Ônibus que atingiram idade máxima permitida são retirados de circulação no Rio

Medida visa cumprir contrato e garantir segurança e conforto aos passageiros do Rio. Consórcios já receberam mais de R$ 2 bilhões para renovação desde 2022.
Rio

No início deste ano, cerca de 300 ônibus foram retirados de circulação no município do Rio de Janeiro após atingirem o limite de tempo de uso previsto no contrato de concessão. A medida, que não é nova, determina que veículos sem ar-condicionado tenham vida útil máxima de 12 anos, enquanto os climatizados podem operar por até 13 anos. A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) notificou as empresas de ônibus para que operem conforme o planejado, sob risco de multas contratuais.

De acordo com a SMTR, a medida é fundamental para garantir segurança e conforto aos passageiros, além de estar em conformidade com as normas vigentes. Os consórcios são obrigados a renovar a frota, e, desde junho de 2022, já receberam mais de R$ 2 bilhões para evitar falhas nesse processo. Apesar disso, a retirada de veículos impactou a operação de algumas linhas. A Real Auto Ônibus, por exemplo, opera com 40 veículos a menos, enquanto a Auto Viação Palmares perdeu sete. Ambas atendem trajetos que ligam o Centro às zonas Sul, Norte e Oeste da cidade.

Em nota, o sindicato Rio Ônibus informou que as operações estão funcionando normalmente e que os consórcios estão empenhados em cumprir as determinações da Secretaria. No entanto, passageiros relataram problemas nas redes sociais. “Hoje pela manhã, nós usuários da linha 222 (Vila Isabel) ficamos sem carro da Real porque ela remanejou veículos para outras linhas”, contou um usuário, segundo o site O DIA. Outros criticaram a demora nos pontos e a qualidade dos ônibus, reclamando da tarifa de R$ 4,70 frente à precariedade dos serviços.

A SMTR reforçou que não autorizou a redução de linhas e que o cumprimento das regras contratuais é essencial para o transporte público na cidade. A pasta está monitorando a situação e pode aplicar multas aos consórcios que descumprirem as obrigações de renovação da frota.

A renovação é vista como um passo importante para melhorar o transporte coletivo, mas a falta de novos veículos nas ruas tem gerado frustração entre os passageiros. A prefeitura, por sua vez, segue pressionando as empresas para garantir a normalização das operações.

Imagem: João Silva

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