Fonte: Portal Ônibus
Paraibanos
Figueiredo
Esta imagem triste e
chocante para alguns, nem lembra a pujança da Guarabirense em outrora. Dos anos
70 a início de 2000, a empresa reinava quase que absoluta na região com uma
frota de quase 50 carros. Para os amigos terem uma ideia, o Expresso
Guarabirense só perdia em tamanho para a Trans. Paraíba, que foi adquirida pela
Guanabara em 1995. Porém, se levarmos em consideração a região onde atuava, ela
era uma gigante.
Em 2002, a empresa começa a
dar sinais agonizantes, com carros velhos, quebrados e cancelamento de viagens
constantes. Para uma empresa que detinha quase 50 carros, no ano de 2004
restavam-se apenas seis sete carros. Aí pergunto aos amigos, quem quebrou a
GUARABIRENSE? Para mim e para muitos, três fatores dinamitaram a empresa: Clandestinos,
poder público e os proprietários da empresa. De ordem crescente, hoje para mim
o maior culpado é o poder público, depois vêm os proprietários e por fim os
clandestinos. Mas Por quê?
Primeiro o poder público, por nunca tomou uma posição sequer com medidas
combativas ao transporte irregular, outro ponto a alta cobrança de impostos e
algumas regalias. O proprietário vem em segundo, pois, com a morte do dono em
1991 os filhos assumem a empresa e não conseguiram gerir a empresa levando a
dívidas que alguns dizem, impagáveis. Por fim vem os clandestinos que sempre se
usam da situação. Eles existem com um serviço razoável, imaginem os amigos com
o serviço ruim que era prestado pela Guarabirense.
Bons amigos, como muitos carros, todos vem deteriorando-se por vândalos e pelo
tempo esperando alguma atitude nem que seja o desmanche. Sua garagem em Bayeux
e em Guarabira amontoavam-se seus carros que antes eram imponentes, como os
Diplomatas 350 em sucatas. Esta foto tirada por Marcos Filho mostra um dos
El Buss da empresa nessa situação lastimável. Para os amigos terem uma ideia, no
site do DETRAN-PB mostra que o último emplacamento foi em 2003 e está em
penhora assim como todos os carros da empresa.
Por fim, ficam aquelas magníficas imagens de seus carros, chegando à rodoviária
de João Pessoa ou de Guarabira, trazendo milhares de passageiros com seus
belíssimos carros num bege e azul bem harmônico. Fica também o cheiro de óleo e
fumaça na minha memória da empresa disputando passageiros. Não foi um fim justo
para a Guarabirense.