Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Kristofer Oliveira
Apoio: Marcos Filho/JC Barboza/Josivandro Avelar/Paulo Rafael Viana/Massilon Junior
Fotos: Acervo Paraíba Bus Team
Com a série de postagens históricas, essa será um tanto quando longa, mas pra quem se interessa pelo transporte da capital paraibana, não poderá deixar de acompanhar. Trazemos uma síntese e o resultado de pesquisas realizadas e do debate gerado entre reuniões online e em nosso grupo Paraíba Bus Team ® (que tem como um dos objetivos primários da sua existência o resgate e a valorização da história do transporte público paraibano), mediante montagem do quebra-cabeça dos fatos que marcaram o transporte pessoense. E mais ainda, quem sabe, formando uma referência histórica.
A imagem acima é datada de 1980, destaque para o Caio Gabriela com chassi Mercedes-Benz LPO-1113, da Etur, na linha Jardim Veneza.
Antes dos anos 70…
A cidade de João Pessoa foi servida por meio de vários meios de transportes no século passado, entre eles os clássicos bondes elétricos, interligando partes do centro pessoense e bairros vizinhos.
De 1928, tem-se o seguinte, conforme pesquisa do JC Barboza:
► Notícia da Paraíba (capital) dizia o seguinte: A nova Empresa de Auto-Viação Paraibana inaugurará brevemente o serviço de transporte de passageiros entre Paraíba e Recife. O trajeto será feito em 4 horas e cada passagem custará 4 mil contos de Réis.
► Nessa época, o auto-ônibus, principalmente na Paraíba, Sergipe e Pernambuco, era conhecido como “sopa”. A escritora nordestina Inês Maria assim explica a origem do termo: “Os ônibus cujo preço das passagens eram tão inferiores aos trens da Great Western, que o povo da capital exclamava: Que sopa! O apelido pegou e alastrou-se pelo sertão.
► No estado da Paraíba é inaugurado, no dia 22 de Agosto de 1928, uma linha de auto-ônibus, ligando a capital do estado à cidade vizinha de Santa Rita.
► O Conselho Municipal da Paraíba concede os privilégios por dez anos à empresa O. Pessoa & Barros para os serviços de transporte urbano e cargas em auto-ônibus e caminhões.
Fonte: Ônibus: uma história do transporte coletivo e do desenvolvimento urbano no Brasil. Autor: Waldemar Corrêa Stiel São Paulo: Comdesenho Estúdio e Editora, 2001
Auto Viação Dutra de João Pessoa
Ônibus com carroceria Carbrasa (Carrocerias Brasileiras SA) e chassis MBB LP-312 fazendo a linha João Pessoa X Rio de Janeiro
A Dutra foi uma das pioneiras na ligação Paraíba-Sudeste. Além dessa, ela também operava a João Pessoa X São Paulo. Segundo famílias conhecidas nossa que viajaram nessas empresas, devido às péssimas condições das estradas brasileiras, as viagens entre PB e RJ duravam em média entre 15 dias à 1 mês. Existem relatos que em uma dessas viagens, um dos ônibus da empresa tombou uma ribanceira, e como não houve vítimas fatais, o veículo foi desamassado e continuou viagem até o RJ bastante avariado.
A Dutra operando linhas em João Pessoa
Nos anos 50 e 60, a Viação Dutra fazia linhas de vários pontos da cidade para o centro, ou como diziam na época, para o comércio. Confiram abaixo algumas imagens do acervo da Família Stuckert.

Anos 70 – O Divisor de Águas
Os anos 70 foram marcantes para o transporte pessoense, pois, parte da estrutura do transporte que temos hoje, foi desenvolvida nessa década citada. Infelizmente, o sistema atual herdou os “pecados”, carregando consigo até hoje as mazelas da época, tais como: Ônibus com super-lotação, reclamações das empresas, atrasos, etc.
A Legislação vigente na época
Entre os anos 60 e início dos anos 70, existiam cerca de 120 ônibus circulando por João Pessoa, boa parte deles microônibus e bicudinhas Mercedes-Benz LP-312, que eram exploradas por cerca de 90 empresários, já que existiam vários motoristas de ônibus particulares, e cada um operavam suas linhas entre distritos e povoados existentes ao comércio.
De acordo com o artigo 44 da Lei Federal Nº 5.108 de 18 de Setembro de 1966, é de competência do município conceder, autorizar e permitir serviços de transportes coletivos nas linhas locais. A Etur foi a primeira empresa a ter sua concessão registrada em 1970, cujo contrato foi autorizado pelo então prefeito Damásio Franca, e assinado por seu substituto, o vereador Cabral Batista. Na gestão de Dorgival Terceiro Neto, entrou em vigor o Decreto Nº 338, de 16 de Julho de 1971, que rezava o disciplinamento da obrigatoriedade dos proprietários isolados se agregarem e formarem empresas registradas na Junta Comercial do Estado.
Em 1973, foi elaborado o primeiro instrumento legal de regulamentação do serviço, através do Decreto Nº 832, de 28 de Setembro do mesmo ano, facultando os direitos e deveres às empresas. O impulso dado aos serviços teve continuação na gestão de Hermano Almeida, exigindo a extinção do sistema de empresas agregadas, obrigando-as a renovarem os contratos e provarem que os patrimônios fossem constituídos por ônibus antes pertencentes aos agregados. Na mesma gestão, as vias que ligavam os bairros ao centro foram asfaltados, diminuindo assim os custos das empresas com manutenção e possibilitando mais investimento em renovação da frota.
Para ter concessão de uma linha coletiva, o Setrans exigia que a empresa tivesse um capital de giro na importância de 600 salários mínimos regionais, necessários à manutenção da frota e substituição dos veículos defeituosos. A idade máxima exigida dos ônibus circular era de 13 anos para o chassi e 6 anos para a carroceria, em no mínimo 75% da frota da empresa. Após a metade dos anos 70, houve uma melhora na frota local com a aquisição de modelos das encarroçadoras Metropolitana, Marcopolo e Caio Norte. Antes, boa parte dos ônibus que circulavam em João Pessoa vinham usados de cidades do centro-sul.
Características do transporte
Diferente de hoje, antigamente algumas linhas tinham os seus terminais no centro. Durante uma parte dos anos 70, eles ficavam no Mercado Central.
Na mesma década, após muita reclamação do terminal no Mercado, ele foi transferido para a Rua Almeida Barreto.
E após, foi transferido pra a frente da Estação Ferroviária.
Entre outras curiosidades, estava o preço das passagens: sair do bairro pra o centro custava mais caro do que fazer o caminho inverso. E a outra, é que as empresas eram identificadas pelo prefixo. Algumas tinham na carroceria apenas o 04 (Mandacaruense) e 09 (Marcos da Silva), e o número de ordem ficava na lateral da vista frontal ou na traseira acima do vidro, conforme abaixo:
Os estudantes já tinham o direito a 50% do valor das passagens igual aos dias atuais. Nos anos 70 também existiam os ônibus opcionais e executivos. Também existiu um plano pra implantação do Trólebus (ônibus elétrico) em João Pessoa, nas avenidas Epitácio Pessoa e Cruz das Armas.
Empresas atuantes – trajetória na década de 70
Até 1976, tem-se o registro das empresas:
► Etur – operava no Rangel e zona sul da cidade, sendo a sua principal linha a atual 115 – Distrito Industrial. Operava também as linhas 109 – Rua do Rio, 105 – Cidade, Bairro dos Novais e Jardim Veneza (linhas extintas). No fim dos anos 70, com expansão pessoense, passou a operar a atual 108 – Alto do Mateus, 102 – Esplanada, 502* – Geisel, e José Américo / Via Epitácio Pessoa.
(*: linha dividida com as empresas que viriam a existir, a Canaã e RB Transportes.)
► Mandacaruense – na mesma área atual, tendo por destaque a atual 504 – Mandacaru e a atual 002 – Róger.
► Empresa ABC (MDS?*) – Jaguaribe, na linha Circular ABC e possivelmente a linha João Machado. (*: Possivelmente esse foi o primeiro nome da Marcos da Silva, ou a mesma adquiriu a ABC em 1976. Conforme uma fonte documentada do mesmo ano, ambas são citadas atuando em Jaguaribe, e lógico: a Marcos da Silva nasceu nesse bairro)
► Viação 1º de Maio – Tambaú, Cabo Branco* e João Agripino. (*: A denominação Cabo Branco se dava apenas à falésia. O demais, era conhecido como Tambaú)

► Autoviária Fátima – ?
► Roger – Cidade Universitária e Castelo Branco / Via Epitácio*.
(*: Não existia a Avenida Pedro II, o corredor 3, na época)
► Torrelândia – Operava a atual 402 – Torre.
► Viação Ilha do Bispo – Operando no bairro de mesmo nome, possivelmente na extinta linha 001.
► Senhor do Bonfim – Surgiu a partir da compra da Viação 1º de Maio, e opera a linha Tambaú / Cabo Branco, e João Agripino / Via Ruy Carneiro. Houve uma entrega oficial da frota dela, sendo a pioneira em ônibus Mercedes-Benz Monobloco urbano na cidade.
Em janeiro de 1978, a Rodoviária Santa Rita entra no sistema pessoense, operando a linha de Tambaú com seus Marcopolo Veneza II que mais tarde seriam repassados à Viação São Judas Tadeu (década de 80) no lugar da Senhor do Bonfim.
Após alguns meses, a Santa Rita passa a operar a linha da Torre no lugar da Torrelândia após essa ter encerrado suas atividades por motivos desconhecidos.
Também em 1978, a Canaã passa a existir, operando após o surgimento de novos bairros de João Pessoa e expansão dos existentes. Sua área de atuação compreendeu o José Américo, Cristo (atual linha 204) e Geisel (atual 202), operando as linhas via corredor 2 (Rangel). Por um período chegou a atuar na linha Geisel / Epitácio, junto com a RB e a Etur, além de revezar essa linha via Pedro II, ou seja, existiu uma linha Geisel / Pedro II operada pelas três empresas citadas (Canaã, RB, Etur).
No mesmo ano, possivelmente, a Marcos da Silva passou a operar a linha Cabo Branco, atual 507.
Também a RB Transportes em 1978, possivelmente passou a operar no lugar da Roger as linhas do Castelo Branco e Cidade Universitária. Posteriormente com o surgimento do bairro dos Bancários, ela também passou a operar nesse bairro. Em 1979, tem-se o registro da São Judas Tadeu, que sucedeu a Santa Rita nas linhas Tambaú e Torre no mesmo ano.
Alguns problemas
As reclamações e insatisfações dos usuários eram constantes na época. Coisas absurdas e bizarras aconteceram, que é impensável nos dias atuais, a exemplo de motoristas dirigindo bêbados, todos os motoristas e cobradores pararem os ônibus ao mesmo tempo pra tomar café-da-manhã, almoçar e jantar. Mas nenhuma delas superou o problema de superlotação e na ineficiência do transporte, coisa que existe até hoje.
A Etur exercia uma forte influência nos órgãos que regiam o transporte na época, mandando e desmandando. Um dos absurdos foi atropelar uma legislação na época, que garantiam aos estudantes comprarem até 200 tickets por mês, mas a empresa fez com que em João Pessoa o limite fosse de 60 tickets. E durante um período dos anos 70, a meia-passagem foi suspensa, ocasionando em grande revolta na época.
Alguns ônibus não tinham a mínima condição de rodar e em certo momento foram apreendidos pelo secretário de Serviços Urbanos de João Pessoa dezenove ônibus. Alguns, nem fileira de bancadas tinha, propositalmente retiradas pra poder carregar mais passageiros.
E para agravar mais ainda a situação, a inflação. O dinheiro se desvalorizava, as empresas aumentavam as passagens, o salário do trabalhador cada vez mais apertava. E entre esses trabalhadores, estavam os motoristas e cobradores. Não deu outra, a greve estourou em 1979.

E para encerrar 1979, veio a crise do combustível no país. Algumas empresas tiveram que racionar o combustível e deixaram parte da frota nas garagens, causando graves transtornos a população. A partir desse problema, surgiu um projeto pra implantação dos trólebus em João Pessoa, projeto esse que nunca se concretizou.
Anos 80Início da década de 80 – A crise e o eminente colapso
O início dos anos 80 deu continuidade ao que estava acontecendo no fim dos anos 70: greve, crise do combustível, inflação… até que estourou uma crise financeira nas empresas, uma vez que o faturamento corroído pela inflação estava sendo insuficiente para honrar com os gastos, e o plano de ajuda da EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos) não veio, deixando o sistema a beira de um colapso. 10 novos ônibus Mercedes-Benz Monobloco da Etur que foram encomendados, tiveram seus pedidos cancelados. Algumas empresas como a RB Transportes estava com dificuldades de quitar as dívidas após comprar 7 novos ônibus. O financiamento na época pra renovação da frota era algo difícil de se conseguir.
Em uma das greves de motoristas e cobradores, a violência foi marcante pelo fato de um dos motoristas grevistas ter sido atingido por um tiro a queima roupa efetuado pela sempre covarde polícia militar. Em vão, em uma das greves, alguns empresários foram até o local da greve para fazer com que os grevistas retornassem ao trabalho, como a foto ao lado mostra o empresário João Inocêncio Neto, proprietário da Mandacaruense.
Empresas atuantes na década – O nascimento de uma gigante que é grande até hoje
A década de 80 começou com 7 empresas atuando no sistema, com cerca de 200 ônibus e cerca de 26 linhas existentes, estavam:
► Etur: Tinha uma frota de quase 100 ônibus e atuava na zona sul da cidade, Cruz das Armas, Costa e Silva (atual 102), Cidade dos Funcionários (atual 105), Jardim Veneza (atual 104), Alto do Mateus (atual 1502 diurna / 108 bacurau), Bairro dos Novaes, Rua do Rio (atual 109), José Américo e Geisel (antiga 502, atual 1502), Grotão e Funcionários II, III e IV (após expansão da cidade, operando as atuais 101 e 114).
► Mandacaruense: Atuava na mesma área atual e no Róger (atual 002).
► RB Transportes (Rui Barros Transportes): Atuava nos Bancários, Castelo Branco e Cidade Universitária.
► Canaã: Atuava no José Américo, Geisel (atual 202), Ceasa (atual 201) e Cristo (atual 204), todas pelo corredor 2 (Rangel).
► Viação São Judas Tadeu: Atuava na linha da Torre (atual 402) substituindo a Rodoviária Santa Rita como vimos que operou na 402 na década de 70, e nas linhas de Tambaú (510 e 511).
► Marcos da Silva: Operava no Cabo Branco (507), Altiplano (401), Jaguaribe (003), João Agripino (509) e na Penha / Via Pedro II.
► Viação Ilha do Bispo: Antiga linha 001, do bairro de mesmo nome.
Nos anos 80, após a RB Transportes encerrar suas atividades possivelmente devido as dificuldades financeiras, surge a Nossa Senhora das Neves, atuando na mesma área que a RB e herdando o mesmo prefixo (07xx, hoje com a Transnacional que sucedeu as RB e NSN). Também, após o nascimento do bairro de Mangabeira, passou a atuar na área.
A São Judas Tadeu adquire a Canaã e herda suas linhas e veículos, se expandindo mais pela cidade. Já a Etur, aproveitando que atuava dentro de uma área de expansão em João Pessoa, entra no bairro do Valentina, após o seu surgimento. Porém, na mesma década, começa a dar sinais de que sua superioridade na cidade está chegando ao fim, após uma separação que gerou a Transurb. Curiosamente, ela herdou as linhas “do lado de lá” da BR-101, com as linhas 104 – Bairro das Indústrias (incorporando a do Jardim Veneza), 110 – Jardim Planalto, 108 – Alto do Mateus (incorporando a linha do Bairro dos Novaes), e fugindo a regra, a 502 – Geisel / Epitácio.
Em 1987, a Transnacional de Campina Grande adquire a Nossa Senhora das Neves e abre sua filial em João Pessoa, sendo atualmente a maior empresa de transporte urbano da Paraíba. Adquirindo a NSN, a Transnacional herdou o prefixo 07xx vindo dos tempos da RB, e também herdou muitos dos ônibus pertencentes a frota antiga da Nossa Senhora das Neves. Um dos mais famosos herdados, foi o Marcopolo San Remo II (modelo que originou os Torino) com chassi Mercedes-Benz OH-1517 (possivelmente esse modelo de chassi, mas certeza de ser OH). A TN permaneceu com a pintura da Nossa Senhora das Neves por um tempo, inserindo apenas o nome:

E a expansão da Transnacional não para por aí… No fim de 1988 ela adquire a São Judas Tadeu, ampliando sua área de atuação na capital e sendo uma gigante igual a Etur. Curioso que a TN ficou com 3 padrões de pinturas diferentes na época:

E após a Revolução de Agosto de 1988, surge a Setusa, a primeira e única empresa de ônibus estatal pessoense.
A Revolução de Agosto de 1988 e a Criação da Setusa

A Revolução de Agosto de 1988 foi um movimento começado pelos estudantes secundaristas e universitários, em que a Paraíba e o Brasil os viu irem pra as ruas, enfrentar a polícia pau-a-pau, levar mais de 30 mil pessoas pra protestar, sendo o maior movimento popular que a história da Paraíba teve: foram mais de 30 ônibus quebrados, vários incendiados, numa expressão viva de fúria que envolveu o povo nos 4 dias de protestos. O resultado foi a vitória. O Governo do Estado recuou, interviu na Prefeitura, desmoralizou o prefeito, congelou o preço das passagens e criou a Setusa.

A Setusa nos anos 80 não foi um marco apenas de uma estatal nos transportes por ônibus, passe livre pra estudantes fardados, mas também pela criação das linhas circulares, facilitando o deslocamento inter-bairros. A Setusa operou as linhas:
► 002 – Roger
► 305 – Mangabeira
► 601 – Bessa
► 1001 – Bairro das Indústrias / Mandacaru
► 1500 / 2300 / 3200 / 5100 – Circular
Principais problemas dos anos 80
Os problemas nos anos 80 foram os mesmos dos anos 70… ônibus com superlotação, motoristas e cobradores ignorantes com passageiros, atrasos constantes, aumentos absurdos das passagens, ônibus quebrado e greves. Olhando esses problemas, percebemos que até nos anos atuais, a população usuária dos ônibus continuam com esses problemas, com exceção das greves, que pelo visto, não há meios pra isso. A falta de planejamento estrutural mediante o crescimento da cidade somado a inflação, foram os fatores relevantes para a permanência desses problemas.
Quando a inflação estava baixa, ou quando o governo conseguia fazer algum plano econômico mirabolante pra o dinheiro do trabalhador render, a população nos fins-de-semana ou nas férias procurava o lazer mais democrático: a praia. E os ônibus pra a orla marítima eram insuficientes para atender a demanda.

Um fator positivo que surgiu nessa década foi a criação dos códigos das linhas existentes, sendo o primeiro dígito identificando o corredor pelo qual a linha trafega. Exemplo: 109 – Rua do Rio (transita no corredor 1 – Cruz das Armas); 507 – Cabo Branco (transita no corredor 5 – Epitácio Pessoa). Para as linhas circulares, que possuem 4 dígitos, o segundo dígito corresponde ao segundo corredor que a linha trafega. O outro fator positivo, é que a Lagoa passou a ser ponto de parada.
No fim dos anos 80…
Atuavam as empresas: Transnacional, Etur, Setusa, Marcos da Silva, Mandacaruense e Transurb.