Nos 70 anos do Grupo A. Cândido três gerações da família e colaboradores se unem para reverenciar a memória e legado do Sr. Argemiro Cândido

Evento ocorreu neste domingo 11/12, na garagem da Nacional, no bairro Dinamérico, em Campina Grande.
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“Ele foi um desbravador, saiu do interior, não sabia ler, nem escrever e começou a construção deste império que hoje a gente chama de Grupo A. Cândido. Devemos tudo isso ao idealismo e a força de trabalho dele”, afirmou a empresária, Lourdes Pereira, uma das filhas do Sr. Argemiro Cândido, numa reverência à memória e ao legado deste visionário empreendedor que começou, em 1952, a história do Grupo que hoje é um dos mais fortes do Nordeste, com várias empresas, atuações em diferentes ramos de negócios e que conta com a força de trabalho de mais de três mil pessoas. Neste domingo (11), três gerações da família Cândido estiveram reunidas com colaboradores para celebrar os 70 anos do Grupo e os 40 anos da Transnacional de Campina Grande. O momento, que aconteceu na garagem da Nacional, no bairro Dinamérico, em Campina Grande, também contou com a participação do Pe. José Ivanildo, que celebrou uma missa em ação de graças. Nesta segunda-feira (12) completou três anos de falecimento do Sr. Argemiro Cândido.

Seu Argemiro Candido foi um visonario empreendedor

E, de fato, como estava escrito no convite, a celebração foi mesmo uma comemoração cheia de boas lembranças e união. Boas lembranças porque o legado do Sr. Argemiro Cândido, que começou transportando trabalhadores para a construção de Brasília, na década de 50 em um caminhão ‘pau de arara’ e depois, de ônibus, para São Paulo e Rio de Janeiro, é muito positivo sob vários aspectos. “Trabalho, visão de futuro, simplicidade e sabedoria são questões que traduzem o que foi meu pai para todos nós. Ele era um empreendedor nato, um homem de uma visão extraordinária, que nos deixou grandes lições e ensinamentos”, destacou o diretor executivo do Grupo, Agnelo Cândido, que estava acompanhado da esposa Fátima e dos filhos Gustavo e Rodrigo, e netos.

  • Seu Argemiro era uma pessoa simples que nunca se deixou envolver por vaidades
  • Seu Argemiro e Dona Inacia
  • Agnelo e o pai numa das solenidades que seu Argemiro foi homenageado
  • Agnelo Candido com Seu Argemiro
  • Alberto Nascimento com seu Argemiro

Sobre união, o diretor de Operações do Grupo, Alberto Pereira destacou algo muito importante para solidez e continuidade dos negócios que foi ensinado por Seu Argemiro aos filhos e que estes passaram para seus sucessores e que, certamente, a quarta geração irá perpetuar. “Ele foi muito importante para todos nós, sempre imprimiu respeito a todos e ensinou a gente a não brigar nem pelo poder, nem pelo dinheiro e isso foi muito importante e fundamental na construção de nossa trajetória de sucesso e continuará sendo com as gerações que vai nos suceder”, reiterou o empresário que estava acompanhado da esposa, Gisa Nascimento, dos filhos Leandro, Lorena e Larissa, além de netos.

Lourdes Pereira filha
Lourdes Pereira, filha

Coube à filha de Alberto, Lorena Dantas, abrir a celebração dando as boas-vindas aos presentes. Em sua fala, ela reiterou a importância da união na condução dos negócios do Grupo. “Como toda boa embarcação conta com um comandante e sua tripulação, com o nosso Grupo não é diferente. Nosso comandante, meu avó, nos ensinou que os desafios e conquistas não seriam possíveis se a nossa família não estivesse unida. Somos uma família forte e trabalhadora e que se move uns pelos outros”, disse ela, lembrando que por ser um grupo familiar, se trabalha muito com os colaboradores o conceito de família. “Independente da função, todos têm importância. O nosso Serviços Gerais, por exemplo, é quem limpa os ônibus para que os nossos clientes possam ter uma viagem agradável, portanto, há diferentes funções nas empresas, mas, não há distinção de importância, pois cada um tem um papel importante a desempenhar como uma grande família”, disse Lorena.

Lorena Dantas neta

O empresário Gustavo Cândido falou em seguida e reforçou o que disse a prima que o antecedeu. “Quando falamos da família A. Cândido não fazemos referência apenas ao sangue, porque entendemos que os laços também unem as pessoas e vão além do DNA”, afirmou ele. Sobre as lembranças que tem do avó, Gustavo disse que ele era muito trabalhador e determinado, cumpridor de seus compromissos e honesto. “Eu não quero que ninguém pegue o que é meu e também não quero nada dos outros. Essa foi uma grande lição que aprendi com ele”, destacou Gustavo.

Gustavo Candido neto

Larissa falou na sequência e enalteceu a importância de dividir com os familiares e colaboradores o sucesso dos negócios. “Ninguém faz nada sozinho, nem vai tão longe como fomos. Nós temos um grande respeito pelos colaboradores e nos tratamos como uma grande família, tanto que muitos profissionais que iniciaram com meu avó, com meu pai, meu tio e minha tia continuam presentes em nosso dia a dia”, afirmou ela. Sobre as lembranças que tem, Larissa destacou o legado de muito trabalho, humildade e coragem. “Meu avó é alguém que quando a gente pensa, a gente acredita que é possível ir atrás dos sonhos e também incentivar as outras pessoas a sonharem também. Seu Argemiro foi um dos grandes empreendedores deste país e eu acredito que daqui uns 50 anos, a gente vai estar em outros locais do Brasil e até do mundo, em outras áreas também, fortes e com os mesmos valores”, afirmou Larissa.

Larissa Nascimento neta

Depois, os netos de Seu Argemiro, Leandro Nascimento e Rodrigo Cândido, se pronunciaram. “Além de ele ser meu avó, foi também um líder para mim, porque não podemos esquecer que tudo começou com ele, que sempre nos guiou com seus ensinamentos e exemplo. A força do trabalho deve ser nosso norte, sempre, para continuidade do fortalecimento e expansão dos nossos negócios. Essa orientação herdamos dele”, disse Leandro. Rodrigo reforçou a importância da perpetuação do trabalho que é feito por várias mãos e mentes. “No nosso Grupo, não existe uma pessoa ou duas, mas um conjunto. Meu avó era um homem muito correto, muito cumpridor de palavra. O que ele falava, não precisava estar anotado num papel. Ter palavra, compromisso é o que eu mais levo de meu avó. O grande desafio é fazer essa terceira geração se manter desbravadora como ele foi e nossos pais são. Ter mais coragem que medo porque crescer é acreditar no futuro”, destacou Rodrigo.

  • Leandro Nascimento neto
  • Rodrigo Candido neto

Em seguida, falou os empresários Agnelo Cândido, Alberto Nascimento e Lourdes Pereira (Lourdinha). Os três filhos do Sr. Argemiro reforçaram a importância do trabalho aliado a fé, da coragem calcada na responsabilidade e da grande família A. Cândido que se formou e que tem a responsabilidade de dar continuidade ao legado do patriarca do Grupo. “Meu pai nunca olhou somente para a família de sangue e sempre buscou ajudar para dar condições para que os funcionários dele tivessem uma boa condição de viver e de trabalhar. Trazer o funcionário para perto da direção da empresa e respeitá-lo é o que faz a empresa crescer”, disse Lourdinha, lembrando também que Dona Inácia, sua mãe, foi um alicerce importante nessa trajetória. “Meu pai viajava muito e quem ficava em casa era ela. Ela ajudou muito ao nosso pai a construir esse Grupo, sendo um pilar na nossa vida e na edificação do Grupo também”, reiterou Lourdes Pereira.

  • Alberto Pereira destacou a uniao do Grupo
  • Agnelo Lourdes e Alberto sao socios em varias empresas do Grupo
  • Agnelo enalteceu o exemplo de seu pai

Alberto lembrou que muito da força do Grupo se traduz na união de seus integrantes. “A história de minha família, de minha vida, de dedicação e trabalho e de muitas glórias que a gente conseguiu ao longo destes sete décadas se deve não apenas a nossa união, mas, de todos que integram nossas empresas”, destacou Alberto, fazendo uma breve retrospectiva dessa trajetória. “Em 1977, o Grupo começou a atuar também como empresa de transporte urbano. Em 1980, tive a oportunidade, ajudado pelo meu pai, de comprar a empresa Gado Bravense. Em 1982, eu e Agnelo viramos sócios e criamos a Transnacional, em Campina Grande, que completou este ano 40 anos de atividades. Operava a linha de Lagoa Seca, depois outras linhas e, em 1984, compramos a empresa São Domingos, de Campina Grande, ampliando a Transnacional que em 1986, chegou ao mercado da capital paraibana”, contou ele.

  • O grupo tem mais de 500 motoristas
  • No Grupo nao ha distincao de pessoas todos sao importantes no que fazem
  • O Grupo tem mais de 3 mil funcionario sendo muitos deles mecanicos
  • Colaboradores das revedes Mercedes Benz

Agnelo lembrou o exemplo de seu pai. “Ele era uma pessoa muito especial, de convivência amável, um cara extremamente educado e muito família. Ele é um exemplo que merece ser lembrado e elogiado por toda a trajetória dele. E graças também a ele, nós temos uma equipe harmônica e já estamos preparando a nossa sucessão e, neste aspecto, desejamos que nossos filhos copiem os bons exemplos do avó e dos pais”, destacou Agnelo. O empresário, que herdou a visão de águia do pai e atua como estrategista do Grupo, adiantou que há um projeto futuro em gestação que é fazer um IPO nas empresas. A ideia é fazer com que as nossas companhias saiam deste mercado privado e passe para o mercado global, a exemplo do que outras grandes empresas já fazem, distribuindo ações com os colaboradores, porque entendemos que quando a gente divide participação e lucro a gente consegue ir ainda mais longe”, frisou o empresário que mencionou os amigos, Carlos Batinga e o advogado Marcos Neto, como referências importantes em vários momentos do Grupo, assim como a ajuda do empresário Pedro Alcântara que acreditou no empreendedorismo dele e colaborou no financiamento da compra da Transnacional, numa época em que o mercado financeiro era muito restrito e de difícil acesso.

Durante a celebracao foi exibido videos com depoimentos dos familiares

Em vários momentos da celebração, entre uma fala e outra, os presentes puderam assistir vídeos com depoimentos dos familiares do Sr. Argemiro Cândido que enalteciam sua determinação, coragem, empreendedorismo, suas lições de vida, seus ensinamentos, sua maneira humilde de se comportar e tratar as pessoas, sua fala mansa, porém firme e de sua visão empresarial que sempre valorizou a união do capital com o trabalho. Os netos Yanna Lima e Yuri Lima também falaram, mas em vídeos. “Meu avó era uma liderança nata. Ele tinha um poder de encantar as pessoas, seja na área pessoal ou profissional e todos tinham muito carinho por ele”, disse Yanna. “A gente conversava sobre tudo e ele me orientava, me dava direcionamento. Minha relação com meu avó sempre foi muito próxima. Eu espero que daqui a 70 anos a gente esteja maior ainda e que nossos filhos também façam parte das empresas com profissionalismo e muita união”, destacou Yuri.

O neto Yuri Lima

A celebração foi encerrada com uma missa conduzida pelo Pe. José Ivanildo, seguida de um almoço para todos os presentes servido no mesmo local da cerimônia. Todos os presentes receberam uma caneta e um cartão para escrever num espaço como eles enxergavam o Grupo nos próximos 70 anos. Os cartões com as respostas foram colocados numa urna que só será aberta em 10 anos, na comemoração dos 80 anos. Até lá, a prevalecer essa união, trabalho e coragem, com certeza o Grupo A. Cândido estará ainda maior e mais forte!

  • O Pe. Jose Ivanildo celebrou a missa em acao de gracas
  • A entrada da imagem de Nossa Senhora deu inicio a liturgia celebrada pelo Pe. Jose Ivanildo
  • A celebracao foi restrita a familiares de Seu Argemiro e colaboradores das empresas da Paraiba
  • A celebracao aconteceu na sede da garagem da Nacional em Campina Grande
  • A celebracao aconteceu na garagem da Nacional

Breve retrospectiva histórica do Grupo A. Cândido

Tudo começou em 1952, quando seu Argemiro Cândido com poucos recursos, mas muita coragem, desbravou as estradas que separavam à Paraíba do Planalto Central, levando trabalhadores em caminhões ‘pau de arara’ para atuarem nas obras de construção de Brasília. Em 1960, as viagens tomaram o rumo do Sudeste. Rio de Janeiro e São Paulo eram os destinos, já operando com a empresa Expresso Alvorada que depois, com a ampliação dos negócios, passou a ser denominada Nacional. Em 1977, o Grupo entra no segmento de transporte de passageiros. Depois surge a Rodoviário Nordestino, de transporte de cargas líquidas, que está sediada em Campina Grande, mas opera em vários estados. Em 1980, Alberto, com a ajuda do pai, compra a empresa Gado Bravense. 

  • Passageiros de Seu Argemiro Candido
  • O famoso onibus pau de arara

Em 1982, começa a operação da Transnacional Campina Grande, que este ano completa 40 anos de fundação, numa primeira sociedade de muitas outras que se sucederam, dos irmãos Agnelo, Alberto e, posteriormente, Lourdes Pereira. Em 1984, acontece a compra da São Domingos, ampliando a empresa, que chega ao mercado de João Pessoa, dois anos depois, em 1986. De lá para cá, em datas diferentes, o Grupo amplia sua participação no mercado com cinco concessionárias Mercedes-Benz, que vendem peças e acessórios, além de caminhões e ônibus novos, que junto atuam com revendas Michelin, mais seis concessionárias de automóveis Volkswagen, sendo três em Natal e outras três em Fortaleza, além de duas concessionários de automóveis Mercedes-Benz, sendo uma em Natal e outra em Maceió. Além disso, o Grupo que é genuinamente nordestino atua também nas áreas de tecnologia e imobiliária. “O nosso grande desafio agora é fazer com que nossos filhos continuem esse legado como meu pai fez conosco”, frisa Agnelo Cândido.

Antigo onibus da Transnacional Campina Grande

Fonte: News Comunicação