Em dezembro de 1995, data do 50º aniversário da Caio, a fabricante de carrocerias apresentou o modelo urbano Alpha, em substituição ao Vitória, líder de mercado desde seu lançamento, em 1988, com 28.000 unidades produzidas.
Em termos estéticos o Alpha era muito mais conservador do que o Vitória, dele se distanciando pelas linhas mais arredondadas, muito menos inspiradas; seria o primeiro de uma série de inexpressivos modelos urbanos lançados pela empresa ao longo dos anos seguintes.
O Alpha trazia avanços, detalhes menos visíveis, voltados para a redução de custos e facilidade de fabricação. Foi generalizado o uso de materiais plásticos (plástico reforçado com fibra de vidro, ABS e polipropileno), indo dos para-choques, grade dianteira e arcos de rodas às caixas de degraus, bancos, frisos externos e logotipos; o revestimento interno passou a ser feito com chapas de madeira prensada. Outras inovações: portas com vidros colados, chapeamento externo contínuo, traseira em peça única de fibra de vidro, estrutura da base reforçada e instalação elétrica com circuito impresso.
Este foi o primeiro produto da empresa em que recursos de informática foram amplamente utilizados, desde a fase do projeto até a produção. A carroceria foi submetida a simulações de esforços estáticos e dinâmicos, monitoradas por computador, levando a “mudanças nas colunas, reforços em emendas e processos de soldagem mais avançados“.
Acompanhando o Alpha, em 1997 foi também lançada uma variante intermunicipal/turismo, o Alpha Intercity. Com linhas muito semelhantes, alguns detalhes estéticos os diferenciavam: para-brisa dianteiro mais amplo e traseiro muito reduzido, caixa de itinerários interna, para-choques mais massudos e lanternas traseiras maiores.
Em 1999, o Alpha e suas variações deixavam de ser produzidos sendo substituído pelo Apache S21.