Audiência de Conciliação sobre a tarifa do transporte público em Manaus (AM) define a “tarifa social” de R$ 4,50; acordo aguarda avaliação do prefeito

Caso aprovado pelo atual prefeito da capital amazonense, a nova tarifa deverá ser aplicada já nos próximos dias.
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Em audiência de conciliação realizada pela 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Manaus, na manhã desta quinta-feira (13), representantes do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e da Prefeitura de Manaus chegaram a um consenso sobre a criação de uma tarifa social no valor de R$ 4,50 para usuários de baixa renda do transporte coletivo. O valor geral da passagem foi definido em R$ 5,00, com contrapartidas como a renovação da frota e a redução da tarifa dos ônibus executivos.

A tarifa social será destinada a pessoas cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e abrangerá também o transporte complementar.

A proposta apresentada pelo município e pelo IMMU recebeu o aval do MP-AM, desde que sejam cumpridas algumas exigências, como:

  • Manutenção da gratuidade para estudantes das redes municipal e estadual de ensino
  • Benefícios para a população mais vulnerável, com possibilidade de tarifas diferenciadas conforme o horário
  • Reposição da frota para melhorar a qualidade do serviço
  • Auditoria detalhada sobre os custos das empresas
  • Cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2019

A promotora de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Consumidor (Prodecon), explicou que uma nova audiência será realizada na próxima segunda-feira (17) para formalizar o acordo.

“A proposta do MP é garantir que usuários inscritos no CadÚnico tenham direito à tarifa de R$ 4,50, preservando o poder de compra dessa população vulnerável e incentivando o uso do transporte coletivo, reduzindo o número de acidentes envolvendo mototáxis”, afirmou a promotora.

A adoção da tarifa social ainda depende da anuência do prefeito David Almeida (Avante) e das contrapartidas que serão apresentadas pelo município.

A audiência contou com a presença dos promotores Sheyla Andrade e Edinaldo Aquino Medeiros, do procurador-geral do município Rafael Bertazzo, do procurador municipal Marco Aurélio Choy e do diretor-presidente do IMMU, Arnaldo Flores. Após duas horas e meia de debate, a juíza Etelvina Lobo Braga destacou que as partes avançaram na negociação.

“As partes ficaram satisfeitas, mas a prefeitura e o IMMU ainda vão levar ao prefeito os pontos discutidos para que possamos finalizar a homologação na próxima segunda-feira”, concluiu a juíza.

Imagem: Jovani Cecchin

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