Mulheres dirigindo ônibus ganham espaço em Santa Rita

Fonte: Santa Rita em Foco Fotos: Divulgação A SIM – Sistema Integrado Metropolitano é a mais nova empresa de transporte coletivo na grande João Pessoa a oferecer oportunidade de trabalho ao sexo ...
Fonte:
Santa Rita em Foco
Fotos: Divulgação


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A SIM – Sistema Integrado Metropolitano é a mais
nova empresa de transporte coletivo na grande João Pessoa a oferecer
oportunidade de trabalho ao sexo feminino conduzindo um ônibus.

Não é impressão. Existem mais mulheres na direção dos ônibus na região metropolitana
de João Pessoa. Ainda que seja um número tímido, a quantidade de motoristas
femininas conduzindo os coletivos cresceu 500% nos últimos três anos.


Em 2012, tínhamos apenas duas mulheres condutoras de ônibus na região
metropolitana de João Pessoa, hoje já são sete (07). A mais nova contração de
uma mulher para dirigir um ônibus foi feita no ultimo dia 1º de fevereiro de
2015, pela SIM – Sistema Integrado Metropolitano, que opera na linha Santa Rita
/João Pessoa. Segundo levantamento feito pela Organização Não Governamental
Educar para o Trânsito Educar para Vida – ETEV, essas profissionais do volante
trabalham nas seguintes cidades:
João Pessoa – quatro (4) mulheres condutoras de
ônibus
Santa Rita – duas (02) mulheres condutoras de ônibus
Bayeux – uma (01) mulher condutora de ônibus

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A ONG ETEV acompanhou uma viagem a bordo do ônibus
5013 na linha 5003 Santa Rita/João Pessoa conduzido por Rosilene da Silva
Rodrigues, de 35 anos. Motorista, habilitada há treze anos, e percebeu que,
apesar de estar adaptada com mulheres dirigindo carros de passeio, parte dos
passageiros ainda se surpreende ao subir em ônibus e deparar com uma mulher ao
volante.

Mesmo diante de tantos avanços conquistados pelas mulheres no mercado de
trabalho ainda existem áreas onde os homens predominam. O setor de transporte é
uma delas. O número de mulheres no sistema de transporte coletivo, ainda é
pequeno, mas para Luiz Carlos André, presidente da ONG ETEV, esse cenário vem
mudando.


ONG ETEV –
 O mercado de transporte está mais aberto para o público feminino?


LUIZ CARLOS ANDRÉ
– Se observarmos que em 2012 o número de mulheres conduzindo
transporte coletivo na Paraíba era apenas duas (2) e neste ano temos sete (07),
percebemos que estamos avançando. Mas ainda há muito a ser feito para quebra
essa paradigma.


ONG ETEV
– O setor oferece poucas oportunidades para as mulheres?


LUIZ CARLOS ANDRÉ
– Pelo que pesquisei não chega nem a ser um problema de falta
de oportunidades dentro das empresas. O maior desafio na verdade é estimular
mulheres a tirarem CNH da categoria “D” e que tenha vontade de dirigir ônibus.
Só para ter uma idéia, na empresa SIM – Sistema Integrado Metropolitano, no ano
de 2014, foram entregues no departamento de recursos humanos 187 currículos de
candidatos a função de motorista de ônibus, desses apenas um do sexo feminino.
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ONG ETEV – Quais as diferenças entre homem e
mulheres no volante de um ônibus?

ANTÔNIO DE PÁDUA, presidente do Sindicato dos Motoristas
– Não é uma disputa
entre o homem e a mulher, cada um tem qualidades importantes. Ser um bom
profissional depende do esforço e dedicação de cada pessoa e não do sexo. “Não
existe diferenças entre homem e mulher nesta função. Depende da dedicação e da
motivação de cada um, que disse ainda nosso sindicato disponibiliza uma escola
de treinamento de motoristas e nos últimos anos tivemos a grata satisfação de
terem passados pela nossa escola muitas mulheres, acho normal a mulher ocupar o
cargo de motorista de ônibus”, conclui Pádua.


Reação do público
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A Dona de casa Erivanda Vieira Diniz nunca tinha
pegado ônibus com uma mulher no volante em Santa Rita, mas, mesmo sem conhecer
o trabalho da moça, disse estar feliz ao ver uma mulher ocupando um cargo antes
restrito ao público masculino. Ela é otimista e espera embarcar com mais
frequência em ônibus dirigido por mulheres.


‘É você!’

Logo que entrou no ônibus com destino a João Pessoa, a aposentada Adeilde Reis
de Paiva soltou a exclamação: “É você!”, afirmou, ao ver que Rosilene era a
motorista. Questionada, Adeilde disse gostar de mulher motorista, mas se
surpreende porque não é todo dia que encontra uma na cidade.


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