Por Ônibus Paraibanos
Imagens Paulo Rafael Viana
Nesta semana, o Ônibus Paraibanos repercutiu o aporte bilionário de R$ 2 bilhões que o Grupo Itapemirim levantou para criar a sua companhia aérea. Ou melhor dizendo, recriar.
O sonho dos ares vem da época de Camilo Cola. E ele até que conseguiu. Entre 1991 e 2000, a Viação Itapemirim operou seis aviões cargueiros Boeing 727, que operavam rotas entre Florianópolis e Porto Alegre, na Região Sul, Rio e São Paulo no Sudeste, Fortaleza, Recife e Salvador no Nordeste, Brasília no Centro-Oeste e Belém e Manaus na Região Norte. Tinha na ocasião a maior frota cargueira da América do Sul.
A companhia encerrou suas atividades em 2000, quando teve a licença cassada pelo então DAC (atual ANAC). Àquela altura a empresa já havia vendido os seus seis aviões e a ITA – Itapemirim Transportes Aéreos – ficou na lembrança.
Em dezembro de 2019 o Ônibus Paraibanos esteve na garagem da Itapemirim em Fortaleza, que abriga também veículos da Satélite Norte e encontrou estes materiais da ITA, como escadas e lixeiras.
A nova ITA – vai utilizar este mesmo nome – pretende operar com 35 aviões Bombardier. E dessa vez com planos de integrar transporte de passageiros e cargas. A gestão atual da Itapemirim até tentou voltar aos céus comprando a Passaredo Linhas Aéreas em março de 2017, mas a compra foi cancelada em dezembro do mesmo ano.
Voltando ou não, ficam os registros de uma empresa que sempre sonhou em ganhar os ares com o mesmo êxito das estradas.