Caio Induscar Millenium III

Fonte: Mobilidade em Foco Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro Fotos: Jorge Ciqueira – Estação Regional Em agosto de 2011, na feira Transpúblico, a Caio Induscar aproveitou oevento máximo de ...

Fonte:
Mobilidade em Foco

Matéria
/ Texto: Carlos Alberto Ribeiro

Fotos: Jorge Ciqueira – Estação Regional
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Em agosto de 2011, na feira
Transpúblico, a Caio Induscar aproveitou oevento máximo de divulgação de tudo o que se refere ao mundo dos ônibus, para lançar a nova versão do seu modelo Millennium III, ele surgiu com alterações no design, externo e interno,
substituindo na linha de produção a versão anterior, Millennium II. Planejado
como veículo ideal para operar em corredores urbanos com grande demanda de
passageiros/hora, a Caio recomenda o mesmo para encarroçamento sobre chassis
com motor traseiro ou central. Nesta configuração, considerada top de linha,
oferece maior conforto acústico para os passageiros devido ao maior silencio no
salão de passageiros.


Com o novo face-lifting (renovação facial),
priorizou-se a adoção de linhas e superfícies de contorno suaves, reduzindo os
relevos. A cabine do motorista também foi contemplada, dando ênfase ao espaço
interno, de excelente amplitude. A central elétrica foi reposicionada e conta
com porta-objeto integrado. Percebe-se a atenção dada aos detalhes e a busca
pela qualidade do material empregado, que deve refletir na durabilidade, na
vida útil do carro. O salão de passageiros também foi “remoçado”, com a
introdução de iluminação através de lâmpadas de LED, que confere melhor
acabamento visual.

Como tem sido praxe no Brasil
socialmente correto dos dias de hoje, em que tudo tem de contemplar minorias e
classes consideradas como “excluídas” em alguns aspectos, o projeto da nova
carroceria teve de ser contemplado com a implantação de elevador e rampa de
acesso para pessoas com deficiência.
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Voltando as características técnicas do Millennium
III, o comprimento total da carroceria tem duas opções de configuração: 12,30
metros (chassi 4 x 2) e 15 metros (chassis trucados). Seu novo design não chega
a ser unanimidade, alguns busólogos consideram que identidade própria somente o
Millennium I tinha. E que assim como a “pasteurização” já ocorrida nos ônibus
rodoviários, em que Marcopolo G 7, Irizar e Mascarello seguem o mesmo desenho
quanto a formatação de suas carrocerias, o mesmo ocorre agora na versão III do
modelo.
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De concreto vale o ditado que é impossível agradar
a todos, nem sequer Jesus Cristo conseguiu. Portanto, há opiniões contrárias e
favoráveis ao Millennium III. O fato é que o novo design apresenta traços de
modernidade e evita a fadiga visual que, por exemplo, o Marcopolo Paradiso 1050
G7 tem, por maciça presença nas estradas e rodoviárias. Isso envelhece um
veículo muito rápido. A Caio manifestou nítida preocupação neste requisito, já
que é a maior fabricante de ônibus urbano do Brasil. Atenta a tudo e todos,
segue firme no objetivo de atender as demandas criadas nas linhas que exigem
carros maiores, como os corredores urbanos. E as vendas do Millennium III
comprovam o acerto do projeto, pois cada vez mais os ônibus cujos chassis tem
motor traseiro ocupam espaço nas frotas, pois aliam conforto superior, nível de
ruído inferior aos ônibus com motor dianteiro e maior capacidade de transporte
de passageiros por viagem.

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A nova carroceria apresenta inúmeras vantagens
operacionais, como, por exemplo, maior suavidade nas linhas e superfícies, com
redução de relevos, o que facilita sua limpeza no ato de lavação e melhora o
coeficiente de penetração aerodinâmica. O Millennium III possui cinco versões
de carroceria, todas para serem encarroçadas em chassis com motor traseiro ou
central, eis elas:

1) Piso normal: com piso similar em altura aos
ônibus com motor dianteiro;


2) Piso baixo: melhora a acessibilidade ao salão de
passageiros. Nas cidades de São Paulo e São José dos Campos existem unidades
desse modelo sobre plataforma Scania K270 e com comprimento de 15 metros; 

3) Piso baixo central: essa versão também facilita
o ingresso ao interior do ônibus. Em São Paulo há unidades desse modelo
encarroçados sobre chassi Scania L94UB 6 x 2 (trucado). No entanto, a prefeitura
de São Paulo, através do órgão competente, não recomendou a compra desse carro
às empresas consorciadas, pois houve vários acidentes com ônibus dessa versão
devido a falta de balaústres e degraus.

4) Articulado: há várias unidades dele rodando na
cidade de São Paulo. Facilmente notado, pois possui a sanfona no meio da
carroceria, que faz a junção das duas partes da mesma. É encarroçado sobre
chassi Mercedes-Benz O-500MA e possui versão com piso baixo; 

5) Bi-articulado: este modelo tem sido utilizado no
VLP ou BRT em Curitiba. É montado sobre plataforma da Volvo, chassi com motor
central, piso normal (alto). 

A primeira versão do Millennium foi lançada no ano
de 1997 e fabricada até 2001. Depois veio o Millennium II, lançado em 2003 e
fabricado até 2011, quando foi substituído pelo atual modelo, Millennium III.
No catálogo de configuração do modelo, há opção de ar condicionado, janelas com
vidros colados, iluminação em LED, poltronas injetadas, que são mais
confortáveis, de fácil manutenção, itinerário eletrônico (frontal, traseiro e
lateral), o que facilita sobremaneira a visualização de qual é a linha que o
ônibus vai fazer por parte dos usuários. 

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Por último, o Millennium é um produto superior
quanto ao conforto e silencio interno ao rodar, mesmo em pisos irregulares, se
comparado aos Caio Induscar Apache Vip III montados em chassis com motor
dianteiro, mesmo sendo chassis do mesmo fabricante.