A produção de ônibus no Brasil registrou um expressivo crescimento em fevereiro de 2025, alcançando 1.885 unidades fabricadas. O número representa um aumento de 400 carrocerias em relação ao mês anterior e um salto de 16,72% na comparação com fevereiro de 2024, quando foram produzidas 1.615 unidades. Os dados, divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS), evidenciam a recuperação do setor de transporte coletivo, impulsionada pelo reaquecimento econômico e pela crescente demanda por mobilidade urbana e rodoviária.
Disputa acirrada entre Caio e Marcopolo domina o mercado
O cenário industrial segue marcado pela forte concorrência entre as fabricantes Caio e Marcopolo. A Caio manteve sua liderança no mercado nacional com a produção de 601 carrocerias em fevereiro, consolidando sua posição especialmente no segmento de ônibus urbanos, onde fabricou 544 unidades.
Por outro lado, a Marcopolo, que produziu 563 carrocerias no mesmo período, destacou-se no segmento de ônibus rodoviários, com 294 unidades fabricadas — representando 52,5% da produção nacional para esse tipo de veículo. A diferença de apenas 38 unidades entre as duas montadoras reforça a intensa disputa pelo mercado e a relevância de ambas para o setor.
Ônibus urbanos lideram produção
O segmento de ônibus urbanos continua sendo o principal motor da indústria, com 850 unidades fabricadas em fevereiro. A Caio lidera esse nicho, seguida pela Marcopolo, com 196 unidades, e pela Mascarello, com 110 unidades.
Nos micro-ônibus, foram produzidas 455 unidades. A Neobus/Ciferal foi a principal fabricante, com 202 unidades, seguida pela Mascarello (123), Marcopolo (73) e Caio (57). Esses veículos são fundamentais para regiões suburbanas, transporte escolar e deslocamentos de curta distância.
Já no segmento rodoviário, foram fabricadas 560 unidades, sendo a Marcopolo a líder absoluta, com 294 unidades. Busscar (98), Comil (88) e Mascarello (14) também apresentaram produção significativa.
O setor de ônibus intermunicipais registrou a produção de apenas 20 unidades, todas fabricadas pela Mascarello, refletindo os desafios desse segmento específico.
Exportações seguem em crescimento
No mercado internacional, o Brasil exportou 197 ônibus em fevereiro, um crescimento de 109,3% em relação a janeiro. A Marcopolo liderou as vendas externas, com 108 unidades exportadas, seguida pela Irizar (66), Busscar (11), Comil (10), e Caio e Mascarello, com uma unidade cada.
No acumulado de 2025, o país exportou 291 unidades, consolidando sua posição no mercado global de transporte coletivo. A Marcopolo segue como principal exportadora, com 167 unidades enviadas ao exterior, enquanto Irizar, Busscar, Comil, Mascarello e Caio complementam o volume exportado.
Setor aquecido e perspectivas positivas
Nos dois primeiros meses de 2025, a produção total de ônibus no Brasil atingiu 3.370 unidades, confirmando o aquecimento do setor. A Caio lidera o ranking com 1.186 unidades fabricadas, seguida de perto pela Marcopolo, com 900. Outras fabricantes também tiveram participação relevante: Mascarello (488), Neobus/Ciferal (299), Comil (245), Busscar (177) e Irizar (75).
A distribuição por segmentos mostra a predominância dos ônibus urbanos, que representam 47,66% da produção total do ano, seguidos pelos rodoviários (28,55%) e micro-ônibus (22,73%). O segmento intermunicipal, com apenas 1,07% do total, continua sendo o mais desafiador para as montadoras.
Com a retomada econômica, a demanda por transporte coletivo em ascensão e um mercado de exportação promissor, a indústria de ônibus no Brasil segue em um momento positivo. As projeções indicam que 2025 pode ser um ano de consolidação do crescimento e expansão para novos mercados, beneficiando tanto a produção interna quanto as exportações.
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Imagens: Divulgação Marcopolo / Thalison Santos / Divulgação Busscar
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