Viação Cometa, do Papo Amarelo ao Flecha Azul LXV

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria/Texto: Wilson Roberto Degressi Mícoli Fotos: Acervo Paraíba Bus Team A relação entre a Viação Cometa S.A., que resultou no surgimento dos ônibus CMA Flecha ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Wilson Roberto Degressi Mícoli
Fotos: Acervo Paraíba Bus Team

051

A
relação entre a Viação Cometa S.A., que resultou no surgimento dos ônibus CMA
Flecha Azul, é antiga, e vem da década de 60. A seguir, será apresentada essa
história, até chegar nestes modelos.

Com
o fim das importações, imposta pelo Governo Brasileiro, a Cometa precisava de
um novo produto para encarroçar seus ônibus, que apresentasse potência,
robusteza e confiabilidade. Sua frota, que até então era em sua maior parte GM,
também possuia unidades Mercedes-Benz O-321 e O-326, mas para determinadas
aplicações estes veículos eram fracos e ineficientes. Não que fossem ruins para
a época, mas haviam linhas mais longas, que forçavam demais estes veículos de
menor potência.

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Cometa buscou então uma nova parceria. A Scania trouxe para o Brasil, em 1961,
um lote de 16 chassis B-71, suecos, baseados no caminhão L-71 Regent, que
circularam fazendo testes em inúmeras empresas. A Cometa foi uma delas, e
gostou demais do carro. Tanto que em 1964, surgiu a série 800 da Cometa,
denominada PAPO AMARELO. Estas veículos eram derivados diretamente de um modelo
anterior da Ciferal, que fez muito sucesso no final dos anos 50 e começo da
década de 60, chamado CIFERAL CISNE. Na Cometa, levaram todos a prefixação da
série 800, e estima-se que foram adquiridos quase 100 carros, de igual
especificação. Estes veículos foram encarroçados no chassi Scania-Vabis B-75,
com motor Scania D10, de 165 cv, de aspiração natural, e tinham suspensão de
feixe de molas.

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PUB+CIFERAL +TM+NOV+1968

Dois
anos mais tarde, a Scania apresentava uma evolução do seu chassi. Surgia o B76
(a denominação do modelo era B76 63, em função do entre-eixos mais longo, de
6,30 metros), mais longo, e com ele, a nova série da Cometa: o Flecha de Prata.
A carroceria Ciferal que levava o mesmo nome tinha linhas parecidas com as do
Papo Amarelo, mas fazia uso mais generoso das chapas de duralumínio frisadas.
Também incorporava um vidro inteiriço de itinerário frontal, conjugado com os
prefixos, novas lanternas de sinalização de teto frontais, novas lanternas
traseiras, e uma novidade, herdada do GM PD-4104, o clássico Morubixaba: as
chamadas ALMOFADAS, que são acabamentos estéticos de chapa de alumínio
instalados na altura das tampas de bagageiro. A série de carros do Flecha de
Prata na Cometa teve algumas unidades Mercedes-Benz, antigos Monoblocos
acidentados que foram reencarroçados, e alguns veículos Magirus-Deutz, que mais
tarde foram repassados para a Impala Auto-Ônibus S.A., coligada do grupo. Mas a
sua maior predominância de fato foi o chassi Scania, que levaram prefixos das
séries 900 e 1000. Estes veículos já incorporavam o sanitário, no lado esquerdo
do veículo, e a numeração das poltronas, era o inverso do que conhece-se hoje:
1-2 eram no lado da porta, 3-4 atrás do motorista e assim por diante; poltronas
pares nas janelas e ímpares nos corredores. Este sistema de numeração foi
aplicado até a primeira série do Dinossauro da Ciferal, que será visto adiante.

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FOTO 6 Ciferal Turbo vers%C3%A3o exclusiva cometaEm
1968, a Ciferal apresentou ao mercado um novo modelo, o terceiro destes que
estamos aqui apresentando, chamado LÍDER. Mais leve que o Flecha de Prata,
incorporava de vez as estruturas em duralumínio, e o emprego de fibra de vidro
na frente e na traseira, que conferia mais leveza ao peso do carro. Na Cometa,
estes ônibus receberam o nome de batismo de JUMBO-B, e eram encarroçados no
chassi B-76, ainda de aspiração natural e suspensão de molas. Foram 50
veículos, que faziam exclusivamente a linha SÃO PAULO – CAMPINAS, e levavam a
numeração da série 1100 (De 1101 a 1150).
No
mesmo ano, a Cometa adquiriu ainda um lote de ônibus Leitos, levando a mesma
carroceria Ciferal Líder, sob o chassi Magirus-Deutz, com motor de refrigeração
a ar. Estes veículos levavam na Cometa a série 1500, que era a série de carros
Leitos, e foram batizados como SETE BELO LEITO; mais tarde, foram também
repassados à Impala.
Em
1969, a Scania lançou um kit de atualização, opcional, de suspensão a ar. Este
kit possibilitava que qualquer chassi Scania produzido no Brasil, até então,
equipado com suspensão de molas, pudesse ter suspensão a ar no eixo traseiro. A
Cometa então atualizou parte de seus Flechas de Prata e Jumbo B com esta
suspensão, que conferia mais maciez durante as viagens; por isso a existência
de Flechas de Prata com a inscrição Suspensão a ar. No final do mesmo ano, o
chassi B-76 recebeu a Suspensão a ar e motor turbo como opcional, e a Cometa
passou a adquirir os ônibus com estes itens opcionais. Entrava em circulação o
Turbo Jumbo, evolução do Jumbo B, com o mais potente e mais macio para viajar.

CometaJumbo

Em
1970, começou a circular pela Cometa, um modelo da Ciferal diferente, que
trazia motor traseiro… SCANIA. Tratava-se de um chassi Scania, SUECO,
importado pela montadora para testes, o modelo BR-110. Este chassi tinha motor
de 203 cv, de montagem transversal, com aspiração natural e suspensão a ar
integral nos dois eixos, o que conferia maior maciez para andar no asfalto.
Este carro, denominado JUMBO-C, operou exclusivamente na linha São Paulo – Rio
de Janeiro. A intenção da Scania com este chassi no Brasil, que fazia parte de
um lote de três importados e que além da Cometa, circularam em outras duas
empresas, era dar início ao desenvolvimento de um projeto de chassi com
motorização traseira a ser fabricado no Brasil, um mercado até então dominado
em sua maior parte pela Mercedes-Benz.
No
mesmo ano, a Cometa tirou de circulação seus antigos ônibus GM ODC 210, que
naquela altura já rodavam por quase 20 anos ininterruptamente. Um lote de 30
carros foi separado; as carrocerias, desmontadas, os chassis alongados. Dali
foram levados para a Ciferal no Rio de Janeiro, onde receberam a carroceria
Ciferal Líder, e foram denominados dentro da Cometa, como JUMBO-G. Estes 30
Jumbo-G eram exclusivos da linha de São Paulo a Jundiaí, tendo a série 2200
como série de prefixos.
Finalmente,
ainda em 1970, surgia o Turbo Jumbo, versão turbinada e com suspensão a ar de
eixo traseiro do Jumbo-B. O Turbo Jumbo, que em 1971 passou a ser encarroçado
no chassi B-110 Super, teve mais de 200 unidades circulando na Cometa. O carro
2300 foi o primeiro, sendo que houveram carros até a série 2600, mais os Turbo
Jumbos Leitos, que também fizeram parte da já citada série 1500 de
carros-leito.
Em
1972, a Ciferal apresentou no Salão do Automóvel um novo modelo. Era mais um
Ciferal Líder, porém com frente e traseiras diferenciadas. Surgia ali o carro
que daria origem ao Dinossauro, encarroçado sobre o primeiro chassi Scania
BR-115, traseiro, Brasileiro. Prefixo 2008, este carro rodou pela Cometa até o
começo da década de 80, quando foi vendido para uma conhecida empresa de
turismo da época.
Ciferal+Dinossauro+da+Cometa+002010825153616Em
1973, finalmente surgia o DINOSSAURO. Era um projeto de autoria da Cometa todo
baseado nos conceitos do GM PD-4104, que circulou pela Cometa, mas ainda
incorporava detalhes comuns não ao 4104, mas sim ao PD-4106 e PD-4107. Teto com
dois níveis, o motorista num nível abaixo dos passageiros eram alguns dos
diferenciais deste veículo. A série dos Dinossauros começou na série 3100,
tendo o carro 3101 como primeiro veículo, o protótipo. Era o único dos
Dinossauros que herdou a primeira janela esquerda, passageiro-motorista,
inteiriça do Ciferal Líder. A partir do 3102 as janelas passaram a ser
separadas, para comodidade dos passageiros que a partir daquele momento, tinham
duas janelas para abrir, ao invés de uma. Este modelo possuia traseira de
perfil curvo, com três vigias traseiros em vidro, dois nas extremidades, mais
estreitos, e um mais largo ao centro. A tampa do motor, também curva, era
pesada e possuia um sistema de travamento da mesma, para manutenção.
Originalmente possuiam parachoque liso, de alumínio, como os GM; porém com o
passar do tempo os parachoques foram sendo substituídos por outro de fibra de
vidro, com desenho dividido por uma cavidade com uma faixa preta, sendo
composto por dois batentes para absorver pequenas colisões durante manobras.
Era o tipo de peça que tinha de certa maneira uma reposição alta, e o custo da
peça de fibra de vidro era menor, além de ser uma peça muito mais leve. O
veículo possuia 12 metros em sua extensão total, que era a medida permitida
para veículos de transporte rodoviário de passageiros, dentro da legislação da
época. O sistema de numeração das poltronas e disposição do banheiro ainda
permanecia o mesmo, sendo o banheiro à esquerda do carro. Neste caso, fazia-se
necessária esta disposição, pois a posição do radiador do chassi BR-115 Super,
da Scania, era NA DIREITA do motor, não sendo possível instalar o banheiro
sobre ele. Subsequentemente, houveram as séries 32 e 33 deste modelo.
Havia
um acordo entre Cometa e Ciferal, que previa que a Ciferal NÃO PODERIA vender a
terceiros o modelo que era fornecido para a Cometa. Mediante um acordo entre as
partes, a Ciferal passou a produzir Dinossauros para outras empresas, mas com
uma série de diferenças: lanternas diferentes, máscaras frontais diferentes,
painel diferente, etc.
Em
1975, a Cometa introduziu novamente na linha SP – RIO o serviço de carro com
ar-condicionado, lacuna deixada pela desativação dos GMs, no final de 1974.
Eram Dinossauros com ar-condicionado de traseira, ainda encarroçados sob o
chassi BR-115 Super. Esta série foi denominada DINOSSAURO EXECUTIVO.
Em
1976, a Ciferal fez uma alteração na traseira do carro. A mesma deixou de ser
em perfil curvo e passou a ter perfil reto, com a retirada do vigia traseiro em
vidro e colocação de uma cúpula traseira em fibra de vidro, porém toda lisa em
sua parte central. Esta alteração possibilitou colocação de mais dois pares de
poltronas no interior do veículo. Eram as séries 3600 e 3700 da Cometa, ainda
encarroçadas no chassi BR-115. No final de 1976, surgiu o chassi BR-116S, com
motor mais potente e capacidade de carga maior. O chassi por sua vez, possuia
radiador posicionado ao lado inverso do BR-115, à esquerda. A partir deste
momento, o banheiro foi alterado da esquerda para a direita, no lado da porta.
A disposição das poltronas, que até então eram 1-2 lado da porta, 3-4 lado do
motorista, pares nas janelas e ímpares no corredor, passaram a ser como
atualmente conhecidas, 1-2 no lado do motorista, 3-4 no lado da porta, sendo
poltronas pares no corredor e ímpares nas janelas. A partir desta série do
BR-116, o Dinossauro começou a receber atualizações em seu painel. As antigas
teclas tipo SILENTOQUE, usadas em residências, deram lugar a teclas
automotivas, pretas brilhantes, de modelo similar às que equipavam o Opala (e
inclusive do mesmo fabricante). Nos carros a partir da série 3800, a cúpula
traseira passou a ser frisada em alto relevo.
Em
1979, por força de um decreto presidencial, o comprimento máximo dos ônibus
rodoviários, que até então era de 12 metros, passou a ser de 13,20. Baseada
nisso, a Cometa rebatizou o Dinossauro como Dinossauro II; porém na Ciferal, o
veículo permanecia como sendo ainda Dinossauro. Foram cerca de 300 ônibus,
iniciados na série 4200, que foram ao longo de sua vida sendo reformados ou
alterados de serviço. Ha histórico de Dinossauros que tiveram três prefixos
diferentes, fato comprovado unica e exclusivamente por suas placas; em alguns
casos, as carrocerias eram desmontadas e os carros enviados para a Ciferal,
para serem reencarroçados.
Neste
ponto, a relação entre a Cometa e a Ciferal começou a ter desgastes. A Ciferal
começou a vender Dinossauros dentro das especificações da Cometa para outras
empresas, em alguns casos, concorrentes. Citamos aqui por exemplo o BR-116
prefixo 7001 da Viação Itapemirim, que era um Dinossauro em especificações
similares às da Cometa. Na época a Itapemirim ainda não era concorrente da
Cometa na linha SP – RIO pela Dutra, porém eram fortes concorrentes na operação
da linha SÃO PAULO – CURITIBA. A Cometa, em sinal de repudio, começou a
arrancar os emblemas CIFERAL – CARROCERIAS DE DURALÚMÍNIO de seus ônibus, em
1980, mantendo apenas os logotipos da Scania, da qual comprava diretamente os
chassis, sem intermediários e que por isso lhe conferia o status de
‘concessionária’.

Em
1982, após conturbada relação entre as duas partes, a Ciferal entrou em crise
por conta de um mirabolante projeto de trólebus para a cidade de SP. Certa de
que ganharia a concorrência pública, fez investimentos pesadíssimos para
ampliar sua linha de produção, e o projeto acabou sendo descontinuado, o que a
afundou de vez. Como a Cometa estava tendo muitos problemas com a entrega de
carros pela Ciferal, foi necessário buscar 50 carros inacabados no Rio de
Janeiro, que foram trazidos de carreta para SP, e foram concluídos pela
Ciferal. Estes modelos receberam o nome de Batismo de DINOSSAURO III, das
séries 4900 e 5000, e receberam alguns avanços que foram incorporados na linha
da CMA, que na época já estava em estudos e veremos mais adiantes, como o mesmo
painel, e as molas a gás (amortecedores de tampa) na tampa dos bagageiros e
tampa do motor.

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A
Viação Cometa S.A. possuia em seu grupo uma divisão, denominada CMA – Cia
Mecânica Auxiliar, que era uma empresa do grupo responsável por reformas de
ônibus. Toda a reforma dos veículos, exceto recapagem de pneus e retífica de
bloco, era efetuada por esta divisão. Por ela passaram muitos veículos, como os
GMs que tiveram inúmeras reformas; ou até mesmo os exóticos modelos Scania que
levavam a inscrição frontal CCTC, feitas sob os antigos Papo Amarelo da Viação
Cometa S.A. Em março de 1983, a Cometa, através da CMA, obteve do CDI –
Conselho de Desenvolvimento Industrial – uma autorização, para começar a
produzir seus próprios ônibus. Surgia aqui, o FLECHA AZUL. O nome de batismo do
novo ônibus, foi emprestado de um modelo que a Cometa possuiu nos anos 60, de
igual nomenclatura; tratava-se de um Monobloco O-326 HL, na época o ônibus
Mercedes-Benz mais potente no mercado Brasileiro, e o segundo mais potente da
frota da Cometa, perdendo apenas para o GM PD-4104.

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O
CMA Flecha Azul foi um marco para a companhia. Tratava-se de um projeto todo
baseado no Ciferal Dinossauro, que inclusive era de autoria da própria Cometa.
O engenheiro responsável pela manufatureira era oriundo da Ciferal, o que
ajudava no aperfeiçoamento do carro. Um dos grandes destaques na produção deste
veículo, foi a consideravel redução de peso comparado ao antecessor Dinossauro.
Com a utilização de chapeamento interno com perfurações de tamanho pouco maior
que o diâmetro de uma lata de refrigerante, foi possível reduzir 700 kg do peso
do veículo. A mudança de alguns adornos externos, como os frisos abaixo das
janelas, outrora mais largos, no CMA mais estreitos, possibilitou a redução de
peso também. O carro ficou próximo de ter 1 tonelada de peso a menos que o
Dinossauro. As poltronas passaram a ser de couro vermelho, ao contrário do
Dinossauro, que as tinha em Courvin ou Courvin Florido. A vantagem da poltrona
de couro é a facilidade da limpeza; apesar de ser um material mais caro, é mais
fácil de ser secado (por exemplo quando o passageiro derruba um copo de água ou
café sob o banco) e mais fácil de ser higienizado também. O Flecha Azul teve
sua primeira unidade encarroçada sob um dos primeiros pré-série da Scania, o
chassi K-112 33S, sendo os demais encarroçados no BR-116. Teve seus prefixos
nas séries 5100 e 5200, até o 5222.

No
mesmo modelo houve o Flecha Azul Automático, cujo primeiro carro, 5223, era um
BR-116 com caixa de câmbio importada da Suécia. A série 5300 também era
exclusiva dos Automáticos, restando a série 5400 que foi de carros comuns de
câmbio manual. A série Flecha Azul Automático teve as caixas automáticas
substituídas mais tarde por câmbios manuais.

FOTO 7 Propaganda da Via%C3%A7%C3%A3o Cometa com o Flecha Azul a empresa queria oferecer ve%C3%ADculos unicos no mercado.

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Em
1985, a CMA apresentou o Flecha Azul II. Com 20 centrimetros mais alto, o
veículo apresentava melhor visão panorâmica aos passageiros. Sem maiores
alterações com relação às duas séries anteriores da CMA, teve as séries 5500,
5600 e 5700. Em 1987, num determinado prefixo da série 5700, o carro passou a
ser encarroçado num novo chassi da Scania, o K-112 CL. A Cometa já vinha
testando há alguns meses um novo equipamento que a Scania passaria a oferecer
como opcional nos seus chassis, o Intercooler. De carona com estas inovações, o
Flecha Azul II passou a ter 4 lanternas traseiras de cada lado, ao contrarío
das três anteriores de cada lado da traseira. Também incorporou luzes de ré
acompladas à placa traseira, novas luzes indicadoras de direção laterais, novas
luzes de pisca frontais e novas lanternas delimitadoras do teto. Esta série foi
produzida de 1985 a 1992, tendo como último carro o prefixo 6645. Ao longo
deste anos, foram encarroçadas em torno de 1200 unidades, sendo 1145
convencionais para a Cometa, 25 leitos para a Cometa, 4 leitos e os demais
convencionais, para a Impala. Estes últimos foram uma única oportunidade que a
CMA encarroçou carros zero km para a Impala, onde levaram as séries 9400
(9499), 9500 e 8000 Leito (8026, 8027, 8028 e 8029). De 1985 a 1987, o chassi
era o Scania K-112 33S; de 1987 a 1991, o chassi era o K-112 CL; 1991 a 1992, o
chassi era o K-113 CL.

Em
1993, a Cometa apresentou o Flecha Azul III. Ao contrário de sua série
anterior, que ainda tinha traços do Dinossauro, em função da janela rebaixada
alinhada com a janela do motorista e o vidro da porta, este carro possuia seis
janelas. A janela do motorista e o vidro da porta passaram a ter desenho
arredondado. A vantagem desta série era que nenhum dos 46 passageiros ficava
sem ter como abrir uma janela, e ninguém ficava com uma coluna atrapalhando sua
visão. Não houveram alterações estéticas neste carro, salvo a questão das janelas.
Os prefixos iam de 6700 a 6865. Chassis K-113 CL

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No
segundo semestre de 1994, a Cometa apresentou o Flecha Azul IV. A COBRASMA,
antigo fabricante de implementos rodoviários, fornecia as rodas raiadas a
Scania e a Cometa ainda as utilizava. A vantagem destas rodas eram as
aberturas, que possibilitavam melhor resfriamento do sistema de freios,
evitando desgastes e falhas. Como este recurso se esgotou, foram adotadas rodas
de alumínio forjadas da Alcoa, para pneus com câmara. De desenho americano, estas
rodas eram produzidas e utilizadas nos Estados Unidos desde a década de 60. Com
estas rodas, surgiu o Flecha Azul IV, ainda sem alterações estéticas, que
viriam de fato na séries seguintes. O chassi que até então era o K-113 CL,
mudou para o K-113 CLB, que nada mais é que o K-113 com novo sistema de freios,
lançado pela Scania naquele ano. Prefixos 6866 a 7035.
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Em
1996, a Cometa apresentou o Flecha Azul V. Começavam aqui as inovações mais
relevantes na história da CMA. O carro que até então utilizava espelhos
retrovisores em alumínio, com uma lente retangular, plana, e outra redonda,
menor, convexa. A partir desta série, os carros passaram a ser equipados com
retrovisores maiores, Saraiva ou Metagal, com maior visibilidade para o
motorista. Os braços de fixação também passaram a ser diferentes. Foi
incorporado um vidro inferior na porta, para auxiliar nas manobras em
plataformas de rodoviária; esta inovação foi posteriormente incorporada aos
carros antecessores, até o primeiro Flecha Azul III e alguns Flecha Azul II
ainda em operação.

Chassi
Scania K-113 CLB, foram prefixados de 7036 a 7118.

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Os
10 primeiros novos carros Leito, também encarroçados, em 1996, levaram a série
9000, e recebaram como nome de batismo, Flecha Azul VI Leito. Equipados com ar
condicionado Thermo King Super D3, com gás ecológico, precisaram receber uma
cúpula traseira mais alta, que lhes rendeu um apelido entre os motoristas:
“Leito Carrinho de Bebê”, por conta da traseira elevada. Flecha Azul
VI Leito, prefixos 9000 a 9009 Os outros sete leitos encarroçados no segundo
semestre daquele ano receberam um ar condicionado diferente, da Thermo King, o
modelo era o Thermo King LRT, com painel computadorizado ao alcance do
motorista. A cúpula traseira pode ser reduzida, ficando uma saliência em forma
de caixa. Novamente, apelido dos motoristas: “Leito Caixa D’água”.
Flecha Azul VI B Leito, prefixos 9010 a 9025 (9010 a 9016 foram fabricados em
1996; 9017 a 9025 foram produzidos em 1997)
011

No
final do mesmo ano, foram apresentados os carros da série Flecha Azul VII.
Foram incorporadas novidades como as poltronas com braços móveis; novas luzes
de leitura, mais modernas; novo sistema de itinerário, constituído de nova
máquina e itinerário em plástico serigrafado, ao contrário do antigo que era de
lona pintada por letristas. O novo itinerário era mais leve de ser movimentado,
exigindo menos esforço do motorista. Chassi Scania K-113 CLB, foram prefixados
de 7119 a 7455. Os carros da série 7100 a partir de 7119 até 7167 foram
fabricados em 1996; 7168 até o 7336 foram produzidos em 1997; 7337 até 7433
(incluindo o 7500) foram produzidos em 1998; 7434 até o 7455 mais o 7501, são
de 1999.

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Dois
veículos foram encarroçados como protótipos da série 4 da Scania. O 7500,
chassi de 1997, pré-série, era um K-124 IB NB, com câmbio GR 801 CS, Confort
Shift 8 Marchas, com motor 360 cv. Foi encarroçado entre os Flechas 7344 e
7345; o 7501, chassi de 1998, era um K-124 IB NB, com câmbio Scania Opticruise,
motor 420 cv, retarder e piloto automático. Ambos eram mais altos que os demais
Flechas, possuindo um parabrisa ainda mais alto que o adotado a partir do
Flecha Azul II. A estrutura destes carros era de 3,75 metros, igualmente os
Flecha Azul VI B Leito.

7500

Os Flechas na Paraíba

Na Paraíba existem algumas unidades de Flecha Azul, até o governo do estado possui uma unidade.
1147938 282294301909360 1792519999 n
1232379 282295495242574 1728124860 n
1232749 282294858575971 802755034 n+(1)
Conheçam um pouco mais da Viação Cometa através dos links:






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