O que a Transnacional planeja nessa etapa da renovação de frota?‏

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria / Texto: Josivandro Avelar Fotos: Roger Silva / Igor Drumond Soares Na última semana, apareceram na Marcopolo Rio veículos da Transnacional ostentando a pintura ...
Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria / Texto: Josivandro Avelar
Fotos: Roger Silva / Igor Drumond Soares
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Na última semana, apareceram na Marcopolo Rio veículos da Transnacional
ostentando a pintura antiga da empresa, em vez da pintura do consórcio Unitrans.
Outro carro já apareceu, o 07130, e como suspeitava, o carro veio sem cobrador.
Desse modo estão todos os outros que vieram com a pintura antiga da
Transnacional. O que a empresa estaria planejando?

Não
tem nada disso de voltar a pintura antiga, por mais que isso seja aparente
nesses carros. A conversão visual dos veículos não foi completamente concluída
e isso é visível. A empresa, quando trouxe veículos com cobrador e com o padrão
do consórcio Unitrans, os trouxe para ficarem na empresa a longo prazo, ou
seja, cumprindo os 10 anos – ou menos – de tempo útil em João Pessoa.
 
No
caso desses veículos, é porque pode estar próximo de um planejamento em relação
a linhas que operariam em dupla função no sistema. É uma coisa que a empresa
planeja, mas para linhas de demanda média a baixa. Foi o que a Santa Maria fez
com 105 e 109. Porém a rotatividade de um veículo como esse é muito baixa,
tanto que dificilmente, a título de exemplo, você vai ver um carro do 105 e 109
fazer 002 – embora isso possa acontecer, porém é muito difícil pelo fato da
topografia do Roger não permitir a operação de um carro como aquele.
 
Nas
cidades de Campina Grande e Natal, a maioria dos ônibus das empresas
Transnacional e Santa Maria operam em dupla função, o que em João Pessoa é o
contrário. Assim, a empresa pode trocar esses veículos em um tempo menor do que
os carros com cobrador. Até tentou fazer isso com carros de 2012 ano passado,
mas isso é custoso. Lembram de 0708, 0777, 0782 e 0796? Os Torino OF-1722 foram
remanejados para Campina Grande com as numerações 0755, 0756, 0757 e 0758. Mas
para isso, a empresa levou tempo para repintar completamente os carros e
refazer o posto de catraca deles. Repintura custa dinheiro também. E a empresa
não quer perder tempo.
 
É
tanto que os Torinos de 2013 que levam os mesmos prefixos mencionados não foram
remanejados ainda, tendendo voltar para o sistema pessoense com outros
prefixos. Os atuais 08, 77, 82 e 96 foram emplacados em João Pessoa mesmo.
 
Com
esses veículos de dupla função incluídos em linhas de baixa demanda, a empresa
já teria carros para serem remanejados a curto prazo para as cidades onde
opera. E como repintar esses ônibus seria custoso, eles já vieram com a pintura
antiga da Transnacional, que é a mesma de Campina Grande e Natal. A cidade para
onde os ônibus vão é definida pelo emplacamento que terão; a empresa quando
quer remanejar um veículo a curto prazo, emplaca em Campina Grande ou Natal,
assim definindo para onde o carro vai passado um ano.
 
Desse
modo, a empresa trocaria nome e prefixo dos veículos, reduzindo assim o tempo
entre a saída da garagem da capital paraibana e a chegada na garagem filial.
 
Ou
seja, o carro já chega com prazo de validade. Ele entra no sistema pessoense
sabendo que passado um ano ou um pouco mais disso, deixa a empresa. Com os
demais carros adquiridos na pintura do consórcio, esses permanecem por mais
tempo.
 
E na Reunidas?
Reunidas%2B0874
Não
descartaria a mesma possibilidade mencionada acima, que cabe lembrar é uma
tese, posso ter chutado para fora ou ter marcado um gol. Existe a
possibilidade, e ela é muito forte, dos carros irem para Cabedelo. Porém os
mais certos de irem para a cidade portuária são aqueles com numeração de cinco
dígitos.
Os
demais podem nem estar errados – só mesmo o nome do consórcio Navegantes que
seria retirado, lógico. Outra possibilidade é a operação em Cabedelo com outros
prefixos e troca de elementos. Ou já irem de cara para Natal – possibilidade
válida para os carros de quatro dígitos.
 
O
tempo dirá se é isso mesmo que vai acontecer e encerrar a novela que gira em
torno desses carros. Ou pode nada disso acontecer. Tudo é possibilidade para um
grupo que sabe como faturar em cima dos ônibus que opera. E ela sabe muito bem
o que está fazendo – bem como aproveita muito bem as brechas das leis das
cidades que não exigem tanto da renovação de frota como João Pessoa exige.
Como
disse, reviravoltas estão sujeitas a acontecer. E estou gostando de ver que
vocês tem acompanhado com muita atenção a novela da atual etapa de renovação da
Unitrans. Novos capítulos ainda virão.