Falência da Itapemirim: credores vislumbram esperança com novo arrendamento de linhas

Processo avança com fim do contrato da SUZANTUR e propostas mais vantajosas para a massa falida da Itapemirim.
Itapemirim

Passados quase dez anos desde o início do conturbado processo de falência do Grupo Itapemirim, credores e ex-trabalhadores finalmente enxergam uma chance real de receber parte dos valores devidos. Segundo reportagem da IstoÉ Dinheiro, o contrato de arrendamento das 125 linhas operadas pela Empresa de Transportes Turísticos SUZANO Ltda. – SUZANTUR, firmado pela administradora judicial EXM Partners, se encerrará no dia 27 de fevereiro de 2025, abrindo espaço para um novo arrendamento mais competitivo.

A SUZANTUR assumiu as operações sem passar por um processo concorrencial formal e sem autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o serviço interestadual de passageiros. O contrato de 24 meses, firmado por R$ 200 mil mensais, tem sido alvo de críticas, especialmente pelo valor considerado muito abaixo do faturamento das linhas, que ultrapassa R$ 200 milhões ao ano.

O juiz responsável pelo caso, Dr. Marcelo Stabel de Carvalho Hannoun, determinou que novas propostas sejam apresentadas até 31 de janeiro de 2025, garantindo maior arrecadação para os credores. Empresas como Águia Branca e Expresso União já chegaram a oferecer entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão mensais, valores significativamente superiores ao pago pela SUZANTUR.

Itapemirim

Além disso, a minuta do edital de leilão apresentada pela EXM estabelece um lance mínimo de R$ 97,2 milhões para a venda das linhas, incluindo direitos sobre guichês, salas VIPs e marca Itapemirim. No entanto, empresas interessadas denunciam que a SUZANTUR poderá concorrer em condições mais favoráveis, sem necessidade de apresentar fiança bancária de R$ 19,5 milhões e podendo abater 50% do investimento realizado.

A SUZANTUR recorreu à Justiça para continuar operando as linhas, argumentando que o contrato não estabelece um prazo definitivo. O caso ainda aguarda decisão do desembargador Azuma Nishi, enquanto credores e ex-funcionários aguardam um desfecho que possa trazer algum alívio financeiro após anos de incerteza.

Imagens: Rodrigo Gomes

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