Os ônibus e outras questões da mobilidade urbana

Fonte: Mais PB Foto: Rodrigo Gomes Programávamo-nos escrever só sobre a reportagem que saíra no Correio da Paraíba dia 22, sobre os “pontos de ônibus sem abrigos”. E assim pensáramos para ...
Fonte:
Mais PB
Foto: Rodrigo Gomes

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Programávamo-nos escrever só sobre a reportagem que saíra no Correio da Paraíba
dia 22, sobre os “pontos de ônibus sem abrigos”. E assim pensáramos para
lastimar que o Governo Federal não tenha tirado uma partezinha “quase de nada”
dos tantos bilhões de reais do PAC da Mobilidade Urbana (em relação ao qual se
diz existir muito saldo por falta de projetos) e direcioná-la especificamente
para esse fim: bem qualificar os milhares de pontos de ônibus “Brasil afora” e
dar proteção (referente à chuva e ao sol) aos milhões de passageiros do
transporte coletivo urbano.

Se em João Pessoa existem 1.850 pontos de ônibus urbanos, no país esse número
chega aos 400 mil. Para bem qualificar 400 mil pontos de ônibus, à base de R$ 5
mil, o PAC Mobilidade Urbana não comprometeria mais do que R$ 2 bilhões e com
apenas R$ 10 milhões nossa cidade resolveria o quadro de seus 1.850 pontos de
ônibus, “bem os qualificando”!


Mas, no domingo 24 de agosto, logo cedo, um programa televisivo trouxe à tona
os problemas da mobilidade urbana de Campina Grande (e também, com menos tempo,
de João Pessoa), tendo destacado, em certo momento da reportagem, que esta
questão torna-se pior para as pessoas de necessidades especiais que precisam de
ônibus com elevadores e mostrando uma passageira que, ao pretender ter acesso
ao veículo, depara-se com aquele equipamento sem funcionar!

Meia hora depois, saindo do bairro do Bessa, dirigimo-nos ao centro da capital
paraibana via avenida Epitácio Pessoa desde seu início (imediações da avenida
Infante Dom Henrique). E no ponto de ônibus desse início da Epitácio Pessoa
encontravam-se dois cadeirantes… Paramos nosso veículo e ficamos, por trás do
ônibus (o 07108), observando qual o resultado do embarque daquele passageiro especial:
o elevador funcionou regularmente e o passageiro cadeirante embarcou. Mas,
chamou-nos a atenção o porquê do segundo cadeirante não haver também embarcado
naquele mesmo ônibus (será que pretendia o ônibus de uma outra linha?… ou
queria testar se em outros veículos o elevador funcionava normalmente?).
Resolvemos, lá pelas imediações da avenida Tito Silva, fazer o retorno e voltar
até aquele mesmíssimo ponto de ônibus para ver como estaria o segundo
cadeirante. E ele também acabara de embarcar… normalmente… utilizando-se do
elevador do ônibus que pretendia e que, tal como o do veículo anterior,
funcionou regularmente; Este fato, porém, este da normalidade do funcionamento
do elevador (nos ônibus) para cadeirantes, a ninguém motiva registrar, muito
menos elogiar!… E vale aqui o registro de que em João Pessoa mais de 70% da
frota do transporte coletivo urbano está dotada dos equipamentos de
acessibilidade, mesmo que as viagens de cadeirantes nunca tenham ultrapassado o
quantitativo de 120 vezes durante todo um mês! Durante todo um mês –
repetimos!.