A Justiça do Trabalho rejeitou o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP) para suspender a greve dos motoristas de ônibus na capital paraibana. A decisão foi proferida pela desembargadora Federal do Trabalho Herminegilda Leite Machado e publicada inicialmente pelo site Paraíba Já.
O Sintur-JP havia solicitado tutela de urgência, alegando que o sindicato dos motoristas não cumpriu requisitos legais para iniciar a paralisação, como comunicação prévia e definição de percentual mínimo da frota em circulação. O sindicato patronal também destacou o impacto da greve na população e pediu que pelo menos dois terços da frota fossem mantidos em operação.
A desembargadora, no entanto, indeferiu o pedido, justificando que a paralisação realizada na última quinta-feira (16) foi breve e não gerou prejuízo significativo para a população. Segundo Herminegilda Leite Machado, a análise sobre a legalidade do movimento será feita no julgamento do dissídio coletivo.
Reivindicações e próximos passos
A greve dos motoristas em João Pessoa: Contexto e implicações
Os motoristas de ônibus reivindicam aumento de 15% no piso salarial, 150% na gratificação e 81% no vale-alimentação, além do retorno do benefício durante as férias e o fim da jornada dupla.
Com a decisão judicial, a categoria pode seguir com o plano de iniciar uma nova paralisação na próxima segunda-feira (27), caso as negociações com o Sintur-JP não avancem. Ronne Nunes, presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte da Paraíba, declarou que a decisão judicial fortalece a luta da categoria por melhores condições de trabalho e remuneração.
A continuidade do movimento grevista poderá trazer novos desdobramentos nos próximos dias, enquanto a população e as autoridades acompanham de perto o desenrolar das negociações.
Imagem: Júlio Barboza
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