Linha 120 é ressuscitada pela terceira vez. E está longe de resolver o problema do Parque do Sol

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria/Texto: Josivandro Avelar Fotos: JC Barboza / Acervo Paraíba Bus Team Desde a última quinta-feira (24), a linha 120 voltou a circular, em sua terceira ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Josivandro Avelar
Fotos: JC Barboza / Acervo Paraíba Bus Team

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Desde a última quinta-feira (24), a linha 120 voltou a circular, em sua terceira “encarnação” – as outras duas foram em 1991, extinta em 2006, e em 2011, extinta em 2012. A Semob alega que atendeu a solicitação das comunidades envolvidas, e com isso, a então linha 7120 deixou de circular no Acesso Oeste. Isso está muito longe de solucionar o problema de superlotação e demoras da linha dentro dos loteamentos de expansão do Valentina, isso se não piorou o que já era ruim.

Em 2011, a linha 120 foi recriada vinte anos depois de sua criação e cinco de sua primeira extinção – que junto ao 519 deu origem às circulares 1519 e 5120. A primeira linha 120 atendia à principal via do Valentina.

A segunda versão da linha 120 foi criada em 2010, para atender aos moradores dos loteamentos Parque do Sol, Novo Milênio e Cidade Maravilhosa. Foi extinta novamente em 10 de novembro de 2012, dando lugar à linha 7120. O detalhe é que na matéria da época, a Semob dizia que a mudança era experimental. E a “experiência” durou três anos e três meses – algo bem parecido com o 1502, cuja desculpa para a sua criação foi a mesma, mas a experiência durou tempo demais.

A ideia da 7120 era encurtar a viagem da linha fazendo com que o ônibus passasse no Acesso Oeste, fazendo um esquema semiexpresso, driblando os semáforos e congestionamentos da Cruz das Armas, especialmente no foco da Feira de Oitizeiro, porém retornando por este corredor. Na ocasião, o então superintendente da Semob alegou que os ônibus da linha não estavam conseguindo cumprir viagens.

Mas o problema da 7120 estava longe de ser solucionado. A Semob bem que tentou, alterando o terminal da linha, que foi transferido do Muçu Magro para o Parque do Sol, fazendo com que o trajeto fosse encurtado e a linha passasse a atender à partir do loteamento. Mas não adiantou nada, a linha continuava superlotada.

O corredor do Acesso Oeste é um atalho para a Integração do Varadouro. Saindo do Geisel, em menos de dez minutos você está lá. Essa era uma vantagem essencial da linha 7120, que desse modo, driblava o trânsito intenso da Cruz das Armas, especialmente em horários de pico, quando as viagens mais atrasam, e quando os passageiros mais precisam.

Desde a última quinta-feira, a linha 120 voltou pela terceira vez. Partindo do Parque do Sol, mas dessa vez passando na ida por Cruz das Armas. O trânsito não mudou, os engarrafamentos da Feira de Oitizeiro não mudaram, mas porquê a mudança? O corredor do Acesso Oeste já não era mais rápido agora? Além de derrubar o atalho da linha, pode piorar um problema que já era ruim. Só que o problema dessa linha até quem não mora nas áreas sabe que não é o corredor onde os ônibus trafegam, afinal foi retirado um atalho fundamental para a característica de rapidez, mesmo atendendo a um trajeto tão longo, da linha. Vai bem além disso.

Uma linha para atender a vários loteamentos

O problema da antiga 7120 – hoje 120 – começa como na maioria das linhas da cidade, próximo a seu ponto final. A linha atende a outros loteamentos do Valentina onde só ela e as integracionais do bairro atendem, mas o maior problema está no atendimento a loteamentos – como o Irmã Dulce – onde as linhas do vizinho Colinas do Sul já atendem. Quem mora próximo do ponto final vai sentir a enrolação e passará mais tempo no ônibus, fazendo com que a ida para o Centro torne-se uma verdadeira odisseia. Por tabela, os ônibus terminam por demorar para todos. E a 120 para muitos desses moradores é a única opção de acesso ao Centro da cidade.

A questão é resolver o problema a partir do centro de demanda das linhas, que são justamente os loteamentos de expansão do Valentina, além de melhor definir a área para que os ônibus não enrolem tanto para chegar até o Geisel, por exemplo. É um problema que podia ser resolvido até com a criação de mais linhas – ou da oposta da 7120, afinal não era uma linha circular? E isso sem descartar outros corredores.

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Enquanto o problema não for solucionado por aí, não é matando e ressuscitando várias vezes a 120 tirando e botando em corredor que o problema vai ser resolvido. Apenas se transfere o problema de lugar.


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