Nesta segunda-feira (11), um acidente envolvendo um ônibus na Bahia deixou quatro mortos e 15 feridos. Ele aconteceu praticamente um mês após outro acidente no mesmo estado ferir 17 passageiros e matar outros quatro. Também nesta semana torcedores do Flamengo foram filmados viajando no teto de um ônibus absolutamente precário na volta ao Rio de Janeiro, após jogo em Belo Horizonte, em um flagrante risco à vida.
O que esses fatos têm comum? Todos envolvem empresas que não tem autorização para o transporte regular interestadual de passageiros, colocando em risco a segurança e a vida não só dos usuários do serviço como de todos que trafegam pelas estradas no Brasil.
Não é de hoje que a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) vem alertando para esse problema, que tem se tornado cada vez mais frequente e letal. A conselheira da Associação, Letícia Pineschi afirma que a utilização do transporte clandestino pode parecer banal, mas ela causa um impacto negativo que recai sobre a qualidade dos serviços disponíveis no mercado. “Quando alguém opta por um serviço irregular seja essa escolha determinada pelo preço ou outra facilidade, contribui para um mercado ilegal que perpetua um atraso econômico em várias camadas que afetam diretamente toda a sociedade”.
Ela lembra, ainda, que há diversas opções de horários, tipos de ônibus (convencional, executivo, semi leito, leito, leito cama e cama) e valores que atendem às variadas necessidades e realidades dos brasileiros. “Diversas empresas regulares fazem o trajeto entre as cidades que foram palco das tragédias anunciadas, o que comprova a oferta de transporte seguro, confiável e eficiente para viagens de turismo em todo o Brasil”, explica.
Vale lembrar que, além da obrigatoriedade do cumprimento das normas de segurança por parte dos passageiros, os motoristas das empresas regulares passam por rigorosos treinamentos, são submetidos a testes toxicológicos contínuos e têm acesso a alojamentos para garantir o descanso adequado, afastando o risco de acidentes.
Imagens: Reprodução Redes Sociais / Globo News