A paralisação dos motoristas de ônibus em João Pessoa gerou um novo capítulo nesta segunda-feira (27), quando o prefeito Cícero Lucena (PP) declarou que espera que a Justiça decrete a prisão de Roni Nunes, presidente do sindicato da categoria. Segundo o gestor, a greve possui motivações eleitorais e estaria ligada à disputa pela liderança sindical em 2026.
Cícero criticou duramente a mobilização, afirmando que ela prejudica diretamente a população da capital paraibana e classificou o movimento como “politicagem”. Durante entrevista à Rádio Arapuan FM, o prefeito revelou que o sindicato havia aceitado um reajuste salarial de 5%, mas posteriormente voltou atrás, agravando o impasse.
“Confio que a Justiça determinará a prisão do presidente do sindicato por desobediência e que a polícia será acionada para garantir que os ônibus voltem a circular. Essa atitude é irresponsável e precisa ser corrigida”, enfatizou Cícero.
Do outro lado do conflito, Roni Nunes negou as acusações e defendeu a paralisação, destacando que o objetivo do movimento é recuperar direitos retirados em 2019. Em entrevista à TV Arapuan, o líder sindical afirmou que a categoria não aceitará propostas que considera desrespeitosas.
“Nosso movimento busca dignidade. A população está sendo usada para nos pressionar, mas não vamos desistir. Queremos apenas que os direitos dos trabalhadores sejam restabelecidos”, afirmou Roni.
Enquanto o impasse persiste, a população de João Pessoa enfrenta dificuldades com a falta de transporte público, e o caso agora está nas mãos da Justiça. Uma decisão judicial deverá indicar os próximos passos para solucionar o conflito e minimizar os impactos para os usuários do sistema de transporte coletivo.
Imagem: Júlio Barboza
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