Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Adamo Bazani/JC Barboza
Desenhos: Gilberto Júnior
No ano de 1984, após uma forte presença do O
364 no Mercado Brasileiro, a família de Monoblocos passa por uma grande
restilização e traz novos elementos de mecânica e parte elétrica que fizeram
muitos frotistas se admirarem. Isso porque, essa nova família atendia boa parte
das expectativas do mercado, dos gestores, operadores e usuários, todos que se
tornavam mais exigentes e, devido à concorrência e até a questões políticas,
pelo fato de a imagem dos administradores estar atrelada à qualidade dos
transportes. Entrava em cena o Monobloco O 370. Inicialmente foi
lançada versão rodoviária O 370 RS, com motor O M
355/6A turbo de 292 cavalos, e O 370 RSD, com motor OM
355L/6 LA turbo pós resfriado com 326 cavalos de potência e três eixos. Atendo
às exigências do mercado, em relação a serviços de fretamento e distâncias
menores, para minimizar os custos operacionais, é lançada a versão O 370 R, motor OM o 355 5/A, com 238 cavalos.
No entanto, mesmo atendendo boa parte das exigências do mercado
de ônibus, os Monoblocos O 370 ainda não eram os ideais para quem buscasse
excelência em seus produtos, como foi a postura da Mercedes Benz em relação aos
monoblocos. Três anos depois, a nova família de monoblocos ganhava mais uma
geração, com filhos mais modernos, fortes, mais flexíveis e com mais opções.
em 1987, é lançada a série O 371, com a inclusão de monoblocos urbanos. As
versões rodoviárias, RS, RSD e R seguiam o padrão adotado pelo O 370, e na
linha urbana surgiam o Monobloco O 371 U,
com motor OM 366 de 136 cavalos e O 371 UP (Urbano Padron) com
motores OM 355/5- de 187 cavalos, e OM 355/5 A, de 236 cavalos. Entre o final
dos anos 80 e início dos anos 90, também surgiram Monoblocos O 371 Urbanos a
Gás Natural e Trólebus.
parte. Seu desenho externo e principalmente o ambiente interno era algo jamais
visto nos ônibus urbanos brasileiros. Com uma cor creme, bancos anatômicos,
luminárias em ângulo, aproveitando o encontro da lateral com o forro, caixa de
ventilação, escotilhas para entrada de ar, um piso com forração anti derrapante
e harmonioso com os demais materiais empregados faziam motorista, cobradores e
passageiros se sentirem num ônibus realmente moderno. Um detalhe, percebido por
todos que usavam o modelo, mesmo por quem não tinha tanto conhecimento ou não
se ligava em transportes, eram duas caixas iluminadas, na frente dos veículos,
no teto, parte interna, logo após o motorista no lado esquerdo e da porta de
entrada no lado direito, que exibia a mensagem PARADA SOLICITADA, logo quando
alguém acionava o botão de alerta para descer. Aliás, o botão também foi uma
inovação que marcou o O 371 Urbano. O sinal de descida, na maior parte dos
modelos era acionado por uma cordinha ao longo da parte interna do teto do
ônibus. Nos modelos mais antigos, essa cordinha não passava de um varal de
estender roupa, comprado em qualquer mercearia.