Rodoviários da Itapemirim paralisam operações em Fortaleza, Campina Grande e Feira de Santana

Protesto ocorre em reinvindicação de direitos trabalhistas e em resposta ao atraso no pagamento do vale refeição, cesta básica e da segunda parcela do 13° salário
Image

Após onda de suspensão de rotas das linhas de ônibus interestaduais e polêmicas com o fim das operações da companhia aérea, funcionários do grupo Itapemirim paralisam atividades em Fortaleza.

Assim, os serviços de transportes da empresa foram interrompidos por temporariamente. Protesto ocorre em reinvindicação de direitos trabalhistas e em resposta ao atraso no pagamento do vale refeição, cesta básica e da segunda parcela do 13° salário.

Com a paralisação, pessoas que embarcariam na rodoviária Engenheiro João Tomé, na Capital cearense, com destino à São Paulo, enfrentam atraso no embarque e incerteza diante da realização da viagem. O ônibus que deveria ter saído de Fortaleza às 9h30min da manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, mas está parado na garagem da companhia, no bairro Damas.

A previsão inicial é de que os trabalhadores liberem o veiculo às 11h30min desta manhã. Porém, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado do Ceará (Sinteti) destaca que caso a Itapemirim não manifeste interesse em formalizar um acordo com os funcionários, a paralisação será estendida por tempo indeterminado.

Ao O POVO, o Sinteti informou que os atrasos no pagamento são recorrentes e que a paralisação registrada em Fortaleza apresenta chances de ocorrer em todos os pontos de atuação da Itapemirim no Brasil. Segundo a entidade, acordos anteriores sobre a negociação do pagamento de salários e férias em atraso foram firmados com a empresa, mas descumpridos pelas entidade empresarial.

“Temos casos de funcionários com férias atrasadas, sem a segunda parcela do décimo terceiro salário. Em Campina Grande, na Paraíba, a paralisação está acontecendo desde às 6h da manhã e sem previsão de ser encerrada porque os funcionários de lá estão nessa mesma situação delicada”, complementa a entidade.

IMG 8369

Além da rodoviária de Campina Grande, trabalhadores da empresa em Feira de Santana, no estado da Bahia, também estão paralisados. O presidente do Sinteti destaca ainda que a onda de paralisações deve se 4estender pelos centros administrativos da companhia diante dos atrasos no pagamentos serem registrados em todos os núcleos da empresa.

O POVO esteve na rodoviária esta manhã e conversou com passageiros da Itapemirim que relataram desamparo diante do ocorrido. As fontes prefeririam não ser identificadas, mas afirmam estarem “sem saber o que fazer” e destacam que o atraso na viagem, que em geral duraria cerca de três dias, irá gerar prejuízos, especialmente financeiros.

O sentimento relatado pelos passageiros é de indignação e de angústia diante da incerteza sobre a viagem. Enquanto os veículos da empresa seguem paralisados na garagem. Os guichês de atendimento aos passageiros nas rodoviárias foram fechados, enquanto não há uma resolução do ocorrido.

Os passageiros afirmam terem sido pegos de surpresa pela suspensão temporária da viagem e pontuam que a empresa somente relatou o ocorrido após ser questionada diante do atraso na hora do embarque previsto. A orientação repassada aos cliente até então é esperar. 

Com informação da repórter Mônica Damasceno

Fonte: O Povo