Guanabara amplia seu programa de Medicina do Sono

Guanabara anuncia a ampliação do seu programa, pioneiro no setor, e promove campanha para um trânsito mais seguro junto a motoristas e passageiros.
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Estudos recentes realizados pela ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) indicam que 60% dos acidentes nas estradas e no trânsito são causados por fadiga e sonolência excessiva. Sendo 18% fadiga e 42% sonolência. Este ano, o movimento Maio Amarelo completa 10 anos. Para ampliar o debate sobre as boas práticas no trânsito, a Guanabara, um dos maiores e mais tradicionais grupos de transporte rodoviário regular do país, anuncia a ampliação do programa de Medicina do Sono para todos os colaboradores das cinco empresas do grupo, a partir deste mês de maio.

“Em se tratando de profissionais treinados e peritos na condução dos equipamentos da empresa, cuja jornada está responsavelmente controlada e estritamente dentro dos limites legais recomendáveis, acredita-se que por essas razões os distúrbios de sono assumem um protagonismo maior em sinistros ocorridos, podendo chegar a 70%”, explica Letícia Pineschi, diretora de comunicação da Guanabara. “Além do programa junto aos motoristas, no projeto de boas práticas do grupo, promoveremos uma campanha junto ao passageiro para a escolha do transporte regular, escolha que contribua para a segurança viária apoiando o lançamento do Maio Amarelo pela ANTT”, conclui Letícia.

Como o programa começou – Por meio de uma pesquisa interna, a Guanabara constatou que cerca de 80% dos motoristas reconhecem o programa de Medicina do Sono como instrumento de melhoria na qualidade de vida e na prevenção de acidentes e 60% dos tratados avaliam que o programa trouxe benefícios para a sua vida. A primeira empresa do Grupo Guanabara a adotar o Programa Medicina do Sono foi a UTIL, há mais de dez anos, de forma inédita e pioneira no setor. Ao longo dos anos foram incorporadas as empresas Sampaio, Brisa, Real Expresso e Rápido Federal. A próxima empresa a ser introduzida no programa é a Expresso Guanabara.

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O responsável pelo desenvolvimento do programa foi o médico especialista Sérgio Barros Vieira, que à época, excluiu qualquer solução imediatista e propôs ações preventivas e educativas à sonolência e fadiga excessiva no trabalho de seus motoristas, bem como todo um acompanhamento individual, a fim de garantir um tratamento para aqueles que apresentavam algum distúrbio do sono, como insônia, apneia obstrutiva do sono, privação de sono, paralisia do sono, distúrbios de movimento, entre outros. Diante desse cenário, foi desenvolvido o Programa Medicina do Sono: um programa pioneiro no que diz respeito à preocupação de uma empresa de transporte de passageiros rodoviário com a saúde e o bem-estar do motorista.

O que é a Medicina do Sono – Muito pouco se fala sobre como são as técnicas e aplicações da Medicina do Sono no transporte de passageiros. Trata-se de uma especialidade médica que estuda o sono por meio de exames próprios como polissonografia completa (avaliação da qualidade do sono e possíveis distúrbios do sono), Teste de Latências de Múltiplos Adormecimentos (investigação de sonolência excessiva diurna) e Teste de Manutenção da Vigília (capacidade de manter-se desperto no período noturno). Esses exames conseguem, a partir dos estágios do sono, avaliar a dinâmica da respiração, a variabilidade cardíaca e a presença de distúrbios de movimento, complementados pela avaliação comportamental durante o sono. Também é possível diagnosticar a sonolência excessiva quando necessário e, de forma preventiva, é realizado o Teste de Manutenção da Vigília com os motoristas que trabalham no período noturno e Teste de latências de Múltiplos Adormecimentos (TLMA) nos motoristas que trabalham no período diurno. O programa tem como objetivo principal a prevenção e tratamento dos possíveis distúrbios do sono. Para isso, conta com uma série de atividades que permitem o desenvolvimento de ações preventivas junto os motoristas, de forma dinâmica, com total parceria operacional junto ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

Os números de sinistros no transporte de passageiros – Uma pesquisa realizada em 2004, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apontou que 48% dos motoristas de ônibus de linhas interestaduais dormem enquanto estão dirigindo e que a sonolência ao volante é responsável por 27% a 32% dos acidentes de trânsito, em que um dos motoristas envolvidos dormiu. O resultado mostra ainda que entre 17% e 19% das mortes no trânsito foram causadas pelo mesmo motivo. O distúrbio do sono muito frequente em motoristas de ônibus é a Síndrome da Apneia do Sono Obstrutiva, estando diretamente relacionado à idade e o grau de obesidade encontrado nesta população. Esta síndrome também está ligada a muita sonolência diurna, devido a um sono não reparador e muito fragmentado. Outro fator ligado às causas de acidentes é a sonolência excessiva, que pode ser medida através de um teste específico.

Como são feitos os testes – Um dos trabalhos na Medicina do Sono é o Teste de Manutenção da Vigília (TMV), sobre o qual a inovação foi realizada. Diferentemente do Teste de Vigília realizado pelo Tráfego antes do início de cada jornada de trabalho dos motoristas, o diagnóstico de distúrbios do sono é realizado por todos os motoristas pelo menos uma vez ao ano. O motorista fica sentado em uma cadeira num quarto escuro, conectado a um aparelho de Eletroencefalograma (EEG) (mede os impulsos elétricos do cérebro) em 5 séries alternadas de 40 minutos de exame e 1 hora e 20 minutos de intervalo. A Guanabara modificou a técnica alterando o período de realização do exame, bem como a duração de cada etapa, que foram definidas em 40 minutos, no período noturno após período de sono espontâneo diurno, também em cinco etapas com a gravação do Eletroencefalograma por 40 minutos, para avaliação da resistência e tolerância ao trabalho noturno que requer maior atenção.

A metodologia foi modificada em um segundo momento, pois era necessário conhecer o desempenho no trabalho em escala noturna dos motoristas portadores de hipertensão arterial sistêmica em tratamento regular, bem como dos motoristas portadores de Diabetes Mellitus do tipo II para comportamentos dos níveis sistêmicos da glicemia. A correta implementação do programa contempla ainda em implantar salas de estimulação, ao longo de rotas mapeadas críticas. As salas também são equipadas com bicicletas para movimentação do profissional e exposição à iluminação para produção de melatonina. No local, também ficam à disposição dos motoristas alimentos que reduzem a sonolência. Foi realizada uma pesquisa sobre métodos dinâmicos de realização do exame de TMV em outras empresas. O Coordenador do Programa de Medicina do Sono da empresa, Dr. Sérgio Barros, consultou, inclusive a Academia Americana de Medicina do Sono, onde é membro, e constatou que a inovação proposta nunca havia sido explorada em nenhuma empresa, o que comprova o pioneirismo do Grupo na adoção do programa.

Campanhas – A Guanabara tem promovido a capacitação constante dos profissionais responsáveis pela realização do procedimento de Medicina do Sono, assim como os motoristas que passam pelo programa. Em parceria com a PRF, são ministradas aos colaboradores das empresas do grupo, palestras que abordam outros pontos de equívocos recorrentes causadores de acidentes e há uma plataforma de ensino à distância que, além de educar para segurança no trânsito, disponibiliza vídeos obrigatórios direcionados aos condutores que eventualmente venham a reincidir em multas e infrações. Para o passageiro, a Guanabara fará campanhas nas rodoviárias e nos pontos de venda de passagens através de material gráfico explicando sobre a importância do uso de segurança durante toda a viagem entre outros esclarecimentos.

Outros investimentos em segurança viária – A Guanabara investe regularmente na renovação completa de sua frota, com a menor vida útil do mercado, com objetivo de oferecer ao passageiro mais conforto, mas, principalmente, maior segurança no trajeto. Todos os ônibus rodoviários são equipados com tecnologia de ponta para evitar acidentes como a telemetria para controle da velocidade, monitoramento em tempo real da cabine, em especial do motorista durante a viagem, controle de tração que controla o veículo e sistema anticapotamento. Toda operação obedece a rigorosas e periódicas rotinas de controle e fiscalização, considerando veículos e motoristas.

Texto: Beatriz Lima / BLNews Comunicação