Lei do Silêncio dentro de ônibus é letra morta em João Pessoa

De Jornal da Paraíba Imagens Paulo Rafael Viana / Acervo Paraíba Bus Team Uma lei que virou letra morta e só existe no papel. Assim é a Lei Estadual n° 9.977/2013, que proíbe a utilização de aparelhos ...

De Jornal da Paraíba
Imagens Paulo Rafael Viana / Acervo Paraíba Bus Team

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Uma lei que virou letra morta e só existe no papel. Assim é a Lei Estadual n° 9.977/2013, que proíbe a utilização de aparelhos sonoros ou musicais no modo ‘auto-falante’ dentro de ônibus. Em João Pessoa, as reclamações são frequentes pelos usuários do transporte coletivo. Nesta quinta-feira (2), uma usuária postou o ‘desabafo’ nas redes sociais, sobre a situação vivida na volta para casa, depois de um dia de trabalho.

“Lei do silêncio nos ônibus em João Pessoa? Não no Circular 5100, ônibus 0787, neste final de tarde”. Segundo o relato da mulher, o som (tocava Zeca Pagodinho) vinha da direção do cobrador. Ela disse também não ter localizado a placa informando sobre a existência da Lei do Silêncio, como ficou popularmente conhecida.

“O curioso é que sumiu a plaquinha que costuma informar aos usuários a lei que proíbe tal prática. Um saco ter que se incomodar com essas aparentes pequenas coisas, frustrante ver que andamos a passos de tartaruga rumo à civilização”, declarou a usuária.

A fixação do aviso é obrigatória, e deve ser feita com letras legíveis e de fácil visualização, contendo a seguinte expressão: “É proibido o uso de aparelhos sonoros ou musicais no interior deste transporte, sem a utilização de fones de ouvido, sob pena de retirada do infrator e multa, conforme lei estadual n° 9.977/2013”.

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Mais uma para o motorista

Se a lei fosse cumprida na prática, seria mais uma tarefa a ser feita pelos motoristas – que já acumulam a tarefa de cobrador, função extinta em bom número dos ônibus de João Pessoa. Ou seja, eles teriam que dirigir, passar troco e retirar os passageiros que se recusassem a baixar o volume do som. Como essa situação parece improvável, resta esperar pela sensatez e educação dos usuários.

A mulher continua o relato destacando que por ter passado por sessões de quimioterapia recentemente tem uma maior sensibilidade ao barulho, que causa uma série de reações indesejadas no paciente. “E, sim, sonho com um transporte público de qualidade. Fica a dica para o novo homem forte da AETC-JP: mais qualidade e mais treinamento para os profissionais que trabalham na área, com uma jornada de trabalho nada fácil, porque as empresas precisam também investir no seu capital humano, afinal de contas, esse tipo de coisa só acontece porque alguém permite, não é mesmo?”, pontuou.

Nova gestão na Sintur-JP

A reclamação da usuária representa um dos desafios para o gestor Isaac Moreira, que passa a ocupar o lugar de Mário Tourinho na direção do Sindicato dos Transportes Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP). A substituição foi anunciada na quarta-feira (1°).


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