Cummins projeta produção 20% maior em 2013; Possível negociação com a Mercedes-Benz em breve

Fonte: Automotive Business/Transporte Mundial Matéria/Texto: Sueli Reis Fotos: Divulgação Após apurar queda expressiva de 46,8% em 2012 na produção de motores diesel no Brasil, que atendem o ...

Fonte: Automotive Business/Transporte Mundial
Matéria/Texto: Sueli Reis
Fotos: Divulgação

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Após
apurar queda expressiva de 46,8% em 2012 na produção de motores
diesel no Brasil, que atendem o setor
automotivo e industrial, a Cummins projeta elevar a atividade em 20%
este ano na comparação com o ano passado, sustentada pela retomada dos negócios
no segmento de veículos comerciais pesados, que deve crescer na mesma
proporção, aposta o presidente da empresa na América do Sul, Luis Afonso
Pasquotto, que divulgou os números do balanço de 2012 na terça-feira, 12, em
São Paulo. 



f1779No
ano passado, a empresa entregou 49,4 mil unidades ao setor automotivo, a maior
parte para equipar caminhões e ônibus, 70% do total de motores entregues no
ano. Segundo o executivo, as dificuldades de transição do Euro 3 para Euro 5
foram superadas.



“O volume de produção de motores em 2012 acompanhou o setor brasileiro de
caminhões, que anotou queda de 40%, mas pelo quinto ano consecutivo, mantemos a
liderança no mercado (de veículos comerciais pesados), com 33% de participação.
Para este ano, projetamos a produção de pelo menos 70 mil motores, tanto os
automotivos como os industriais, sendo que o setor de veículos continua com a
maior participação, de 65% a 70%”, informa o executivo.



No ano passado, a Cummins forneceu 46,2 mil motores para caminhões e 3,1 mil
para ônibus, participação de 33% e 11%, respectivamente. Entre os veículos equipados
com os novos motores Euro 5, a Cummins informa ter encerrado o ano na
liderança, com 28% de participação de um total de 69,6 mil unidades entregues
ao mercado no período. Apesar disso, a queda acentuada nas vendas de veículos
comerciais devido à nova motorização, e por consequência, menor produção,
influenciou diretamente no balanço financeiro da empresa na América do Sul. Em
2012, o faturamento foi 15,7% menor que o verificado no ano anterior, para US$
1,6 bilhão, sendo o Brasil responsável por 56%. 



O executivo destaca que mesmo com a queda, este é o segundo melhor desempenho
registrado em 42 anos de operação na região. A manutenção da participação no
mercado brasileiro ajudou a abrandar a queda no faturamento, além de índices
também importantes registrados em outros mercados, como na Argentina, onde a
participação em caminhões chegou a 28%; Chile, onde a Cummins atua no segmento
de mineração, com 23% do mercado; e Colômbia, cuja participação em caminhões
pesados chega a 80%.



No Brasil, Pasquotto diz ainda que o crescimento de outras divisões, como a de
filtros, cujo faturamento avançou 10% em 2012, para US$ 102 milhões, e o
primeiro ano de operações da unidade de negócio Cummins Emissions Solutions
(CES), com US$ 87 milhões, “foram fatores que compensaram em parte a queda das
operações de motores”.

BALANÇO GLOBAL

O executivo também apresentou os números globais da empresa: em 2012, a Cummins
anotou faturamento de US$ 17,3 bilhões, o segundo melhor desempenho em 94 anos
de história: perde apenas para os US$ 18 milhões apurados em 2011,
representando queda de 3,9% nesta comparação. As operações de motores
responderam por US$ 10,7 bilhões.

Quase metade da receita global, 48%, foi gerada nos Estados Unidos, enquanto
16% foram de responsabilidade da Europa, 11% da Ásia, incluindo Austrália, e
10% da América Latina. A China respondeu por 6% do faturamento, Canadá e Índia,
4%, e África 1%.

“Apesar da crise global, o bom desempenho financeiro da companhia em 2012,
aliados aos investimentos que a empresa vem fazendo para o futuro, oferecem
preparo vigoroso para atender às solidas tendências de crescimento que estão
por vir nos próximos anos. Só em 2012 foram US$ 720 milhões aplicados em
pesquisa e desenvolvimento”, disse Pasquotto durante a divulgação do
balanço.

O executivo elencou tendências mundiais que apontam para uma forte demanda por
motores – automotivos e industriais – nos próximos anos e cita as legislações
de emissões, como o Euro 6 na Europa, renovação de frota em diversos mercados,
o aumento do uso de biocombustíveis, desenvolvimento de infraestrutura em
diversos níveis, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos no Brasil, pré-sal e setores
de óleo e gás/marítimo, novos entrantes na América do Sul nos setores
automotivo, industrial, agronegócio e mineração, além da disponibilidade e
custos da energia, que apontam contínua escassez de energia elétrica na América
do Sul.

INVESTIMENTOS

Mesmo diante dos desafios da transição de tecnologias de motores, a Cummins
manteve seus programas de investimentos em toda a região da América do Sul. No
Brasil, estão em curso os investimentos de US$ 50 milhões na renovação das
instalações da fábrica de Guarulhos (SP) e outros US$ 90 milhões na nova
unidades produtiva da Cummins em Itatiba, no interior paulista, com inauguração
prevista para 2015, quando serão transferidas a unidade de negócios de geração
de energia e centro de distribuição de peças, hoje também localizados em
Guarulhos.

“Em Itatiba os serviços de terraplanagem estão concluídos e os de
infraestrutura estão em andamento. Vamos dar início às operações daquela planta
no primeiro semestre de 2015. A intenção inicial é não mover as operações de
motores, mas a nova unidade terá espaço amplo para atender outras necessidades
que surgirão futuro.” 

cummins brasil aumenta cobertura de pos vendas

MERCEDES-BENZ

Sobre uma possível negociação que está ocorrendo entre a
Mercedes-Benz e Cummins para o fornecimento de motores para os caminhões Accelo
e chassi de ônibus LO, Savelli disse que não poderia comentar sobre este
assunto. Esta informação chegou à redação da Transporte Mundial via Facebook.