O presidente da Voepass Linhas Aéreas, comandante José Luiz Felício Filho, divulgou um vídeo nesta sexta-feira (9), em que expressa profunda solidariedade às famílias das vítimas do acidente com o voo 2283, ocorrido na região de Vinhedo, São Paulo. No pronunciamento, ele ressaltou que a companhia aérea segue “as melhores práticas internacionais” de segurança e se comprometeu a prestar todo o apoio necessário às pessoas impactadas pela tragédia.
Felício Filho enfatizou que a Voepass se responsabiliza integralmente por transporte, hospedagem, alimentação, translado, apoio psicológico e todas as despesas necessárias para as famílias das vítimas. “Estamos profundamente consternados com este acidente e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar aqueles que foram afetados”, declarou o presidente.
Veja o vídeo:
Cronologia do acidente
O acidente com o voo 2283 já é considerado o maior em número de vítimas no Brasil desde 2007. Embora as causas do desastre ainda estejam sendo investigadas, especialistas sugerem que a queda em espiral da aeronave pode indicar a ocorrência de um estol, uma condição em que o avião perde a sustentação necessária para continuar voando.
A aeronave, um ATR-72-500 com 74 assentos, decolou às 11h56 e seguiu tranquilamente até as 13h21, quando começou a perder altitude bruscamente. Em menos de um minuto, o avião caiu de uma altura de aproximadamente 5 mil metros para 1.250 metros, atingindo uma velocidade de queda de 440 km/h. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo e não emitiu nenhum alerta de emergência antes da queda.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) acionou o “Salvaero” às 13h26, que localizou a aeronave acidentada dentro de um condomínio na região de Vinhedo. Inicialmente, 61 mortes foram confirmadas, mas na manhã de sábado (10), o número subiu para 62.
O que se sabe sobre a aeronave da Voepass
O ATR-72-500 da Voepass, fabricado pela ATR, com sede na França, é um modelo turboélice conhecido por sua capacidade de operar em aeroportos de pistas curtas e de difícil acesso. Com 14 anos de uso, a aeronave estava com toda a documentação em dia e os tripulantes tinham habilitação válida, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O avião é considerado confiável e amplamente utilizado em diversas regiões do mundo, incluindo a Ásia, onde também ocorreram outros acidentes com modelos semelhantes.
Em uma coletiva de imprensa, o CEO da Voepass, Eduardo Busch, afirmou que os pilotos eram experientes e que todos os sistemas operacionais da aeronave estavam em pleno funcionamento no momento da decolagem. A companhia aérea reafirmou seu compromisso em colaborar com as autoridades para a apuração das causas do acidente e em prestar assistência irrestrita às famílias das vítimas.
Imagens/vídeo: Divulgação Voepass
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