Melhoras no transporte pessoense

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria / Texto: Kristofer Oliveira Fotos: Acervo Paraíba Bus Team Quando se fala de desenvolvimento de uma cidade, o meio de transporte  é um ótimo indicativo que ...
Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria / Texto: Kristofer Oliveira
Fotos: Acervo Paraíba Bus Team
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Quando se fala de
desenvolvimento de uma cidade, o meio de transporte  é um ótimo indicativo
que aponta características importantes de uma sociedade e seus pilares. Uma
conclusão preliminar já é evidente…o problema de congestionamento, atraso dos
ônibus, superlotação e reclamações das empresas que operam ñ vem de hoje…apenas
o tempo passou em João Pessoa.

Av Cruz das Armas
O principal corredor que
liga parte dos bairros da zona sul ao centro pessoense é um dos mais antigos da
cidade, antes conhecido como o “caminho para Recife”.
Entre 1977 e 1978, a Avenida
Cruz das Armas passou por uma intervenção que perdura até hoje, recebendo
jardinagem na divisão das vias duplicadas e recapeamento asfáltico. A
imagem superior mostra o fim da duplicação da avenida, que acontece em uma das
entradas do Bairro dos Novaes, antes da ladeira que dá acesso ao Oitizeiro.
Para quem vivenciou essa avenida após os anos 90, parece que é uma obra
incompleta, mas tem uma forte justificativa do porque a duplicação acabar
aí…simplesmente, ñ existia o Colinas, Funcionários, Ernany Sátiro, e outras
bairros circunvizinhos. O Costa e Silva e Geisel estavam começando a existir,
mas com poucas moradias. Após, só existia o Novaes, Cidade dos Funcionários, o
Distrito Industrial, a zona rural e pequenos distritos. Ou seja…pouca demanda
de transporte e pouco fluxo de carros.
 

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A avenida recebendo asfalto em 1978

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Em 1978

Nos anos 80 e 90 ganhou um
grande fluxo de veículos, pelos seguintes fatores: Quando ñ existia o corredor
7 (Acesso Oeste, construído entre 1994~1995), que é um braço das rodovias BR-101/230,
uma parte dos ônibus rodoviários que chegaram e partiam de João Pessoa
utilizavam esse corredor; Absorveu o tráfego decorrente da expansão pessoense
na zona sul na época, sendo um efeito cascata…quanto mais habitação tiver,
maior o número de pessoas…quanto mais pessoa tiver, maior a demanda de
transporte…quanto maior for a demanda de transporte, mais linhas tem que ser
criada e a frota nas linhas existentes ampliada…e quanto maior a ampliação da
frota de ônibus dentro de uma cidade sem planejamento a longo prazo, maior será
o congestionamento. E isso sem citar as pessoas que tinham carro na época.
Atualmente, operam nesse
corredor diversas linhas de todas as empresas de JP, perdendo em quantidade
apenas para a Av Epitácio Pessoa. O grande problema é a feira do Oitizeiro que
provoca congestionamentos no local e caminhões que descarregam a luz do dia na
parte comercial da avenida em Cruz das Armas, nas proximidades do mercado.
Existe projeto para a conclusão da duplicação, mas ainda depende da boa
vontade política.
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Imagem atual da via. Foto: Caio Henrique
Av. Epitácio Pessoa
Criada no início do Século
XX, carrega consigo o nome em homenagem ao único paraibano que chegou a
presidência do país. A abertura dessa avenida foi responsável por abrir caminho
entre o centro e o desabitado e selvagem litoral pessoense, em que
décadas depois se tornaria a área nobre pessoense. E quanto a avenida,
atualmente é um dos corredores mais importantes e com o maior fluxo, além de
quantidade de linhas operando.
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1924 – Linha Férrea Cruz do
Peixe-Tambaú – Trabalhos de alargamento da estrada que viria a ser a
futura Avenida Epitácio Pessoa. O caminho já existia desde 1907, junto com a
linha de trem que partia de Cruz do Peixe (imediações do atual Hospital Santa
Isabel) até a praia de Tambaú

Em 1950


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Em 1978

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Em 1979

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Atualmente

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A avenida sofre atualmente
com constantes congestionamentos nos horários de pico devido ao grande
quantidade de veículos que trafegam, se agravando quando acontece
acidentes.  No que tange ao transporte por ônibus, existe um projeto
para a avenida passar a contar com um futuro sistema exclusivo…hora uma
reportagem diz que é BRT, hora diz que o VLT pode ser opção.
Centro Pessoense
O centro pessoense
praticamente presenciou todos os tipos de transporte público terreste em João
Pessoa…desde o bonde aos ônibus.
O centro de João
Pessoa ñ tem a mesma força de antes, em que todas pessoas da
cidade tinham a necessidade de ir ao centro, ou então, comércio, por ter a
concentração de mercados, lojas, instituições bancárias, cinemas, serviços
postais, entre outros (tanto que os ônibus antes tinham a plaquinha ou a
indicação na lona “comércio”). O trânsito no local já apresentava
problemas nos anos 70 e visando melhorar o tráfego uma grande reforma na
estrutura viária foi realizada.
 

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Construção do Viaduto Damásio Franca nos anos 70 interligando a cidade alta com a baixa

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Imagem atual

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Fim do viaduto por trás do Teatro Santa Roza

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Ponto dos cem réis antes da construção do viaduto. Imagem impensável e impossível nos dias atuais, com o tráfego na frente do hotel palace

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Imagem atual do lugar

Atualmente, boa parte das
linhas existentes em João Pessoa continuam a passar nesse local…e a demanda é
grande, devido ao Terminal de Integração do Varadouro e o Terminal
Rodoviário, apesar do centro ñ ter a mesma força de antes. Em 1977,
existiam 154 ônibus ao total, e hj, a frota passa dos 500 ônibus. A cidade
cresceu, a quantidade de veículos também, mas o centro continua com a mesma
estrutura de ruas de outrora, com ruas estreitas, e o resultado ñ é nada
bom com os congestionamentos diários graças ao forte fluxo de veículos,
provocando os atrasos nos ônibus. Também, no Centro Histórico, existe uma
dificuldade por parte dos ônibus de turismo e receptivos que  possuem uma
altura superior permitido para passar pelos viadutos existentes, tento que
fazer um grande desvio por ruas históricas e apertadas. E para piorar, os
alternativos agravam o problema.

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