveco
em quatro aplicações: no miniônibus CityClass, no ônibus Eurorider, no Tector
170 como caminhão de coleta de lixo e no Daily furgão, todos da Iveco, também
do Grupo Fiat. A companhia garante que o motor proporciona redução de consumo
de combustível e de emissões de poluentes com maior intervalo e menor custo de
manutenção. 


NEGÓCIOS FORA DA FIAT 


Com as fábricas
preparadas para ampliar a produção, a empresa se empenha para fechar contrato
com clientes de fora do Grupo Fiat. Na metade de 2012, esses negócios
respondiam por 34% das vendas globais da FPT Industrial. Na América Latina este
índice é bem menor, fechando o ano passado entre 5% e 6%. A expectativa para
este ano é de elevar essa participação para em torno de 10%, perto de 10 mil
motores. 


Michard afirma que
o aumento está garantido com os negócios já fechados com a Modasa e com a Ford,
que equipará o caminhão extrapesado que a montadora vai lançar este ano com os
propulsores da fabricante italiana. Além disso, o executivo aponta que a TAC
(Tecnologia Automotiva Catarinense), que produz o jipe Stark, encomendou 200
motores e lembra dos negócios com a Caoa, que equipa o comercial leve HD78 com
propulsor FPT. 


A empresa faz
pequenas mudanças para atrair os clientes externos. Uma delas foi a abertura de
um escritório em São Paulo para abrigar a área comercial comandada por Michard.
O executivo francês assumiu o cargo no Brasil no início de 2012 com a missão de
incrementar os negócios da marca com empresas de fora do grupo.

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