Prefeitura de São Paulo contrata auditoria privada para analisar empresas de ônibus sob suspeitas de ligação com o PCC

A Transwolff e UPBus, suspeitas de ligação com PCC, estão desde abril de 2024 sob intervenção municipal.
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Quase quatro meses após assumir o controle das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, suspeitas de ligação com a facção criminosa PCC, a Prefeitura de São Paulo contratou a Fundação Vanzolini para auxiliar na gestão dessas concessões. A contratação visa a realização de uma avaliação independente dos processos de operação e gestão nas concessionárias, com o objetivo de apoiar o trabalho das equipes dos comitês de intervenção.

A Fundação Vanzolini receberá R$ 1,5 milhão pelo serviço, com prazo de execução até o final de setembro. Entre as análises a serem entregues está o detalhamento da identificação de potenciais perigos e riscos ao negócio das empresas e à continuidade da prestação do serviço público.

A decisão de intervir nas empresas foi tomada pela gestão de Ricardo Nunes (MDB) e é respaldada por deliberação judicial e determinação municipal. As equipes de intervenção estão focadas em garantir a manutenção do transporte público para a população.

A operação liderada pelo Ministério Público de São Paulo, realizada em abril, visou dirigentes das duas empresas, que são responsáveis pelo transporte de cerca de 700 mil passageiros diariamente e receberam cerca de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo em subsídios em 2023. A principal suspeita é que as empresas estariam envolvidas em atividades de lavagem de dinheiro para o PCC.

Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, presidente da Transwolff, foi preso durante a operação, mas liberado em seguida por decisão judicial. No último dia 16 de julho, Ubiratan Antônio da Cunha, presidente afastado da UPBus, foi preso por descumprimento de medidas cautelares.

A defesa de Pandora, afirmou ao jornal Folha de São Paulo que as ações recentes têm causado situações traumáticas para a presidência e diretoria. De acordo com o publicado pelo jornal, a equipe não conseguiu contato com representantes da UPBus para obter uma posição oficial.

A operação, denominada Fim da Linha, contou com a colaboração da Polícia Militar, Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Receita Federal. A UPBus já havia sido alvo de uma operação pelo Denarc (Departamento de Combate ao Narcotráfico) em 2022, e a inclusão da Transwolff na investigação foi um desdobramento significativo para o combate ao crime organizado.

Imagem: Reprodução/TEVX Higer

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