A Riocard Mais, operadora tradicional do sistema de bilhetagem eletrônica no Rio de Janeiro, emitiu uma nota pública nesta quarta-feira criticando o desempenho do Consórcio Bilhete Digital, responsável pela gestão do cartão Jaé, implementado pela Prefeitura do Rio. De acordo com a empresa, passados dois anos desde o início da transição, o novo sistema atende apenas 1,7% do total de passageiros dos transportes municipais — um número considerado insuficiente para garantir uma transição eficaz entre os sistemas.
Apoio e críticas ao novo modelo
Apesar de inicialmente apoiar a decisão da Secretaria Municipal de Transportes de implementar o novo modelo de bilhetagem, a Riocard Mais destacou que a mudança não era uma demanda dos passageiros. Ainda assim, colaborou com o processo e acatou determinações, mesmo aquelas consideradas prejudiciais aos clientes, como a restrição de acesso a serviços importantes.
Segundo a empresa, as dificuldades enfrentadas pelo Consórcio Bilhete Digital geraram perdas significativas à Riocard Mais, que, mesmo assim, continua garantindo o pleno funcionamento de sua operação no município.
Impasse no Bilhete Único Intermunicipal
A nota também aborda o impasse em torno do Bilhete Único Intermunicipal, um benefício tarifário de responsabilidade do Governo do Estado. A Riocard Mais propôs a manutenção de um validador em cada meio de transporte municipal, exclusivo para o benefício estadual, como forma de assegurar a continuidade do serviço. No entanto, a proposta foi rejeitada pela Secretaria Municipal de Transportes, gerando mais incertezas sobre a operação do sistema.
Reflexos para os passageiros
Especialistas alertam que a falta de uma transição eficiente entre os dois sistemas prejudica diretamente os usuários do transporte público, que enfrentam dificuldades para acessar os benefícios tarifários e a conveniência de um sistema integrado. A baixa adesão ao cartão Jaé, apontada pela Riocard Mais, também revela desafios operacionais e tecnológicos que impactam a mobilidade urbana na cidade.
O que está em jogo
A bilhetagem eletrônica é um elemento essencial para a integração e eficiência do transporte público. O impasse entre a Prefeitura e a Riocard Mais, somado às dificuldades do Consórcio Bilhete Digital, evidencia a necessidade de ajustes urgentes para garantir um sistema que atenda às necessidades da população e assegure a sustentabilidade econômica do transporte municipal.
A Prefeitura do Rio ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas da Riocard Mais. Enquanto isso, passageiros seguem enfrentando incertezas quanto à utilização de seus benefícios e à eficácia do novo sistema.
Veja a nota da Riocard Mais
A Riocard Mais esclarece que sempre apoiou o processo de transição para o novo sistema de bilhetagem da Prefeitura, entendendo a importância de manter o atendimento à população da cidade do Rio. Mesmo ciente de que a mudança não era uma necessidade dos passageiros de transportes municipais, a empresa respeitou a decisão da Secretaria Municipal de Transportes e colaborou integralmente, acatando todas as determinações, inclusive às que não eram favoráveis aos clientes, como a restrição de acesso a serviços importantes.
Mas dois anos após o início da nova operação, o desempenho pífio da empresa contratada pela Prefeitura, que transporta atualmente apenas 1,7% do total de passageiros dos transportes municipais (ônibus, vans, BRT e VLT), não permite uma transição adequada entre os dois sistemas de bilhetagem. As dificuldades do Consórcio Bilhete Digital, responsável pelo cartão Jaé, refletiram em perdas para a Riocard Mais, que, mesmo assim, está mantendo o pleno funcionamento da sua operação no Município.
Em relação ao Bilhete Único Intermunicipal, a Riocard Mais ofereceu como solução a manutenção de um validador em cada meio de transporte municipal para uso exclusivo do benefício tarifário do Estado, proposta que não foi aceita pelos representantes da Secretaria Municipal de Transportes.
Imagem: Divulgação Riocard Mais
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