Cenário no exterior é mais favorável para a Marcopolo

Fonte: Monitor MercantilFoto: JC Barboza As perspectivas das operações da Marcopolo no exterior são mais positivas do que as do mercado local, com diversos países apresentando expansão nesse primeiro ...

Fonte: Monitor Mercantil
Foto: JC Barboza

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As perspectivas das operações da Marcopolo no exterior são mais positivas do que as do mercado local, com diversos países apresentando expansão nesse primeiro trimestre, informou José Rubens de la Rosa, presidente da empresa, em teleconferência para discutir os resultados financeiros da companhia no primeiro trimestre de 2015.

O executivo destacou que a Índia apresentou bons resultados no primeiro trimestre, com melhora na eficiência e a expectativa de um segundo trimestre também positivo, beneficiado pelas vendas já fechadas para o governo. México e Egito também tiveram um bom desempenho nos três primeiros meses desse ano.

Segundo Rosa, a África do Sul teve resultados positivos no trimestre, com uma expectativa de um ano estável em relação à 2014. As operações da Colômbia também devem apresentar estabilidade na comparação com o ano passado.

Em relação à Argentina, o presidente da companhia afirmou que ainda persistem as restrições às exportações brasileiras “Seria ótimo se a Argentina abrisse as portas, temos vendas concretizadas que não podemos fazer nesse momento”, disse. No entanto, Rosa avaliou que o negócio local segue melhorando ante períodos anteriores.

Mercado brasileiro

A visão da Marcopolo para o mercado brasileiro é positiva no longo prazo, afirmou Rosa. “Nossa visão é bastante positiva em relação ao futuro do negócio, os ônibus seguirão sendo demandados. O setor segue com muitos passageiros, apesar dos reajustes tarifários”, disse o executivo. “No longo prazo, a frota grande, o driver de renovação maior e a necessidade de ônibus melhores e maiores são pontos importantes”.

Segundo o executivo, as perspectivas no curto prazo e médio prazo ainda não são claras e, por isso, a Marcopolo adota medidas para a manutenção da saúde financeira da empresa, como, por exemplo, a adoção de férias coletivas e flexibilização de jornada, para se adequar ao momento econômico menos favorável.

Rosa ainda destacou que o contexto da empresa deve seguir o mesmo no segundo trimestre, mas que alguns fatores, como a desvalorização do real, a linha Finame-PSI com taxas ainda competitivas e a expectativa de publicação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de regras do modelo de autorização das linhas interestaduais, podem ajudar a empresa ao longo do ano.

Lucro

A fabricante de carrocerias de ônibus teve lucro líquido de R$ 34 milhões de
janeiro a março, queda de 37,4% sobre um ano antes. “O resultado foi afetado pela menor receita nos segmentos de rodoviários e valores no mercado interno, que recuaram 24,1% e 58,1%, respectivamente”, disse a Marcopolo.

O lucro também foi pressionado pelo resultado financeiro negativo de R$ 19,9 milhões no período, ante R$ 9,2 milhões positivos na mesma etapa do ano anterior.

Entre janeiro e março, a receita líquida da Marcopolo caiu 11,5% ano a ano, para R$ 656,8 milhões, com um recuo de 32,2% nas receitas do Brasil e aumento de 40,9% nas receitas de exportação.


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