Fonte: A Notícia
Foto: JC Barboza
A segunda tentativa de ressuscitar o negócio da Busscar com a venda do conjunto da operação (máquinas e instalações) terminou frustrada na tarde desta terça-feira.
Durante o leilão na sede da Associação Empresarial de Joinville (Acij) não houve interessados. Ex-trabalhadores tinham expectativa de um encaminhamento neste leilão. Alguns presentes ao certame também cobraram mais informações sobre o andamento do processo.
Há um esforço para tentar vender o pacote completo e possibilitar o retorno das atividades, mas os investidores que demonstraram algum interesse alegaram que o momento econômico não é propício, explica a leiloeira Tatiane Duarte.
Conselhos de administração das companhias não recomendam a compra neste momento, especialmente pelo valor mínimo exigido para este segundo certame, que foi de 60% do valor.
O montante significa R$ 221,5 milhões (incluindo ativos reivindicados na Justiça, e incertos) ou, na prática, R$ 176,5 milhões (descontados os ativos) por todas as empresas do grupo.
O convite para o leilão foi feito a 15 empresas de transporte rodoviário e urbano. Apesar da falta de interesse dos investidores pelo valor mínimo ofertado, a equipe responsável pelo leilão contabilizou quatro interessados em adquirir o negócio e que querem propor valores menores.
São eles, uma fabricante de ônibus da América Latina, um grande grupo de transporte urbano e rodoviário no Brasil, outra empresa de ônibus no País e até um político, que representa um grupo de empresários. Os nomes não foram revelados pela leiloeira para não atrapalhar as negociações.
Para avançar nas conversas é preciso autorização judicial. Por este motivo, está marcada para esta quinta-feira, às 14 horas, reunião entre a leiloeira, o administrador judicial Rainoldo Uessler e o juiz titular da 5ª Vara Cível, Luís Felipe Canever.
O objetivo é avaliar a possibilidade de estender por 60 dias o prazo de negociação, só que sem o limite mínimo de 60% do valor da Busscar. Pelo plano de venda em vigor, o próximo passo é vender maquinários e cada instalação separadamente, enterrando de vez a esperança de colocar a operação em pé novamente.
A fábrica, cuja falência foi confirmada em dezembro de 2013, está com a produção parada desde setembro de 2012.