Foto: JC Barboza
“Ainda não foi transitado em julgado o caso da REFER, mas eles conseguiram uma cautelar de penhora de 54% do nosso orçamento por mês. Somadas as outras penhoras e a dívida do consórcio Grande Recife, nos restam apenas 10% de recursos para manter nossas operações em todo o país. Fica inviável manter o sistema funcionando dessa maneira, já que temos gastos com combustível, manutenção, pessoal, limpeza e outras necessidades e atendemos mais de 600 mil pessoas por dia em todo o sistema”, contou o presidente.
Para o diretor-presidente, caso não seja possível um acordo para diminuição da dívida, a CBTU vai procurar o governo federal para que ele assuma a dívida e que a CBTU tenha um prazo de 20 anos para o pagamento.
Outra alternativa levantada por Marco Fireman seria o aumento da tarifa cobrada para a população, que é de R$ 0,50 atualmente.
“Partindo da hipótese de não acordo nessa audiência, iremos buscar no governo federal a possibilidade de que ele assuma a dívida e nos conceda o prazo de 20 anos para pagamento. Se isso não for possível, temos como alternativa o aumento da tarifa, mas isso não somos nós que decidimos, já que as tarifas são definidas pelos estados e municípios, e não queremos trabalhar com a hipótese de aumento de tarifa.
Ainda segundo Marco Fireman, o processo de modernização das composições de João Pessoa, com a troca das locomotivas pelos VLT’s, não vai ser diretamente afetado pela situação financeira da CBTU, mas a chegada de novas composições pode ser prejudicada caso os serviços sejam suspensos.
“O investimento na modernização das composições não é afetada pela nossa situação financeira atual porque os recursos para a aquisição dos VLT’s são diretamente do PAC. Mas, caso novos VLT’s cheguem e nossa situação não melhore, eles serão indiretamente afetados, já que pode ser que estejamos com as operações suspensas”, concluiu o diretor-presidente da CBTU.