Com variação de preços, assentos premium ficam mais baratos que os convencionais

Levantamento da plataforma de comparação BuscaOnibus mostra comportamento de preços flexível de passagens rodoviárias em algumas das principais rotas do país.
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Em algumas das principais rotas do país, viajar em assentos “premium”, como Semi-leito, Leito e Cama, tem se tornado mais barato do que nas categorias de entrada, como Executivo e Convencional. É o que mostram dados entre janeiro e abril de 2022 levantados pelo BuscaOnibus, plataforma que oferece serviço de comparação de preços reunindo informações de 250 empresas de transporte rodoviário do país. 

Na rota São Paulo/Rio de Janeiro (gráfico 1, à direita), os assentos da categoria Semi-Leito foram oferecidos como as opções mais baratas para viajar (valor mínimo de R$ 14,90), além dos assentos Leito (R$ 29,91), segunda categoria mais premium dos ônibus, que apresentaram preços menores do que os da classe Executivo (R$ 37,7). O mesmo aconteceu no trecho Belo Horizonte/São Paulo (gráfico 2, à esquerda), em que viagens de assento Convencional (R$ 49,90) custavam mais do que Leito (R$ 29,90) e Semi-Leito (R$ 34,99).

“Estes exemplos citados mostram que as empresas do setor vêm buscando melhorar cada vez mais a experiência dos viajantes, além de explorarem muito mais a dinamicidade de preços, assim como acontece no aéreo”, comenta José Almeida, CEO e fundador do BuscaOnibus. 

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Foi possível até encontrar trechos onde todos os assentos premium, Semi-leito, Leito e Cama, tiveram os melhores preços para viajar (entre R$ 5 e R$ 22), com uma diferença enorme frente às categorias de entrada do setor rodoviário (na faixa de R$ 30). É o que acontece na rota Florianópolis/Curitiba (gráfico abaixo).

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“Percebemos que a entrada de novos players no mercado, como Buser e FlixBus, tem influenciado diretamente, pois trazem consigo alta tecnologia de precificação dinâmica e bons serviços aos viajantes, forçando assim as operadoras tradicionais a recuarem seus preços e melhorarem os serviços oferecidos.”, conclui Almeida, do BuscaOnibus.