Na Paraíba, só Campina Grande apresentou plano de mobilidade

Fonte: MobilizeTexto: Regina Rocha Foto: JC Barboza Na Paraíba, apenas um dos 32 municípios que deveriam ter elaborado e entregue até abril de 2015 seus planos de mobilidade urbana cumpriu com essa ...
Fonte:
Mobilize
Texto: Regina Rocha
Foto: JC Barboza


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Na Paraíba, apenas um dos 32 municípios que deveriam ter elaborado e entregue
até abril de 2015 seus planos de mobilidade urbana cumpriu com essa exigência:
Campina Grande.

Resultado:
a quase totalidade das cidades paraibanas acima de 20 mil habitantes, inclusive
a capital João Pessoa, não poderão contar com recursos da União para realizar
importantes obras, já que não atenderam, na data-limite, a essa condição
fundamental estabelecida pela Lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012.
 
O
levantamento é da organização não governamental Educar para o Trânsito Educar para Vida – ETEV, e
inclui os seguintes municípios: João Pessoa, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa,
Cabedelo, Guarabira, Sapé, Mamanguape, Pombal, São Bento, Esperança, Catolé do
Rocha, Alagoa Grande, Pedras de Fogo, Lagoa Seca, Solânea, Itabaiana, Rio
Tinto, Areia, Conde, Princesa Isabel, Bananeiras, Mari, Caaporã, Cuité e Alagoa
Nova. Para essa pesquisa, realizada entre abril e junho, a entidade consultou
dados do IBGE e do Ministério das Cidades.
 
Muitos
sequer iniciaram seus planos de mobilidade urbana, e não deverão receber
recursos orçamentários federais destinados à mobilidade até que regularizem a
situação, ou seja, apresentem o plano, alerta Luiz Carlos André, presidente da
Etev.
 
Na
sua opinião, “os gestores precisam encarar o problema da mobilidade urbana
de frente”. A única possibilidade, agora, observa André, é a aprovação de
um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados pedindo o adiamento deste
prazo; a alegação é a dificuldade técnica que muitas cidades possam ter
enfrentado. Mas, lembra André, o PL 7898/2014 ainda aguarda deliberação da
Comissão de Desenvolvimento Urbano da Casa.
 
Para
contribuir com a melhora da mobilidade urbana nas cidades, a entidade listou 10
ações que passam pelo planejamento urbano, transporte e políticas públicas
voltadas às pessoas e não aos modos individuais de transporte. 
 
Veja
a lista com 10 ações que, no entender da Etev, devem ser prioridades para que
uma cidade alcance a mobilidade urbana sustentável:
 
 Melhorar as
calçadas;
Construir ou ampliar
ciclovias;
Criar estacionamento
público afastado dos centros comerciais e próximos aos terminais de ônibus;
Priorizar o transporte
coletivo, em detrimento do individual;
Optar por combustíveis
menos poluentes;
Criar terminais que
integrem modais de transportes; 
Implantar pedágio urbano;
Mudar os horários de
entrada e saída do trabalho;
Melhorar a logística para
reduzir a quantidade de caminhões;
10º Criar corredores ou
faixas exclusivas para ônibus.
“Transformar
as cidades significa devolvê-las às pessoas. Para isso acontecer, será preciso
uma mudança de paradigmas”, ensina o presidente da Etev. O que significa
dizer que no futuro, diz ele, deve-se buscar restringir o uso dos carros, aumentar
as intervenções nos passeios públicos, incentivar o uso de modais não
motorizados e priorizar o transporte coletivo. “Assim estaremos
humanizando as cidades, mudando o conceito de transporte, abrindo mais espaços
para os ônibus, ciclovias e calçadas”, finaliza Luiz.