E enquanto a autorização de transferência não sair… Vai ser desse jeito‏

Fonte: Portal Ônibus ParaibanosMatéria / Texto: Josivandro AvelarFoto: Lenílson Pessoa Um ano e meio. Foi esse o tempo que a Vega Transporte esperou para poderfinalmente obter a autorização definitiva ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria / Texto: Josivandro Avelar
Foto: Lenílson Pessoa

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Um ano e meio. Foi esse o tempo que a Vega Transporte esperou para poder
finalmente obter a autorização definitiva da ANTT para operar a linha João
Pessoa X Recife. Enquanto não conseguia essa autorização, os ônibus tinham que rodar com o nome da ex-dona das linhas, a Bonfim – ou com uma placa indicando que estava a serviço da mesma. Enquanto a Vega não começa a operar a linha com seu nome, tem gente que transferiu linhas e está à espera da autorização definitiva. E sem ela, o jeito é improvisar.

É exatamente o que está acontecendo com a Progresso e a Coletivo, que permutaram linhas interestaduais. A Progresso assumiu as interestaduais da já extinta Jotude, como a Recife X Penedo, enquanto a Coletivo assumiu linhas interestaduais que eram da Progresso, como a Campina Grande X Caruaru, em troca dessas linhas da Jotude.

Só que como a autorização de transferência das linhas ainda está em tramitação, as empresas podem até empregar seus ônibus nas linhas, contanto que nelas estejam estampados os nomes das detentoras anteriores das linhas.  

O resultado é esse: as linhas interestaduais da Coletivo – que eram da Jotude – estão sendo operadas pela Progresso, porém os ônibus que fazem essas linhas tem que rodar com o nome da Jotude estampado nas carrocerias, uma vez que, na ANTT, essas linhas são da empresa já praticamente extinta, mas que andava ressuscitada em ônibus que pertenciam a Coletivo.

E lembrar que a Jotude tinha nascido justamente de uma cisão da própria Progresso – o nome da Jotude é uma referência justamente ao fundador da Progresso, João Tude de Melo (as letras JTM que figuram no logotipo da empresa). Essa cisão levou linhas da Progresso que, quase 30 anos depois da cisão, ela voltaria a operar.  

Enquanto isso, os ônibus da Coletivo que fazem as linhas interestaduais que pertenciam a Progresso tem que rodar com o nome da ex-operadora das linhas. A Progresso é dona das linhas na ANTT, mas na prática, elas são da Coletivo. Enquanto a transferência não sai, os ônibus da Coletivo que operam essas linhas são obrigados a ostentar o nome da Progresso na carroceria.

Essa foi a mesma situação enfrentada pela Vega quando assumiu a João Pessoa X Recife, em junho de 2013. Ela esperou um ano e meio para ter autorizada a transferência da linha. A partir da publicação da autorização no Diário Oficial – o que aconteceu na semana passada – ela já pode tirar o nome Bonfim das carrocerias dos ônibus e botar o seu nome. Enquanto a transferência não saía, os ônibus que pertenciam à Princesa dos Inhamuns – que pertence ao grupo Vega – rodavam com o nome da Bonfim como se esta ainda existisse. Mas assim tinha que ser enquanto a autorização não saía.

Estima-se que a Progresso e a Coletivo esperem praticamente esse mesmo tempo para poder finalmente realizar a operação das linhas com os seus nomes. Enquanto isso, vai ser desse jeito, com os nomes de uma adesivados nos carros de outra – e no caso da Progresso, assumir o nome de uma empresa que já não existe mais, mas que por causa da ANTT, ainda “existe”.

Coisas da ANTT. Enquanto a burocracia não desenrola a situação das linhas, essa é a cena que os passageiros tem que ver. Cores descombinando e adesivos improvisados. A teoria do adesivo que contrasta com a prática das cores que realmente estão pintadas na carroceria.