Fabricantes de ônibus veem reação em 2014

Fonte: Brasil Econômico Matéria / Texto: Daniel Pereira Foto: Thalison Santos Depois da tempestade, o mercado de fabricação de ônibus começa a dar sinais de recuperação. De acordo com o presidente da ...

Fonte: Brasil Econômico

Matéria / Texto: Daniel Pereira

Foto: Thalison Santos

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Depois da tempestade, o
mercado de fabricação de ônibus começa a dar sinais de recuperação. De acordo
com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), José
Antonio Fernandes Martins, este ano deve registrar um aumento de 3% nas vendas
em relação a 2013, quando foram vendidas 28.813 carrocerias. No ano passado, a
expectativa de crescimento era de 10%, mas a estimativa nem de longe se
confirmou e as vendas ficaram praticamente estagnadas, com alta de apenas 0,7%.

“As manifestações que começaram
em junho atrapalharam tudo. Agora, os governos começaram a organizar a casa. Os
dois últimos anos foram quase perdidos, porque sem segurança jurídica o
empresário não tem como investir e renovar a frota. No ano passado, a gente até
que vinha bem. Até setembro, o aumento era de 5,7%. Foi quando começamos a
sentir o efeito dos protestos”, disse, lembrando que, de junho de 2013 até
hoje, foram queimados mais de 500 ônibus em todo o Brasil. Cada veículo novo
custa R$ 400 mil.
As vendas externas também não
ajudaram a indústria em 2013, com queda de 3,2% e 4.118 unidades exportadas.
“Acontece que a gora o dólar está novamente em alta. E aí muda tudo. Nossa
estimativa é de exportar 4% mais do que no ano passado”, analisou.
Em 2013, as vendas de ônibus
intermunicipais tiveram queda de 2,5%. Já o comércio dos coletivos urbanos teve
resultado ainda pior, baixa de 4,2%. “Os empresários estão com medo do governo.
E o governo está com medo do povo. Não tem outro jeito a não ser oferecer
subsídio. O equilíbrio econômico financeiro para os serviços públicos está
previsto na Constituição. Cerca de 35% das pessoas que usam os coletivos não
pagam passagem. Tudo bem, mas então que o Ministério da Educação pague pelos
estudantes e que o Ministério da Previdência pague pelos idosos”, opinou.
Martins acrescentou que este
é o melhor momento para os empresários investirem na renovação da frota, porque
a taxa de juros está em 6% ao ano. “Eles ainda podem dividir em 10 vezes. O que
todo mundo precisa entender é que, neste país, 80% das pessoas que usam
transporte público ainda se locomovem de ônibus. Não dá para ignorar isso”,
concluiu.

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