Marcopolo mantém crescimento no ano apesar de retração das exportações

Vendas no mercado brasileiro crescem 16,9%, mas exportações recuam
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Por Secco Consultoria de Comunicação
Imagens Divulgação

A Marcopolo S.A. manteve sua trajetória de crescimento nos primeiros nove meses de 2019 e registrou receita líquida consolidada de R$ 3,121 bilhões, com crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, R$ 2,957 bilhões. As vendas para o mercado brasileiro cresceram 16,9% e, junto com os negócios no exterior, sustentaram o aumento da receita. As exportações apresentaram recuo de 22,0% no período com receita de R$ 692,5 milhões, contra R$ 888,0 milhões apurados de janeiro a setembro de 2018. Apesar disso, o lucro líquido foi 18,2% maior (R$ 140,7 milhões contra R$ 119 milhões).

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De acordo com José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo, a empresa está atenta ao comportamento da demanda por ônibus no mercado brasileiro e continua com o seu foco em elevação da competitividade, qualidade, segurança e redução de custos. “Após oito trimestres consecutivos de crescimento, a produção brasileira de ônibus mostrou a primeira estabilidade em volumes absolutos no terceiro trimestre deste ano, o que não ocorria desde o terceiro trimestre de 2017. Interpretamos a pausa como um breve respiro frente a uma base comparativa forte estabelecida no 3T18 e não como uma interrupção do processo de recuperação da demanda”, esclarece o executivo.

No mercado interno, o segmento de urbanos segue crescendo, com o mercado de São Paulo, liderando a retomada como principal destino do modelo no País. A produção da Marcopolo nos nove meses foi de 4.798 unidades, contra 4.883 no mesmo período de 2018. O desempenho é reflexo da redução das exportações de ônibus urbanos em 2019, que teve demanda acima dos volumes tradicionalmente exportados em 2018. No segmento de rodoviários, houve retração de 3,24%, com 3.105 unidades contra 3.209 do ano anterior, decorrente da forte base de comparação estabelecida no 3T18, gerada pela antecipação de compras relativa à entrada em vigor da norma de acessibilidade nesses modelos em outubro de 2018. Em micros houve leve crescimento dos volumes, com 1.870 unidades contra 1.828 unidades de janeiro a setembro de 2018.

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O destaque positivo ficou por conta da unidade de negócios Volare, marca líder nacional no segmento de veículos até 10 mil kg de PBT, que registrou crescimento de 11,1%, com 2.026 veículos fabricados contra 1.824 no ano anterior.

As exportações dos fabricantes de ônibus brasileiros mantêm um desempenho modesto em 2019 e a Marcopolo, na mesma linha, apresentou redução de vendas nos principais mercados, em especial, Argentina, Chile e continente africano.

Nas unidades externas, os destaques positivos foram as controladas Marcopolo México e Marcopolo Austrália. A unidade mexicana continua se beneficiando da maior produção de rodoviários, enquanto a operação australiana, após reestruturação realizada nos primeiros meses do ano, reverteu prejuízo e reportou lucro de R$ 4,8 milhões no 3T19. Entre as coligadas, o destaque continua com a Superpolo, mantendo as entregas para a renovação da frota de Bogotá, na Colômbia.

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As perspectivas da companhia para o último trimestre do ano são positivas na medida em que a empresa elevou a sua produção nas fábricas brasileiras desde o início de outubro. O mercado interno continua ganhando representatividade sendo puxado por todos os segmentos e as exportações apresentam sinais de recuperação em relação ao período de julho a setembro deste ano. O ambiente apresenta-se propício para a renovação de frotas e realização de investimentos em transporte público de qualidade, com a taxa básica de juros em seu menor nível histórico, associada ao esperado crescimento econômico.


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