Primeiro ônibus elétrico 100% nacional possui powertrain Weg

Fonte: Mobilidade em Foco Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro Foto: Divulgação A busca constante por energias renováveis, de maior eficiência térmica e menos agressivas ao meio ambiente tem sido ...
Fonte: Mobilidade em Foco
Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro

Foto: Divulgação



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A busca constante por energias renováveis, de maior
eficiência térmica e menos agressivas ao meio ambiente tem sido motivo de
milhares de horas de trabalho, discussões e projetos mundo afora desde os anos
70, quando ocorreu a primeira grande crise do petróleo e fez disparar os preços
da principal matriz energética daqueles tempos e também a mais utilizada ainda
hoje. A poluição, com o aumento gradativo da frota circulante nas grandes
cidades ensejou a adoção de políticas que visam restringir cada vez mais à
circulação de veículos automotores movidos a combustão, devido ao impacto
causado, a sua taxa de contribuição ao aumento do efeito estufa e toda a cadeia
de fatores advindos disso.

Não é de hoje o uso dos veículos com motorização
elétrica no Brasil, pois é uma das principais soluções sustentáveis para a
locomoção de pessoas e o transporte público de grande contingente de membros da
sociedade ocupando a menor área possível nas ruas e estradas. Tivemos em
décadas passadas a utilização de bondes e ônibus elétricos, automóveis e
utilitários movidos a essa energia, renovável, a menos poluente e a de maior
taxa de eficiência térmica entre as disponíveis. O rendimento de um motor
elétrico torna um motor a combustão, diesel, gasolina ou etanol, um museu da
pré-história, eis que o rendimento do primeiro chega a 98, 99%, somente 1 a
1,5% de perda, enquanto os motores a combustão mal chegam a taxas de 44 a 47%,
o resto são perdas.
 
A WEG, empresa de porte internacional, multinacional
com fábricas em vários países e que exporta para os cinco continentes, cuja
matriz e primeira planta industrial fica na cidade de Jaraguá do Sul, cidade
onde o redator da fanpage Mobilidade em Foco reside há muitos anos, no Estado
de Santa Catarina, participou ativamente no desenvolvimento do primeiro ônibus
elétrico 100% nacional, batizado como “HíbridoBR”, lançado recentemente pela
Eletra Industrial. A WEG foi a empresa responsável em fornecer o “powertrain”
do novo ônibus, desenvolvido especificamente para circular nas cidades
brasileiras.
 
A eficiência dos motores elétricos, somados ao
armazenamento da energia gerada em modernas baterias, aliado ao sistema de
frenagem regenerativo e a tecnologia de tração, permitem que o HíbridoBR reduza
a emissão de poluentes em até 90% e o consumo de combustível em cerca de 20%,
se comparado a um ônibus com motorização diesel, mesmo sendo Euro 5. Como se
vê, mesmo as mais modernas tecnologias empregadas em motores do ciclo diesel
não o capacitam para um embate com motores elétricos. A presença do Grupo WEG
neste importante setor não é fato novo, a empresa tem tradição e estrada
percorrida, além de ser forte parceira comercial da empresa Eletra Industrial.
 
A WEG já fornece motores elétricos e inversores de
freqüência para os trólebus fabricados pela Eletra. A empresa tem mais de 300
trólebus circulando em São Paulo, na Argentina e na Nova Zelândia. O apoio,
suporte de tecnologia dado pela WEG, segundo diretores da Eletra Industrial,
foi fundamental no desenvolvimento do ônibus HíbridoBR. “A qualidade, a
confiabilidade e a evolução dos itens a nós fornecidos é que permitiram o
avanço tecnológico dos ônibus elétricos brasileiros para competir em condições
de igualdade técnica com qualquer outro modelo internacional. Estamos
trabalhando arduamente para nos aprimorar ainda mais, com o apoio técnico e
comercial da WEG”, destaca o administrador de contratos, José Antônio do
Nascimento.
 
Com os constantes aumentos do preço dos combustíveis,
principalmente o óleo diesel, cujo impacto na cadeia produtiva é imenso,
espera-se a adoção de políticas públicas que facilitem a comercialização em
escala economicamente viável e ascendente dos ônibus híbridos. São
infinitamente menos poluentes, mais silenciosos e mais confortáveis para os
usuários devido ao controle eletrônico da aceleração, fator que evita tranco no
momento da largada e retomada de velocidade do coletivo. O HíbridoBR já nasceu
com “pedigree”, não é uma mula de testes de alguma carroceria ou chassi
futuros. Empresas de renome no cenário nacional participaram do projeto.
 
A WEG foi a responsável pela parte elétrica de
propulsão do “powertrain, a Caio Induscar forneceu a carroceria e a
Mercedes-Benz entrou com o chassi, suspensão, caixa, sistema de direção, painel
e o motor diesel, já que o novo ônibus é híbrido. A montagem final coube a
Eletra Industrial, empresa com mais de 30 anos de mercado e que fabrica
veículos elétricos nas versões trólebus (rede aérea); híbrido (grupo
motor/gerador mais baterias); e totalmente elétrico, com energia elétrica
armazenada em baterias.
Quanto ao powertrain, da parte que coube a WEG
fornecer, faz parte do conjunto um gerador modelo GTA de 70 Kva
(Kilovolts/ampére), inversor de freqüência modelo CFW11T de 600A (ampéres),
motor de corrente alternada (AC), carcaça tamanho 250, refrigerado a água e com
potência variável de 165 a 330 Kw (Kilowats). Além dos itens já mencionados, a
WEG também forneceu motores e inversores auxiliares para a bomba d’água, bomba
hidráulica e compressor de ar do HíbridoBR.

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