O segundo dia de greve dos rodoviários no Grande Recife começou com novos transtornos nesta terça-feira (13). Diversos ônibus que conseguiram sair das garagens foram bloqueados na Avenida Agamenon Magalhães, nas proximidades da Praça do Derby, na área central do Recife. A manifestação, iniciada nas primeiras horas da manhã, foi encerrada por volta das 7h30, mas já havia causado grande impacto no deslocamento da população.
A agenda dos rodoviários para esta terça-feira inclui duas atividades principais: uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir a situação dos funcionários da empresa Vera Cruz, e uma sessão de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), marcada para as 14h.
Na segunda-feira (12), o TRT-6 determinou que, durante a greve, 60% da frota de ônibus operasse nos horários de pico e 40% no restante do dia. No entanto, a Urbana-PE, entidade que representa as empresas de ônibus, informou que apenas cerca de 23% da frota total estava em operação no primeiro dia de paralisação.
Contexto da greve dos rodoviários
A greve dos rodoviários no Grande Recife é resultado de impasses na negociação salarial da categoria, que vem sendo discutida nos últimos meses. Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 5% acima da inflação, a retirada do controle de jornada por GPS, a implementação de um plano de saúde, além de um aumento do vale-alimentação para R$ 720 e um adicional de R$ 500 para aqueles que exercem dupla função.
As empresas, representadas pela Urbana-PE, ofereceram um aumento de 0,5% acima da inflação, um acréscimo de R$ 34 no vale-alimentação, e um adicional de R$ 180 para dupla função, mas recusaram as demandas por plano de saúde e a retirada do controle por GPS, mantendo o impasse que levou à paralisação.
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