Fonte: Canal do Ônibus
Matéria/Texto: Adamo Bazani
Diante da posição de três grupos: um chinês, um do
setor de ônibus e outro de credores, a Justiça de Joinville, em Santa Catarina,
vai analisar propostas para aquisição da encarroçadora Busscar, que em crise
desde 2008, acumula dívidas na ordem de R$ 1,3 bilhão – entre impostos e
débitos com credores – e vai para o 26º mês sem pagar salários de cerca de 5
mil trabalhadores, entre os vinculados ou os que já saíram da empresa mas que
têm créditos a receber.
setor de ônibus e outro de credores, a Justiça de Joinville, em Santa Catarina,
vai analisar propostas para aquisição da encarroçadora Busscar, que em crise
desde 2008, acumula dívidas na ordem de R$ 1,3 bilhão – entre impostos e
débitos com credores – e vai para o 26º mês sem pagar salários de cerca de 5
mil trabalhadores, entre os vinculados ou os que já saíram da empresa mas que
têm créditos a receber.
Por conta disso e da possibilidade da decretação da
falência da companhia, que já foi uma das principais do segmento, o juiz
Maurício Póvoas, suspendeu a Assembleia Geral dos Credores que teve início na
terça-feira, dia 22 de maio de 2012. A Assembleia iria decidir sobre a
aceitação ou não do Plano de Recuperação Judicial apresentado pela Busscar. Se
as votações resultassem em rejeição ao Plano, a falência da empresa seria
decretada. E os indicativos eram de que as propostas elaboradas pela encarroçadora
não teriam aprovação por parte dos credores, entre bancos (privados e o
BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social),
trabalhadores e fornecedores.
falência da companhia, que já foi uma das principais do segmento, o juiz
Maurício Póvoas, suspendeu a Assembleia Geral dos Credores que teve início na
terça-feira, dia 22 de maio de 2012. A Assembleia iria decidir sobre a
aceitação ou não do Plano de Recuperação Judicial apresentado pela Busscar. Se
as votações resultassem em rejeição ao Plano, a falência da empresa seria
decretada. E os indicativos eram de que as propostas elaboradas pela encarroçadora
não teriam aprovação por parte dos credores, entre bancos (privados e o
BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social),
trabalhadores e fornecedores.
O Sindicato dos Mecânicos de Joinville, que
representa os trabalhadores, já havia declarado publicamente que não era
favorável ao Plano. Outros credores, como o Banco Santander, o BNDES e ex
acionistas, que têm ligação com a família Nielson, também indicavam que
rejeitariam as propostas da empresa. A Busscar teve em outubro do ano passado a
oportunidade de apresentar um Plano para se recuperar.
representa os trabalhadores, já havia declarado publicamente que não era
favorável ao Plano. Outros credores, como o Banco Santander, o BNDES e ex
acionistas, que têm ligação com a família Nielson, também indicavam que
rejeitariam as propostas da empresa. A Busscar teve em outubro do ano passado a
oportunidade de apresentar um Plano para se recuperar.
No entanto, os descontos sobre os débitos, que
variam entre 5% e 95%, dependendo do tipo do credor, as carências e as estimativas
de produção não agradaram a boa parte das pessoas e empresas que têm a receber
da encarroçadora. A companhia já destacou na história com modelos de ônibus
como o Diplomata, ainda na época que se chamava Nielson, nome da família
fundadora e controladora da empresa.
variam entre 5% e 95%, dependendo do tipo do credor, as carências e as estimativas
de produção não agradaram a boa parte das pessoas e empresas que têm a receber
da encarroçadora. A companhia já destacou na história com modelos de ônibus
como o Diplomata, ainda na época que se chamava Nielson, nome da família
fundadora e controladora da empresa.
A Busscar previa produzir 1,8 mil carrocerias este
ano, recebendo R$ 335,6 milhões. Para atingir parte desta meta, contaria com um
plano do BNDES de financiamento a exportações de ônibus para a Guatemala, que ainda
não saiu do papel e responderia por R$ 120 milhões do faturamento previsto. Mas
até agora, em maio, a empresa fez pouco mais de 100 unidades de carrocerias de
ônibus. Com a decisão do juiz, a Busscar mais uma vez se livra da falência. Em
entrevista ao Blog Ponto de Ônibus, na tarde desta quinta-feira, dia 24 de
maio, o presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, Evangelista dos
Santos, disse que, apesar da ansiedade dos trabalhadores em logo definir a
questão, a entrada de novos investidores pode ser uma alternativa interessante
para a categoria e outros credores.
ano, recebendo R$ 335,6 milhões. Para atingir parte desta meta, contaria com um
plano do BNDES de financiamento a exportações de ônibus para a Guatemala, que ainda
não saiu do papel e responderia por R$ 120 milhões do faturamento previsto. Mas
até agora, em maio, a empresa fez pouco mais de 100 unidades de carrocerias de
ônibus. Com a decisão do juiz, a Busscar mais uma vez se livra da falência. Em
entrevista ao Blog Ponto de Ônibus, na tarde desta quinta-feira, dia 24 de
maio, o presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, Evangelista dos
Santos, disse que, apesar da ansiedade dos trabalhadores em logo definir a
questão, a entrada de novos investidores pode ser uma alternativa interessante
para a categoria e outros credores.
“Nunca desejamos a falência da Busscar.
Se fosse assim, poderíamos em assembléia no mês de junho de 2010 ter votado por
isso. Queremos dois pontos: que os trabalhadores sejam pagos, mas que também
sejam mantidos os empregos. Tudo de forma concomitante. Não adianta continuar
no emprego sem receber as dívidas que são de direito e nem receber as dívidas e
não ter oportunidade no mercado de trabalho. Vamos analisar as propostas agora
dos investidores quando for convocada a assembléia. Um plano de recuperação é,
de acordo com a lei, para recuperar a empresa e garantir o pagamento dos
credores e o Plano da Busscar não possibilitaria isso em nossa visão” – disse o presidente da entidade em entrevista
ao jornalista Adamo Bazani. Os credores têm 30 dias para apresentarem novas
propostas e o juiz em até dois meses deve convocar outra assembléia. Não está
descartada a possibilidade de união de credores para investirem na Busscar, que
agora pode ter o capital aberto por determinação judicial.
Se fosse assim, poderíamos em assembléia no mês de junho de 2010 ter votado por
isso. Queremos dois pontos: que os trabalhadores sejam pagos, mas que também
sejam mantidos os empregos. Tudo de forma concomitante. Não adianta continuar
no emprego sem receber as dívidas que são de direito e nem receber as dívidas e
não ter oportunidade no mercado de trabalho. Vamos analisar as propostas agora
dos investidores quando for convocada a assembléia. Um plano de recuperação é,
de acordo com a lei, para recuperar a empresa e garantir o pagamento dos
credores e o Plano da Busscar não possibilitaria isso em nossa visão” – disse o presidente da entidade em entrevista
ao jornalista Adamo Bazani. Os credores têm 30 dias para apresentarem novas
propostas e o juiz em até dois meses deve convocar outra assembléia. Não está
descartada a possibilidade de união de credores para investirem na Busscar, que
agora pode ter o capital aberto por determinação judicial.