Avenida Josefa Taveira se prepara para faixa exclusiva para ônibus

Fonte: Correio da Paraíba Matéria / Texto: Lucilene Meireles Foto: Divulgação O prazo era março, mas até agora a faixa exclusiva para ônibus na Avenida Josefa Taveira, no bairro de Mangabeira, não ...

Fonte: Correio da Paraíba
Matéria / Texto: Lucilene Meireles
Foto: Divulgação

71

O prazo era março, mas até agora a faixa exclusiva para ônibus na Avenida Josefa Taveira, no bairro de Mangabeira, não ficou pronta. Por toda extensão da via, há placas e parte da sinalização horizontal, que sinalizam a mudança. A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) diz que falta concluir a pintura, mas o principal ponto é definir, com os comerciantes, como ficará a questão da carga e descarga de produtos.

Porém, quem tem comércio no local garante que não é só isso e que a medida vai causar prejuízos nas vendas. Daí a demora na definição. A Avenida Dom Pedro II será a próxima a receber a faixa exclusiva.

Embora os comerciantes reclamem, a faixa exclusiva para ônibus é a saída, conforme o superintendente Carlos Batinga, porque o bairro cresceu de forma desordenada e as pessoas precisam se deslocar de ônibus.

“Mangabeira tem vida própria. É um polo de serviço que atende toda área sul de João Pessoa, e o comércio atende prioritariamente e principalmente às pessoas que se deslocam de ônibus. Pelo que analisamos, se for facilitada a chegada das pessoas, vai melhorar consideravelmente o comércio”, observou.

Ainda segundo ele, os que vão de carro não são maioria e atrapalham muito o fluxo. “Tudo que está sendo feito é para melhorar, mas vamos conversar com as lideranças dos comerciantes e, com eles, construir o projeto juntos. Por isso, ainda não temos prazo”, reforçou Batinga.

“Temos procurado fazer mais a parte educativa, porque o objetivo não é multar, mas que as pessoas tenham um comportamento cidadão”. Ele ressaltou que a multa para quem estacionar na faixa exclusiva é de R$ 193, e os motoristas de ônibus também poderão ser multados, caso circulem fora de seu espaço. Carlos Batinga não soube dizer quantos quilômetros de faixa terá a avenida, nem repassou os custos.

Comerciantes se queixam. “Acabou de enterrar o comércio. A rua quase não tem estacionamento em frente aos pontos comerciais. Os clientes do vizinho vão querer estacionar aqui e eu não vou poder impedir”, declarou Sérgio Suassuna, dono de uma loja de material de construção. Dono de um frigorífico na altura da feirinha, Genival Carneiro diz que a solução é deixar a via mão única e colocar Zona Azul.

Os motoristas de ônibus têm opiniões distintas sobre a mudança. Luiz Alves, que faz o percurso da linha 5600, diz que vai melhorar. “Mas, tem que aumentar a fiscalização, porque hoje já é proibido estacionar e o povo não respeita”, observou. “Deve reduzir o tempo de viagem dos ônibus. O comércio é que vai sentir”, acrescentou Adriano Paulino Freitas, que faz o trajeto da linha 301.