Sete mi de pessoas gastam 1h ao trabalho

Fonte: Portal Webtranspo Matéria/Texto: Redação Webtranspo Foto: Rodrigo Soldon O trânsito é uma reclamação constante dos brasileiros, especialmente, aqueles que vivem em grandes centros urbanos. Um ...
Fonte: Portal Webtranspo
Matéria/Texto: Redação Webtranspo
Foto: Rodrigo Soldon

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O trânsito é uma reclamação constante dos brasileiros, especialmente, aqueles que vivem em grandes centros urbanos. Um levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que sete milhões de pessoas levam mais de uma hora para chegar ao seu local de trabalho, o que representa 11,4% dos cidadãos que prestam serviços fora de seus domicílios.

A região onde os habitantes levam mais tempo no trajeto casa/trabalho é a Sudeste. O Rio de Janeiro é o Estado campeão, com mais de 23% dos trabalhadores gastando mais de uma hora para trabalharem.
Nas capitais, São Paulo e Rio de Janeiro, a maior parte dos cidadãos empregados gasta entre 30 minutos e uma hora para chegarem aos locais de trabalho. Todavia, 6% dos paulistanos enfrentam uma situação pior, levam mais de duas horas para chegarem aos seus empregos. Já entre os cariocas este índice é de 4% e em Salvador este número atinge 2,57% dos habitantes.
Se considerado o Brasil inteiro, a maioria dos cidadãos empregados gasta entre seis e 30 minutos para chegarem ao trabalho, ao todo 52,2% levam este tempo, o que corresponde a 32,2 milhões de trabalhadores.
A pesquisa também revelou que, do total de 86 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas, 87,1% trabalham no próprio município e 10,1 milhões (11,8% do total) moram em um município, mas trabalham em outro. Os que se deslocam dentro da própria cidade somam 55 milhões, enquanto que os que trabalham em casa são 20 milhões.
No Norte, os percursos para o trabalho, normalmente, são mais longos, pois os territórios são grandes e influenciam no tamanho do trajeto.
Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), lembrou que muitas vezes os municípios com maior tempo no percurso casa/trabalho são cidades dormitórios. No entanto, o executivo reforça que mesmo assim os grandes centros urbanos devem investir em infraestrutura de transporte.
“O governo federal anunciou, até agora, só R$ 43 bilhões para o setor, e isso em apenas 24 cidades com mais de 700 mil habitantes. Mas nossas estimativas apontam para a necessidade de investimentos na ordem de mais de R$ 400 bilhões nos 286 municípios com mais de 100 mil habitantes”, explica o diretor.
De acordo com Santos, aproximadamente 90% do transporte coletivo nas grandes cidades é feito por ônibus e, por isso, é preciso investir com prioridade no sistema viário com faixas e corredores exclusivos. “Com essas medidas é possível melhorar a qualidade do serviço de ônibus, incentivar o uso do transporte coletivo e reduzir os congestionamentos. O que, consequentemente, reduz também o tempo de deslocamento”, afirmou.


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