Ex-funcionários da Expresso Gardênia ainda não receberam valores referentes as dívidas trabalhistas

Empresa deverá divulgar, ainda esta semana, uma nova lista atualizada com os credores da empresa.
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Os ex-funcionários da Expresso Gardenia, operadora do transporte intermunicipal no estado de Minas Gerais, ainda estão sem receber os valores referentes aos seus direitos trabalhistas. A empresa, que está em processo de recuperação judicial, planeja divulgar as dívidas em um site dedicado, que deve ser lançado ainda esta semana. Esse site reunirá a lista de credores, incluindo tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e detalhará as pendências da companhia.

De acordo com informações da empresa, as dívidas incluem valores referentes a planos de saúde, tíquetes alimentação e outros direitos dos empregados. O juiz Adilon Cláver de Resende, da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, é o responsável pelo processo de recuperação judicial da Gardenia. Ele se encontrou com representantes da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, da Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), além de representantes da empresa e de sindicatos na última quinta-feira (29).

A recuperação judicial é um mecanismo utilizado para evitar a falência, permitindo a renegociação e suspensão de contratos e dívidas. O site planejado é um dos passos para essa recuperação. Carlos Calazans, superintendente regional do Trabalho de Minas Gerais, explicou que a previsão é que o link do site esteja disponível até quarta ou quinta-feira.

“A previsão é que em torno de, o doutor Adilon diz que em torno da quarta ou quinta-feira já estará disponibilizando esse link para todos os trabalhadores, para todos nós. Ele comunicará isso à Superintendência do Trabalho em Minas. Os trabalhadores têm que entrar e ver se o seu nome está lá, se os valores creditados são corretos, se não tiver ele vai ter que fazer um recurso. Eu vou ter que analisar esses fatos para poder liberar esses recursos para os trabalhadores”.

Carlos Calazans, superintendente regional do Trabalho de Minas Gerais.

A situação da Gardenia piorou em maio, quando a empresa interrompeu a operação de suas linhas após diversas fiscalizações pela Seinfra e pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Na época, a empresa alegou que a suspensão causaria um prejuízo de mais de R$ 4,5 milhões. Apesar das demissões e manifestações, em julho o Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou a decisão de manter as suspensões das linhas, transferindo-as para outras empresas.

A Gardenia comunicou ao Ministério do Trabalho e reiterou na reunião de quinta-feira que só consegue honrar suas dívidas mediante a venda de seus ativos, os quais estão bloqueados pela Seinfra. Em resposta, a Seinfra informou que está disponível para analisar rapidamente qualquer solicitação da Gardenia que vise encontrar uma solução operacional eficiente. No entanto, até o momento, não houve formalização de pedido para a transferência da delegação das linhas operadas pela empresa.

Imagem: Rodrigo Gomes

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