Empresa deve entregar duas linhas intermunicipais na Bahia

Decisões da Atlântico somam-se ao encerramento das atividades da Costa Verde, gerando incertezas para milhões de passageiros na Bahia
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O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Metropolitano (Sindmetro) surpreendeu nesta sexta-feira (03) ao anunciar a devolução de duas linhas metropolitanas operadas pela empresa Atlântico, revelando uma nova reviravolta no já tumultuado cenário do transporte na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A declaração foi feita pelo presidente do sindicato durante uma entrevista para a TV Bahia. As linhas afetadas, que partem do Terminal Aeroporto para destinos turísticos cobiçados do litoral norte, são a 138URB Terminal Aeroporto x Praia do Forte e a 807URB Terminal Aeroporto x Monte Gordo. A informação foi dada inicialmente pelo site Buzu 071.

Essa notícia chega em um momento de grande instabilidade para o sistema de transporte da RMS, que ainda está se recuperando do impacto do encerramento das atividades da empresa Costa Verde em 30 de abril. A Costa Verde, uma das principais operadoras da região metropolitana, alegou dificuldades financeiras e a possível redução do roteiro de suas principais linhas como motivos para sua saída do sistema.

Em um cenário similar, a empresa Avanço também anunciou a devolução de parte de suas linhas a partir do próximo dia 14 de maio. A Avanço, que conecta diversas cidades da Região Metropolitana de Salvador, citou problemas financeiros semelhantes aos da Costa Verde, além da concorrência com o transporte clandestino e a falta de licitação do transporte metropolitano como fatores contribuintes para a crise.

As devoluções das linhas pela Atlântico e Avanço, somadas ao encerramento das atividades da Costa Verde, colocam em risco a estabilidade do sistema de transporte metropolitano que atende milhões de baianos. Os passageiros enfrentam incertezas quanto à continuidade dos serviços e à qualidade do transporte, que já vinha recebendo constantes reclamações.

Essa crise no transporte metropolitano reflete um problema mais amplo de infraestrutura e gestão, que demanda uma atenção imediata da gestão estadual, principalmente da AGERBA, responsável direta pelo gerenciamento do sistema. Enquanto soluções não são apresentadas, a população segue esperando por respostas e pela garantia de um serviço essencial que conecta a região metropolitana de Salvador à capital baiana.

Imagem: Rava Ogawa

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