Por A Voz da Serra
Nessa terça-feira, 3, a novela do transporte público em Nova Friburgo ganhou mais um capítulo: a Nova Faol informou, através de um comunicado, que protocolou junto à Secretaria de Governo Geral da Prefeitura de Nova Friburgo um requerimento de retratação da entrega do serviço de transporte coletivo municipal, promovida em 15 de abril passado. A empresa alegou, na nota, que só entregou o serviço devido ao desequilíbrio financeiro provocado pela pandemia da Covid-19. Com o isolamento social, consequentemente, houve a queda da circulação de pessoas e de pagantes do transporte público. “Tais considerações técnicas e financeiras foram amplamente apresentadas e reiteradas à 3 Vara Cível de Nova Friburgo, em 25 de maio”, diz a nota.
A Nova Faol informou ainda que, com essa medida, pretende continuar mantendo a operação do transporte público pelo tempo que for necessário, independentemente do desfecho da contratação emergencial do mesmo serviço ou da realização de novo certame pela Prefeitura.
A nota também informa que, através desse pedido, a empresa pretende continuar operando mesmo depois do prazo determinado pela liminar da Justiça que a obriga a prestar o serviço de transporte público até o próximo dia 24 de agosto (60 dias contados a partir de 25 de junho), que podem ser prorrogáveis por mais 30 dias.
O que diz a prefeitura
Também em nota, a Prefeitura de Nova Friburgo disse que recebeu o pedido de retratação do requerimento de entrega do serviço de transporte coletivo e fará a análise do documento. O governo municipal, no entanto, enfatiza que existe um contrato assinado com outra empresa e que o processo de transição encontra-se em andamento, não cabendo, portanto, qualquer manifestação neste momento a respeito das intenções da atual prestadora do serviço.
Membros da CPI definem funções
Enquanto isso, na Câmara dos Vereadores, membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público vão se reunir nesta quarta-feira, 4, momentos antes da sessão ordinária que começa às 18h, para definir as funções de cada um na comissão. Os vereadores Piscilla Pitta, Maicon Queiroz, Vanderléia Abrace Essa Ideia, Carlinhos do Kiko e Ângelo Gaguinho foram os escolhidos para integrar a CPI.
Os vereadores têm 120 dias para investigar, convocar depoentes e analisar toda a documentação do contrato emergencial da prefeitura com a empresa de ônibus Itapemirim. No final desse prazo, um relatório final deve ser apresentado. De acordo com informações da assessoria da Câmara, a empresa Itapemirim Group não é impedida de assumir o serviço enquanto transcorre a CPI.
O pedido de instalação da CPI foi feito pelos vereadores Priscila Pitta (Cidadania) e Maycon Queiroz (PSC), e apoiado pelos vereadores Ângelo Gaguinho, Carlinhos Do Kiko, Christiano Huguenin, Isaque Demani, Vanderléia Abrace Essa Ideia e Joelson Do Pote. Por cumprir os requisitos regimentais, como a assinatura de um terço dos vereadores, requerimento constando prazo certo para funcionamento e fato determinado, o pedido não precisou ser votado.