Por dia, 7,4 milhões se deslocam para estudar ou trabalhar, diz IBGE

Fonte: Correio da BahiaFoto: Gilberto Costa Júnior Diariamente em todo o Brasil 7,4 milhões de pessoas se deslocam da cidade onde moram para trabalhar ou estudar em municípios vizinhos. Em São Paulo, ...
Fonte: Correio da Bahia
Foto: Gilberto Costa Júnior


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Diariamente em todo o Brasil 7,4 milhões de pessoas se deslocam da cidade onde moram para trabalhar ou estudar em municípios vizinhos. Em São Paulo, esse trânsito chega a 1,75 milhão. Em Salvador, são 128 mil pessoas por dia. A estimativa foi apresentada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base em dados do Censo de 2010.

O estudo mostra como as cidades são afetadas pelo movimento dos moradores de um município que viajam a outro para trabalhar ou estudar e retornar no fim do dia. São 107 milhões de pessoas, o que representa 56% da população, que moram em grandes conglomerados que concentram esses deslocamentos. 
O maior deles, o que tem como referência a cidade de São Paulo, tem 19,6 milhões de habitantes. O segundo, o Rio de Janeiro, tem 11,9 milhões. A Região Metropolitana de Salvador (RMS), com 3,4 milhões de habitantes, é o sexto maior conglomerado do país. O IBGE usa esse critério para definir a interação entre cidades – se entre duas ou mais delas há intercâmbio significativo de população, elas passam a formar o que os pesquisadores chamam de arranjo urbano. 
O novo conceito usa um mesmo critério para apontar quais são as conglomerações urbanas no país inteiro, já que as regiões metropolitanas eram definidas por cada estado. Segundo o IBGE, as estatísticas também podem estimular as prefeituras a estabelecer parcerias para combater problemas em comum. 
A secretária Sheila Pastor, 41, vai todos os dias de São Gonçalo a Niterói, ambas cidades na Baía de Guanabara. Ela tem dois irmãos que fazem o mesmo trajeto, que dura uma hora e meia de ônibus. “Eu nasci e cresci em São Gonçalo e sempre trabalhei em Niterói. Não mudo de cidade porque o custo de vida é muito alto”, diz. 
No Sudeste, a população que vive em arranjos é proporcionalmente maior do que no resto do país. Os moradores nesses conglomerados representam 72% do total dos moradores dessa região. Isso acontece porque esses conjuntos se formam, principalmente, por questões econômicas, diz Maurício Gonçalves e Silva, um dos pesquisadores do IBGE responsáveis pelo estudo. 
“A atividade econômica faz com que as pessoas circulem mais, e o Sudeste tem uma economia mais pujante”, explica. É no Sudeste também que está a única cidade-região do país, a de São Paulo.