Massa falida do Grupo Itapemirim espera arrecadar R$ 98 milhões com venda de ativos

Leilão da massa falida deve ocorrer em até 60 dias, mas valor arrecadado está longe de cobrir o passivo deixado pela empresa, que inclui dívidas de R$ 200 milhões e pendências fiscais de R$ 2 bilhões.
Massa falida

A massa falida do Grupo Itapemirim, conhecida empresa de transporte rodoviário e aéreo, espera arrecadar R$ 98 milhões com a venda do espólio restante — incluindo marcas, ônibus e guichês, entre outros ativos. A Justiça deverá autorizar um novo leilão em até 60 dias, de acordo com informações publicadas na coluna Radar Econômico da Revista Veja no último domingo.

O valor esperado com a venda dos ativos está longe de cobrir o passivo que o Grupo Itapemirim deixou para trás. A companhia teve sua falência decretada em 2022, após declarar dívidas que somam R$ 200 milhões, além de R$ 2 bilhões em pendências com impostos e previdência.

O histórico da crise

Fundado em 1953, o Grupo Itapemirim se destacou como uma das maiores empresas de transporte rodoviário do Brasil, oferecendo serviços em diversas rotas interestaduais. No entanto, nos últimos anos, a empresa enfrentou uma série de dificuldades financeiras e operacionais que culminaram na sua falência. Em 2021, a Itapemirim tentou diversificar seus negócios lançando a ITA Transportes Aéreos, mas a nova empreitada também enfrentou problemas e suspendeu suas operações em menos de um ano.

A falência e seus impactos

A falência do Grupo Itapemirim foi decretada em março de 2022, um evento que afetou milhares de funcionários, fornecedores e passageiros em todo o país. A empresa acumulava dívidas de R$ 200 milhões com diversos credores, além de R$ 2 bilhões em pendências fiscais e previdenciárias. A situação financeira precária levou a uma série de ações judiciais e a um esforço conjunto para tentar recuperar parte dos ativos da companhia.

O leilão dos ativos da massa falida

O novo leilão da massa falida, previsto para ocorrer dentro dos próximos 60 dias, será uma tentativa de arrecadar recursos com a venda dos ativos remanescentes do grupo. Entre os itens a serem leiloados estão marcas registradas, a frota de ônibus e guichês em rodoviárias, além de outros bens que ainda possuem valor de mercado. A expectativa de arrecadar R$ 98 milhões, embora significativa, não será suficiente para cobrir a totalidade das dívidas deixadas pela empresa.

Massa falida

Expectativas e desafios

Especialistas apontam que a venda dos ativos da massa falida da Itapemirim é um passo necessário, mas não suficiente para resolver todos os problemas financeiros deixados pela empresa. “Mesmo com a arrecadação esperada, ainda haverá um grande déficit a ser coberto”, explica um analista de mercado. “Os credores terão que negociar acordos e, em muitos casos, poderão não receber a totalidade dos valores devidos.”

A situação dos credores

Os credores do Grupo Itapemirim incluem desde bancos e fornecedores até funcionários que ficaram sem receber salários e benefícios. A recuperação judicial e, posteriormente, a falência, impuseram uma série de dificuldades a esses credores, que agora aguardam o resultado do leilão e as próximas etapas do processo de liquidação dos ativos.

O próximo leilão de ativos da massa falida do Grupo Itapemirim será um momento decisivo para o futuro dos credores e para o encerramento das atividades da empresa. A arrecadação de R$ 98 milhões, embora significativa, representa apenas uma fração do passivo total, destacando os desafios enfrentados na resolução das dívidas deixadas pelo grupo.

O mercado de transporte rodoviário e aéreo no Brasil continua a observar atentamente os desdobramentos do caso Itapemirim, que serve como um lembrete das complexidades e riscos associados à gestão de grandes empresas de transporte no país.

Futuro incerto

À medida que a data do leilão da massa falida se aproxima, há uma crescente expectativa sobre o futuro dos ativos e como eles serão integrados por novos proprietários. Enquanto isso, os ex-funcionários, credores e demais envolvidos seguem aguardando desfechos que tragam, ao menos, parte dos recursos que lhes são devidos.

O desenrolar desse processo será crucial para entender melhor o impacto da falência do Grupo Itapemirim no setor de transporte brasileiro e nas vidas daqueles que dependiam direta ou indiretamente da empresa.

Imagens: Rodrigo Gomes

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