Operadores de ônibus de João Pessoa anunciam greve com início na terça-feira (20)

Sindicato da categoria aguarda posição dos empresários quanto a propostas; caso não haja acordo, haverá greve.
Image

Por Portal Correio
Imagens
Paulo Rafael Viana / Rodrigo Gomes

Os operadores de ônibus de João Pessoa anunciaram que vão entrar em greve a partir da 0h de terça-feira (20). As informações foram confirmadas ao Portal Correio pelo presidente do Sindicato dos Motoristas Rodoviários, Claudemir Bezerra Nascimento.

Ele explicou que a categoria reivindica o retorno de comissões, que foram cortadas; retorno do 50% do ticket de alimentação; retorno dos cobradores em linhas de grande movimento; retorno dos operadores que foram demitidos de abril do ano passado até agora; fim da dupla jornada; implantação de ponto eletrônico; reparações por demissões irregulares; fardamento, que seria entregue duas vezes por ano, mas não é entregue há três anos; pagamento de horas extras e vacinação contra Covid-19.

Conforme o presidente, as reivindicações foram decididas em assembleia da categoria, ocorrida no dia 13 de abril.

Bezerra disse que o sindicato aguarda até segunda-feira (19) uma posição do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de João Pessoa (Sintur) para que haja um acordo sobre as reivindicações. Caso não se chegue a um consenso, os operadores vão parar as atividades.

IMG 8245

O Sintur informou, em nota, que foi surpreendido nesta sexta-feira (16) com o anúncio de greve. “As empresas concessionárias estão cumprindo rigorosamente com todas as cláusulas do dissídio coletivo vigente homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PB)”.

“O que a gente recebeu foi uma correspondência avisando da greve. Não recebemos nenhuma pauta de reinvindicação. Estaremos sempre disponíveis ao diálogo. O que for cabível eu vou empreender para que a greve não aconteça. Uma greve agora não é bom para ninguém”, disse Isaac Júnior, diretor do Sintur.

O Sintur-JP informou que está aberto ao diálogo e empenhando em encontrar soluções para permitir que o transporte coletivo, um direito de todos e uma atividade essencial, continue a operar normalmente.